Portão

Cerca de 252 frases e pensamentos: Portão

⁠⁠Em Casa -

⁠Largo mão da rua e
ponho o pé na
escada.
Subo-a, não penso,
chego ao portão, fico ao portão.
Giro o trinco, abro o portão,
entro e fecho-o.

Dou cinco passos à esquerda
e chego à porta.
À direita, há entretenimento:
não paro — sigo em frente.

Mais nove passos e paro.
Olho rapidamente à direita,
há descanso:
não deito — continuo
adiante.

Mais dez passos e fico
diante de mais uma
porta — onde tenho passado
a maior parte do tempo.
(Dormir, pensar, escrever...).

À direita há água, há remédios,
há alimentos: não bebo,
não tomo, não como.

À frente,
depois da última porta,
a última janela
e o fim.

Atravesso a porta e fico
próximo à janela.
Dou mais dois passos e
chego à janela. Fico à janela.
Fecho os olhos e me sinto,
de fato, em casa.
Há conforto, há segurança — abrigo.

Agora
abro os olhos,
abro a janela e vejo à minha
frente (decorando a janela),
a lua.

E assim, de repente,
como se amasse,
eu me lembro que existe um
mundo inteiro distante,
bem distante, muito
distante lá fora.
E choro.

Inserida por SilvioFagno

O cão late, o portão continua aberto e a equação matemática não sai de minha cabeça. Encontra-se o animal em um dilema entre fugir em disparada ou aguardar o remate da expressão numérica.

Inserida por edel_alexandre_pontes

Não se pode convencer o outro a mudar. Cada um de nós guarda um portão que somente pode ser aberto de dentro.

Inserida por pensador

A gota d'água

Abro o portão de casa, está a chover e vejo crianças tomando banho de chuva...

Vejo cada gota d'água caindo em seus rostos de meninos e se misturando com outras gotas, formando um fio d'água...

Logo imagino, esse fio d'água que está escorrendo de uma forma tão veloz, pode se direcionar a um rio, quiçá o Kuanza...

Fico aqui reflectindo, como uma gota tão simples no seu tamanho, hoje é parte de um grande rio como o Kuanza...

Fico pensando em como aquele pingo d'água que outroura era simples, hoje faz não só parte de um grande rio, como também é parte da água que chega até a mesa, para matar a sede de muitos, desde os atentos aos supostamente mais atentos, desde os bolsos furados até aos bolsos abastados e cozidos com a mais cara costura...

Esta gota d'água, que outroura foi pequena, insistiu, enfrentou grandes desafios; hoje faz parte daquela água que move as turbinas da Central Hidroelétrica de Laúca, gerando energia; e energia esta que faz as máquinas de grandes multinacionais funcionarem para o fabrico de lixívia, álcool gel, e iluminar muitos lares, desde os guetos até às cities deste grandioso país que se chama Angola...

Está gota d'água que outroura foi simplesmente ignorada, hoje faz parte não só das quedas de kalandula, como das águas da barra do kuanza; ela não parou de ser parte do rio, foi insistente e persistentemente, rompeu barreiras, deixando uma parte de si em águas doces e outra parte de si em águas salgadas, formando grandes mares e oceanos. Desde os mares da ilha de Luanda a Ilha do mussulo; desde o oceano Atlântico ao Índico.

Esta água que outroura foi gota, hoje fazendo parte dos mares e rios, ela voa bem alto para os altos céus em forma de vapor, criando uma bela nuvem branca que depois se formam em chuvas, caindo mais uma vez em gotas no rosto de quem ama tomar um banho de chuva...

Oh! Quão lindo; quão maravilhoso é quando coisas supostamente insignificantes e pequenas, se tornam altamente significantes e grandes... Fazendo parte da natureza e ajudando a suprir necessidades dos homens.

A obra do Grande Deus; O Maior Artista que existe; Aquele que não foi criado, simplesmente passou a existir, descobriu o seu real propósito.

Seja como uma gota d'água, insistente e persistente. Lute para conquistar os seus sonhos... Invista na sua arma➕poderosa, a mente. E lembre-se: 'a única pessoa que pode te parar, é somente você'.

Inserida por ERoPaul

⁠Seu relaxo era charme, a negligência consigo mesma, forjava sua singularidade. Empurrou o portão, saiu. Na rua, na realidade mundana, era o centro, o centro de convergência, centralizava a atração.

Inserida por michelfm

NUNCA FOI AMOR
Quase um minuto para encontrar a chave certa e abrir o portão. Dessa vez até que foi rápido porque geralmente ela só consegue na última tentativa. Finalmente está em casa após o exaustivo dia de trabalho. Mas àquela sensação que outrora era de alívio por estar no aconchego do seu lar, agora é um sentimento estranho que nem ela sabe explicar ao certo o que é, mas pela lágrima que escorre no seu rosto e o aperto que sente no coração, presumo que é o maldito combo da saudade com a decepção.

Também pudera, ela ainda não digeriu o que aconteceu. Um término brutal de um relacionamento que sequer havia apresentado rachaduras. Uma ruptura total de uma história que aparentemente teria continuação. Realmente a vida aqui fora não é para amadores e coube a ela aprender da pior forma possível.

Agora, lhe restou o clichê de seguir em frente! Mas seguir de que jeito se a cabeça ainda tenta encontrar explicações pro acontecido? Na verdade ela já sabe… Só não quer admitir! Dói saber que alguém optou por ir embora mesmo tendo mil motivos pra ficar. Dói saber que para o outro nunca foi amor. Dói saber que ela amou sozinha o tempo todo e que o seu coração foi feito de brinquedo. Dói.. Dói.. E como dói…
Murilo Moura

Inserida por meusignotalouco

⁠Paródia – E agora José
Professor
E agora, professor?
A aula parou,
o portão fechou,
o aluno sumiu,
a merenda esfriou,
e agora, professor?
e agora, você?
Você que pensa em “nós”
Que ensina aos outros,
Você que faz atividades
Que ama o que faz.
E agora, professor?

Inserida por johnnymotasoares

Está chegando a época de eleição
Com vários aperto de mão
Pedido de voto no portão
Oferecendo ajuda ao pobre irmão
Arroz,feijão e até botijão
Te prometo, ajudo e até posso te pagar vou atrás do povo carente
Todo feliz e contente
E se seu voto eu ganhar
Um cargo eu posso te dar
Com a ajuda do povão
Sorridente e contente vou ganhar essa eleição

Inserida por laura_almeida_5

DIANTE DO PORTÃO, SENTIRÁS UM SILÊNCIO

( Nilo Deyson )

A velha silenciosa casa rangia.
Uma velha silenciosa solidão morava ali.
Em meio aos lírios do campo e dos crisântemos.
Áspera vida aérea de vento.
Todos os dias oscilavam as flores,
nos fundos tenebrosos daquele quintal dourado pela caridade do sol.
Há muito tempo a porta não se abria, mas rangia por dentro de saudades de ninguém.
E o lustre da luz banhava o telhado que se congelava com o frio de todo amanhecer, quando um par de pássaros vindo acasalar e fomentar ninhos ali pairava.
Se demoravam muito, escolhendo a estação e seus portos seguros.
Partiam, desconfiando daquela morada que não mais reconhecia os ventos rarefeitos de horizontes distantes.

A pobre solidão ali se contorcia toda de dor.
Dentro da velha casa rangida, resmungando do tempo.
Em meio aos dias desconhecidos, quando os quintais se emudeciam sob o passar das sombras no inverno, dois pássaros pequenos se acomodaram dentro de uma das calhas, e depois expulsos pelos repetentes de uma chuva que desatou todas as suas flores e choros nas brincadeiras e alambiques da enxurrada.
Nunca mais foram vistos.
Nem entrevistos entre as folhagens que cercavam a casa e compunham quadro morto com a copa de uma árvore baixa que não mais gemia quando do alvorecer do vento em seus galhos frágeis, minguados.

Depois desse dia, a casa perdurou muitos meses até se recuperar do profundo sono que a chuva lhe causara, lhe contara um grande sonho.
A pobre solidão ali pensava.

Dentro da velha casa tingida de breu.
Comungando em sua igreja sem alma.
Nunca rezava, apenas ouvia os afagos da ventania que lhe sombrava a vida.
E os quintais se emudeciam com o passar da mão do sol pelo chão ainda noturno sob a árvore, de tão sombra .
Que o dia se estendia no mar de nuvens do céu, clarão de flor entreaberta.
Era verão.
E a casa antiga, onde adormecia alguém mais antigo do que ela, a infinita solidão, se condoia toda, com dor nas juntas.
E dois pássaros um dia pressagearam em seus telhados impingidos de luz.
A casa olhou para o solo e desmoronou.
Os pássaros se foram.
Era o fim do tempo.

- Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Faça boas escolhas! Acredite, o sol nasce para todos...noites estreladas para namorados no portão...lua dando seu baile de encantamentos...então não tem porque!
Se jogue!

Inserida por ValMoni

Existia uma casa — como muitas outras — que tinha uma cerca que de nada defendia, um portão que rangia, e árvores que davam frutos que ninguém comia.
Dentro, uma sala modesta; sob um tapete estilo persa antigo, a cozinha pouco usada, disfarçada por um cesto com frutas de plástico, e uma geladeira cheia de vidros vazios.
Adentrando o corredor; um modesto banheiro; bem limpo, com uma pia de louça, que só pingava a noite.
Logo no final; um amplo quarto, com uma cama de ferro bem estendida de lençóis brancos. Acima desta; um relógio que marcava 07:46 a algum tempo. Estava também uma janela alta, do lado direito. O aposento era tão tranquilo, que nem sequer uma brisa balançava as cortinas cor azul pálido. O cheiro de linho e óleo de peroba preenchiam o ambiente.
Era presente um homem sentado em frente a uma mesinha de mogno reluzente — era magro e alto, com ombros acentuados, pouco mais de 35 anos, cabelo recém cortado, usando uma camisa alinhada, talvez a melhor que possuía. — Seu olhar fixo no nada, seus braços derramados, em sua mão esquerda, entre os ásperos dedos, o que parecia ser uma carta escrita às pressas e manchada de suor. Havia a face turva e o corpo abandonado de qualquer vida. Um raio de sol timidamente ameaçava tocar-lhe a face, mas antes, uma nuvem encobri-o — deixando o ambiente mais sombrio.
Algum animal pisoteava sobre as folhas secas do jardim, e de repente, tudo ficou no mais sepulcral silencio, então, ouviu-se um grito — o qual inflamou inteiramente o homem — foi tão potente que rasgou o silêncio e ergueu-se aos céus. Tal exclamação se fez entender tão bem, que todos que próximo estavam provaram o gosto das lembranças, do calor de abraços que não viriam mais, e, a partir do vibrar das cordas vocais e da explosão daqueles pulmões, todos tiveram a impressão de ver um sorriso que espelhava mil raios de luz se apagando e desaparecendo enquanto o eco ia enfraquecendo entre os muros da casa. Casa esta — como qualquer outra — com seus muros brancos, suas fotos empoeiradas, seus jardins úmidos, e seus moradores de coração partido.

Inserida por anaclaudiatxavier

Quando o portão se fecha na frente dos rostos perturbados dos guardas, fica claro que eles realmente acreditam que somos criaturas repugnantes que precisam ser escondidas para proteção, para o nosso próprio bem, para exorcizar os demônios escondidos dentro de nós, mas, mesmo neste lugar amaldiçoado, com raiva, medo e ressentimento fervilhando dentro de mim, ainda não me sinto mágica. Ainda não me sinto poderosa. Eu me sinto abandonada.

Inserida por pensador

Eu vou logo ali....
Se vais sentir saudades de mim, não me deixes, mantenha o portão fechado pra eu não sair e se sair, abras pra que eu entre...

Inserida por henrique_rodrigues_2


RINÓPOLIS - a cidade da minha infância; sem metrô, nada de relevância.
Na balaústra do portão, o padeiro deixava o pão; apertava a buzina estridente, fixada na carroça azul, com a mula amarrada na frente.
Às seis da tarde, via a noite chegando, ao som do sino tocando, meu pai na Belina chegando.
A área comercial, tinha o bêbado oficial. Dormia ao chão atirado, com repulsa social; às vezes falante, em outras deprimido, mas por todos conhecido.
Quando ligava o auto falante, e tocava a `Ave Maria`, de longe já pressentia: alguém havia partido. Era hora de silencio, pra saber do falecido.
Sorridente ou infeliz, aos domingos de forma sagrada, o povo cercava a matriz. Grande era a movimentação, o padre Miro finalizava o sermão, os bancos eram disputados, e os diálogos encetados.
O cardápio era bem limitado: sorvete, pipoca ou amendoim ensacado (cru ou torrado).
Dali um dia parti, para um rumo desconhecido; vinte anos mais tarde voltei, quando então me assustei, com o que tinha acontecido - era um filme repetido.
Tudo estava no mesmo lugar. O velho taxista, com seu Fusca foi me buscar.
Achava a vida meio parada, mas na verdade, era apenas descomplicada.
Era um tempo de buscar o barulho, o tumulto, agitação, progresso e competição.
Agora, sinceramente, confesso: hoje penso no regresso. Com o passar dos anos, se descobre que a vida, quando corrida, passa rápido e despercebida.

Inserida por Peralta71

⁠Olá.
Falo do deserto.
Contemplo o gigantesco portão. Atravessei este portão e aqui estou...
Olho minhas roupas empoeiradas, gastas, suadas...
Meus braços estão machucados por causa do sol escaldante...
O frio da noite me cansa.
Olho com olhos da dor. E da saudade.
Em momentos difíceis me pergunto o porquê estou aqui.
Fico olhando para o portão que nunca abre. Nunca. Dia e noite olho para ter uma oportunidade que não vem.
Sorrio com lagrimas nos olhos.
Tenho um único desejo – ver você. Dizer oi. Olhar em seus olhos e em silencio dizer: eu te amo.
Eu sei que ficarei envergonhado com a aparência de sofrimento... Mas sou eu. É a prova de não existir a desistência.
Viver sem você é estar no deserto todos os dias. Todas as noites.
A verdade é que estou cansado. Enfraquecido. Às vezes esqueço meu nome. Porque estou aqui. Fico desorientado e não sei aonde ir.
Então olho para o portão e me lembro de tudo. Eu me lembro de você. O seu sorriso. Seus olhos. Quando toquei a primeira vez em suas mãos...
Agora sinto as forças voltarem ao meu corpo, a minha mente.
Sei o motivo de estar aqui.
Estou esperando... Você enxergar o imenso amor que tenho por você.
Esperando o portão se abrir e ver você erguer os braços para me abraçar, beijar
Esperando você olhar para meus olhos e dizer que me ama...
Mas está escurecendo... O frio é imenso. Tenho medo de não sobreviver...
Olho para o deserto e tenho dificuldade em saber quem sou.
Quem sou eu sem você?

ROBSON BARBOSA

Inserida por ghostrb

⁠Cão madraço,
No portão ladra,
Rugido de leão,

Põe em debandada o cansaço,
Avança em quem passa,
Só quer garantir a ração,

Inserida por Madasivi

⁠Lembra aquele dia
Em frente ao seu portão?
Eu me lembro que chovia,
Lembro que você sorria
E segurava a minha mão.
Eu lembro dos seus olhos
Lembro da emoção
Lembro do seu coração
Junto ao meu coração
Lembra aquele dia?
Lembra da situação?
Lembra que o amor
Nos molhava o coração?
Eu me lembro.

Inserida por JunioCruz

Um Homem está em frente ao portão contemplando a natureza e diz: "Todo mundo aprendeu a viver... Ninguém vai mais continuar pedindo perdão de ninguém".

___Respirando Ar Puro___

Inserida por marcelio912

⁠No meio da noite, escuto o barulho do portão da garagem,
Na esperança de ser você, com o carro a entrar,
A saudade no peito chega a apertar.

Inserida por LanyElicio

⁠Jesus acabou de bater

Quando é chegado os correios com a sua correspondência no seu portão à gritar, vc atende ou rejeita? Muitas vezes quando sabemos que é uma fatura a pagar, deixamos ele lá.

E o carteiro vendo que não foi recebido deixa a sua correspondência na caixinha. Todavia quando se trata daquilo que esperamos... Uma compra, ficamos até atentos no cód de rastreamento, feliz o recebemos e nem damos ao esforço dele gritar pois é do nosso agrado receber a compra tão desejada.

Talvez Jesus chegou hoje no seu coração, e você simplesmente criou a devida objeção de: "estou ocupado, qualquer coisa depois vou lá ver", depois eu falo com Jesus", pois para nós é mais importante quando condiz com os nossos interesses.

As vezes Jesus vai bater na porta do seu coração quando tudo estiver fora do controle e com isso vc até o receba, pois vc quer uma solução para o seu problema. Contudo quando vier o verão, Jesus também irá bater na sua porta, o tempo em que tudo está dando certo e onde tudo está bem.
Humildemente ele baterá na sua porta. Você vai aceitá-lo?

Escutem! Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos.
Apocalipse 3:20

Inserida por IsraelSanches