Portão
Quando passei na sua casa, e te beijei no portão, você ficou na minha mente e eternamente no meu coração.
CRISE DOS 13 ANOS
Tudo eu!
Tudo eu!
Tudo eu!...
... e assim,
engolindo o pranto
engasgando de cólera,
entre espasmos e soluços.
...
Um dia eu vou me embora...
Tomo chá de sumiço.
fujo dessa casa,
e não volto jamais.
Eu vou,
Um dia eu vou...
Na calada da noite,
por aquela portão, e em ponta de pés.
Me vou aos diabos e nem olho pra trás.
Que adoeçam de angustia e saudades de mim.
Sem deixar nem bilhete.
eu juro que vou.
...
... e assim,
mitigando choro,
abrandando os soluços
e cessando a cólera...
...
-Mãe, tem café??
Talvez o meu romantismo tenha acabado ou talvez eu ainda esteja esperando chegar flores no meu portão
Casa da Esquina
Nesta casa da esquina,
aquela que um lampião ilumina,
nós muitas vezes ali parávamos,
tentando adivinhar, o quanto nos amávamos.
Seguíamos pela rua que em seu final estreitava
de mãos dadas, ou abraçados até um portão de
madeira antigo, onde em uma fresta uma
senhora a nós espreitava.
Foram fases de um tempo não tão distante,
onde o objetivo maior era se ter um ao outro,
mesmo que em algumas vezes fosse por instantes.
A casa, o lampião já não existem.
A rua continua estreita da mesma maneira,
o portão, este foi trocado. A senhora já partiu.
De tudo, só o nosso amor permanece,
igual como era. O resto, com o tempo sumiu.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Se você deseja abrir portões, pratique a fraternidade; se deseja abrir portas, pratique a solidariedade, mas se deseja abrir portais, pratique a caridade.
Ser humano é igual a um cachorro. Você pode trata-lo com a melhor ração, mas um vacilo que você der com o portão aberto ele sai e vai comer carniça na rua.
Farol
Ao alcance dos olhos tenho a lagoa salobra que a todos deslumbra
Ao invés disso, meus olhos não saem do portão a espera de você chegar, te ver passar
E com olhar mentir que não me importo, não sinto, não choro
Então vejo a luz apontar na grade
Meu coração parece selvagem
A inquietude que invade logo amortece novamente no breu
Aquele farol que entrou, não era o seu.
Anjos estão em todos os lugares,não verás um ser vestindo branco e de asas, olhe pra baixo e veja aí um deitado na calçada, olha ao seu lado outro que te pede uma moeda, abre o portão, é esse mesmo que te pede um copo de água..."
#Embora #queira #minha #alma...
Tomar o tédio...
Ao meu jardim...
Em doce labor...
Retorno...
De pequena semente...
À mãe terra lançada...
Cuido com esmero...
A flor desabrochada...
Raízes deitando na terra...
Ramos que se abraçam...
Flores que sobem aos céus...
Perfumes variados...
Pequeno mundo por mim criado...
Que por Deus é abençoado...
Anjos caminham pelo pátio...
Sempre é uma grande satisfação...
Visitantes receber...
Abrir com sorriso o portão...
Para quem traz a paz no coração...
Mundo encantado...
No coração da cidade...
Junto às pedras azuis...
E ao seresteiro que canta a saudade...
Em madrugada a dama da noite...
Que no céu bela e fria vagueia...
Arrasta junto a si as estrelas...
E minha casa...e flores...prateia...
E tão longe o violão chora...
Em suave melodia...
Quando vem a aurora...
Tímidos raios de sol lançados...
Acorda o preguiçoso sereno...
Buscando o horizonte...
Pássaros voam com seus trinados...
E assim seguem os dias...
Em minutos e horas presentes...
Aguardando a chegada...
Aguardando todos que vem a #Conservatória...
Ouvir a serenata...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.