Porque sou assim
Eu me perfumo para intensificar o que sou. Por isso não posso usar perfumes que me contrariem. Perfumar-se é uma sabedoria instintiva. (...) É bom perfumar-se em segredo.
Você é o primeiro pensamento do meu dia, se eu não te vejo quase morro de agonia. Sou dependente desse amor, seu beijo vicia, eu quero todo dia! A noite cai, o meu sonho é você, dizer te amo já tá virando clichê. Mas eu tô repetindo para você saber, que eu adoro amar você.
Eu sou tarada por poá branco e preto. Fundo preto, bolinhas brancas. Cada bolinha é um elemento, um tempero, uma parte do conjunto, uma peça, um passo, uma evolução, um aprendizado. Cada bolinha é um símbolo. Cada símbolo é uma conquista. Cada conquista é suada, batalhada. Porque o amor é não querer desistir, pelo contrário, é resistir, não arredar o pé, querer ficar, querer tentar. O amor é uma eterna tentativa. É a busca por mais uma bolinha. É querer preencher os espaços, o vazio, o fundo de uma só cor. O amor é poá. E a gente completa ele do jeito que quiser.
Eu sou o tipo de garota que se machuca fácil, mas não demonstra isso. Sou o tipo que prefere sorrir quando o que ela mais deseja é chorar. Eu vou estar sempre alegre perto das pessoas, eu vou fazer de tudo para o seu dia brilhar, mesmo quando eu não conseguir fazer o mesmo com o meu.
Acho que todo mundo se completa com alguém. Lógico que sim, sou uma romântica incurável. Qualquer pessoa é mais feliz quando encontra a metade da laranja. É melhor ter com quem dividir um passeio, uma novela, uma cama, uma história.
É, eu sou o herói, o mito. Sou o não mimado, o que não se vendeu. Minhas cartas são vendidas por 250 dólares lá no leste. E eu não consigo comprar um saco de peidos.
Gastei tudo que não tinha.
Sou mais velho do que sou.
A ilusão, que me mantinha,
Só no palco era rainha:
Despiu-se, e o reino acabou.
(...)
Que fiz de mim? Encontrei-me
Quando estava já perdido.
Impaciente deixei-me
Como a um louco que teime
No que lhe foi desmentido.
Não sou um cara perfeito escrevendo para pessoas perfeitas. Sou um cara imperfeito, escrevendo para pessoas como eu: apaixonadamente humanas!
'Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, diverso, móbil e só, não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo como páginas, meu ser. O que segue não prevendo, o que passou a esquecer. Noto à margem do que li o que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.'
Sou uma eterna apaixonada. Romântica, sonhadora e tola. Mando flores, escrevo cartas, digo que gosto. Tenho medo, às vezes me bate um receio, mas acelero, não puxo o freio de mão. É claro que me protejo. Se vejo que estou embarcando numa viagem catastrófica… pulo fora mesmo! Pulo dentro ou fora. Pulo dentro se acredito, boto fé e sinto reciprocidade. E saio correndo quando percebo que a coisa não é bem assim, que o que realmente existe é uma sombra, uma interrogação. A gente sempre espera ver tudo com clareza, só que em matéria de sentimentos… nem tudo é transparente. Quando eu era mais jovem ia sem medo, sem vergonha na cara e com coragem. Mas o tempo passa, a gente aprende, fica com alguns calos e certas marcas. E percebe que o principal é o nosso bem-estar. É duvidoso? Eu tento, mas não insisto mais. Sou uma eterna apaixonada. A diferença entre o antes e o hoje é que antes eu me apaixonava por tudo e hoje me apaixono todos os dias primeiro por mim. O outro vem depois. E tem que valer muito a pena. Se valer, parabéns, me entrego de olhos fechados, coração nas nuvens e muito amor no peito, pra dar, vender e emprestar.
Quem sou? Mulher com garantia e seria ousadia prosseguir:
se madura ou biruta ou grotesca se sensível ou racional ou se mais uma igual a todas nada me define e eu definho, queria tanto ter certeza erro noite e dia, tenho consciência apenas do que faço mal atitudes certas e palavras oportunas: não confirmo existência faço tudo trocado, as avessas, sem jeito, e choro aos montes difícil existir no mundo sem um bom planejamento pessoal ...Eu não sou nada, ninguém, não sou daqui, não assimilei as regras sou uma boa indefinição bem disfarçada e que anda às cegas.
Hoje sou luxúria. Espero mãos pesadas, ópio na veia, sol de giz riscado no chão. Quero dividir meus erros, arranhar minha loucura.
Quem sou eu? A gente é o que a gente gosta. A gente é nossa comida preferida, os filmes que a gente curte, os amigos que escolhemos, as roupas que a gente veste, a estação do ano preferida, nosso esporte, as cidades que nos encantam.
Para que vieste / Na minha janela / Meter o nariz? / Se foi por um verso / Não sou mais poeta / Ando tão feliz.
Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?
Quero antes afiançar que essa moça não se conhece senão através de ir vivendo à toa.
Eu sou otimista e foi o otimismo que me fez ficar vivo. Se eu não tivesse otimismo num certo momento, eu teria dançado. Eu consegui ver que eu mereço ser feliz, porque eu achava que não merecia. Eu era muito culpado, por isso fiquei mal, não conseguia ser feliz. Era muito feliz para o lado de fora, o 'exagerado' da rua, mas comigo mesmo não.
E doidamente me apodero dos desvãos de mim, meus desvarios me sufocam de tanta beleza. Eu sou antes, eu sou quase, eu sou nunca.
Sou tímida e ousada ao mesmo tempo.