Porque sou assim

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Eu. Sim, eu mesma.
Sozinha, sem ninguém, sempre serei eu. Eu sou a única que pode julgar a forma como eu ando, o jeito do meu cabelo, as minhas roupas e o meu corpo. A única! Sou eu que irei tomar as decisões pra minha vida, sendo boas ou não. Sou eu, mais ninguém. O resto das pessoas que me julgam, dizem o que eu faço ou deixo de fazer, são apenas pessoas, que sabem o meu nome, e mais algumas coisas sobre mim. O que eu já passei, e os problemas que passo ainda, só eu sei. Por essas e outras, eu vivo a minha vida, da maneira como eu acho melhor pra mim.

Quem sou eu?

O brinquedo da vida!


Por ser o que sou, chamo sempre atenção e sou sempre notado, eu sou um erro em meio a muitos acertos...
O nada em meio a tudo, um ninguém em meio a todos... Um brinquedo de Deus, da vida, de todos...

O erro de Deus é assim que sou.
Pois de mim fazem o que querem, dizem que me acho que sou o máximo, dizem que não presto, falam e falam...

Mas não sou dono da mais bela feição, mas sou possuidor da mais horrenda alma, do mais triste coração e da vida mais infeliz.

E eles não sabem o que se passa dentro do meu coração e nem querem saber.
Não demonstro o que sou, mas sim um personagem fictício que preferi criar para esconder meus sentimentos...

Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta.

Marla de Queiroz

Nota: Trecho de texto de Marla de Queiroz. Por vezes, é atribuído de forma errônea a Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector.

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Sou orgulhosa mas tenho meus limites, não sou perfeita, mas Se eu vejo que estou errada, reconheço meus erros, coisa que muita gente não faz.

Para os que Virão

Como sei pouco, e sou pouco,
faço o pouco que me cabe
me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
o homem que quero ser.

Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem
na própria vida, a garra
da opressão, e nem sabem.

Não tenho o sol escondido
no meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular - foi deixando,
devagar, sofridamente
de ser, para transformar-se
- muito mais sofridamente -
na primeira e profunda pessoa
do plural.

Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.

É tempo sobretudo
de deixar de ser apenas
a solitária vanguarda
de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
(Dura no peito, arde a límpida
verdade dos nossos erros.)
Se trata de abrir o rumo.

Os que virão, serão povo,
e saber serão, lutando.

Eu sou meio pacata, às vezes impulsiva. Eu sou muito sensata, às vezes emotiva. Eu sou um tanto chata, um tanto positiva. Louca de fato, complicadamente viva.

Quero ser melhor do que fui ontem. Melhor do que eu sou, não melhor do que você. Só o melhor que eu possa ser.

Caso não tenha notado, eu sou estranho. Esquisito. Eu não me encaixo, nem quero.

" Eu sou seu desconhecido, arrisca! "

Sou um mistério para mim.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica O “verdadeiro” romance.

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Acredite, não sou frio. Apenas cansei de esbanjar sentimentos por aí, e, acredite, você também vai cansar...

Sou do tipo de HOMEM que vou te chamar de linda em vez de gostosa.
Que vou te ligar de volta quando você desligar na minha cara.
Que vou deitar embaixo das estrelas e escutar as batidas do seu coração, ou talvez permanecer acordado só para observar você dormindo.
Sou do tipo que vou te beijar na testa.
Que vou querer te mostrar para todo mundo.
Vou segurar sua mão na frente dos meus amigos.
Sempre vou te achar a mulher mais bonita do mundo mesmo quando você está sem nenhuma maquiagem e vou insistir para te segurar pela cintura.
Vou te lembrar sempre o quanto eu me preocupo com você e o quanto eu sou sortudo por estar ao seu lado.
Vou virar para os meus amigos e dizer, é ELA. ;D

Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé!? Sentiu o barulho de granito?

Tati Bernardi

Nota: Trecho da crônica "Zelador".

Não sou qualquer certinha ou sou um estereótipo de garota perfeitinha. Não sou qualquer amiga de todos, não concorro à miss simpatia nem sou adorada por unanimidade. As pessoas têm o direito de não gostar do meu jeito, assim como eu também posso não gostar do delas. Não sou qualquer politicamente correta. Não sigo todas as regras da sociedade e ajo por impulso. Erro? Admito, aprendo ensino... Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade. Não sou qualquer ditador, abro exceções, perdôo aos outros e a mim.
Todos merecem uma segunda chance, mas nunca uma terceira. Mudo de opinião, mas não de princípios, quem me encontrar daqui a 10 anos conseguirá me reconhecer. Não sou qualquer espectador...
Comovo-me, choro, sorrio! Quem nunca torceu pelo mocinho? Quem nunca sonhou em ser a mocinha? Não sou qualquer idiota... Não sou o Diabo muito menos Deus.

Sou como Edith Piaf: "Je ne regrette rien" (não lamento nada).
Fiz o que quis e fiz com paixão. Se a paixão estava errada, paciência.
Não tenho frustrações, porque vivi como em um espetáculo.
Não fiquei vendo a vida passar, sempre acompanhei o desfile.

Eu acho que sou exatamente como uma tartaruga, escondendo-se sob seu áspero casco; mas você sabe, eu me protejo muito bem. Eu conheço essa maldita vida bem demais.

Sou arquiteto,
Aquele que dizem ser engenheiro frustrado,
Decorador disfarçado,
Esquisito, meio pirado,
Às vezes alienado, outras, por demais engajado;
Às vezes de Havaianas, outras engravatado.

Sou arquiteto,
Aquele que chamam de sonhador;
Ah! Pudesse eu ter meus sonhos de volta,
Mas sou ainda um aprendiz na escola da vida;
Dominei a forma, distribuo espaços,
Mas muitas vezes me sinto fora de esquadro,
Perdido em linhas paralelas demais,
Numa escala indefinida.

Mas sou arquiteto.
Sou poeta,
E sou muito mais que um sonhador,
Porque possuo em cima da velha prancheta,
Projetos para todos os sonhos;
Casas para abrigar um novo amor;
Caminhos para chegar ao arco-iris;
E jardins para o aconchego do entardecer...

Sou como a lua
Transpareço o meu romantismo
Quando minguo,me recolho
Quando cresço, me inspiro
Quando nova, recomeço
Quando cheia, ilumino

Às vezes também penso que eu não sou eu, pareço pertencer a uma galáxia longínqua de tão estranho que sou de mim. Sou eu? Espanto-me com o meu encontro.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Se eu percebo que já não sou mais importante como antes… eu me afasto. Se já não importo tanto, por que eu deveria ficar?