Porque Foge de Mim
Namorei uma moça
que se revelou uma experiência muito forte
e tornou-se inesquecível pra mim
- quase um trauma.
Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você.
Não é me dominando assim
Que você vai me entender.
Eu posso estar sozinho,
Mas eu sei muito bem aonde estou.
Você pode até duvidar.
Acho que isso não é amor.
Eu não quero alguém que morra de amor por mim, só preciso de alguém que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu amo, quero apenas que me ame como eu amo não me importo com que intensidade. Quero poder fechar os olhos e imaginar alguém e poder ter a certeza de que esse alguém também pensa em mim quando não estou por perto.
Nota: Trecho de um poema muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Mario Quintana.
"Estou precisando de olhar sem que a cor de meus olhos importe, preciso ficar isenta de mim para ver."
"Em mim, tudo o que eu superpusera ao inextricável de mim, mais que atenção à vida, era o próprio processo de vida em mim."
Aquilo estava pela primeira vez fora de mim e ao meu inteiro alcance, incompreensível mas ao meu alcance.
Houve neste mundo casamentos mais fabulosos, cerimônias mais memoráveis, mas para mim o nosso é o mais lindo, por que apenas nele celebra-se a união de nós dois.
Tenho contra mim as pessoas dotadas de opiniões – quer dizer, as pessoas que se confundem com as opiniões que lhes ocorrem; as pessoas dotadas de convicções e fés.
Mas eu me distingo das minhas, e isso é quase o que me define. Sou aquele que não é / não sou / o que lhe ocorre.
Embora às vezes grite: não quero mais ser eu! Mas eu me grudo a mim e, inextricavelmente, forma-se uma tessitura de vida.
A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia.
Tenho uma paz profunda, somente porque ela é profunda e não pode ser sequer atingida por mim mesmo. Se fosse alcançável por mim, eu não teria um minuto de paz.
O outro lado de mim me chama. Os passos que eu ouço são os meus.
Em mim qualquer começo de pensamento esbarra logo com a testa.
O que tem me perturbado intimamente é que as coisas do mundo chegaram para mim a um certo ponto em que eu tenho que saber como encará-las, quero dizer, a situação de guerra, a situação das pessoas, essas tragédias. Sempre encarei com revolta. Mas ao mesmo tempo que sinto necessidade de fazer alguma coisa, sinto que não tenho meios. Você diria que eu tenho, através do meu trabalho. Eu tenho pensado muito nisso e não vejo caminho, quer dizer, um caminho verdadeiro.
Não se foge de uma discussão por lhe faltar conhecimento, pois o que julga ter, faltou nas de boas práticas de convivência.
O predador faminto segue a presa que foge agoniadamente. A quem a natureza vai ajudar? O que vier acontecer, houve uma libertação!
Você fala e depois foge. Bem típico de você. É a sua cara pular fora do barco quando ele tá afundando.