Porque a Gaiola não é seu lugar
Eu acho que a liberdade é o direito fundamental mais bonito e jamais iria restringi-la de alguém. Entretanto, ela o domina e o mantém preso a ela como um pássaro na gaiola e ele deixa...eu tenho para mim que isso não é amor; é dominação. Mas, como o perdão das expressões chulas e vulgares, que ele se foda, que ela se foda, e que se foda tudo que me atrasa e me restringe. Eu sou um pássaro aprendendo a voar, como na música do Pink Floyd, e se ele não quer voar comigo e prefere ficar preso em uma gaiola, desejo desde já uma boa sorte.
Somos canários, presos em gaiolas. Enquanto isso, os abutres voam livres por ai. Somos homens de bem, presos em nossas casas. Enquanto isso, os bandidos andam por ai.
Falando de meninice...
Ali estava ela...
Delicada...arrumada...perfumada...sonhadora.
Ali ficava horas a fio imaginando o mundo lá fora...E gesticulava amor, olhava ternamente, não vivia indiferente.
Imaginava ser feliz...portas e janelas abertas. Mas vivia ali. Era seu mundo doce e submisso.
Medo de chegar a porta...na janela nem pensar...não tinha porque deixar de amar.
Uma redoma de proteção onde não podia tocar o chão... E dali rolavam lagrimas e histórias...duvidava de seu valor. Tinha o gosto refinado e o toque delicado, mas era pássaro destratado em divina forma humana. E quando em verve crítica seu diário escrevia, tomada de rubor o seu rosto ardia e pouco a pouco,ali, timida, uma nova mulher nascia...
Entretanto ainda confusa, não entendia porque ninguém jamais a amaria...
E ficou ainda a impressão de que o tempo e o silêncio eram reflexos de seus pensamentos e a mulher que todos achavam incrível , na verdade fingia achar graça... mas no fundo , em tudo... foi apenas na vida, mais uma grande palhaça.
Gracia Monte♥
Chega um momento em nossa vida que por mais árduo que seja, é preciso assumir a debilidade do conúbio, abrir a porta da gaiola que o aprisiona e deixar ir esse pássaro da convenção, que do começo a libertação do conúbio foi conexão árdua.
Ao cume para revoar
Alterar o canto em prece
Deixar a brisa fluir e ultrapassar
Com uma camada de brio se enrijece
Para nesses seus dourados que desperta
Esteja desperto no fogo do brasão
Alimente esta balda que liberta
Tenha o seu ímpeto dragão
Caatinga até os vales esgotados
Tudo continua ressequido, como cóleras
Heróis alados para um povo imputados
Que podiam a fazer, fizeras
Um altar em veneração
Persegue a vontade de bailar
Ter em mente que as nuvens não decretaram imposição
Que além poderá vagar ver o sol brilhar
Abjugue desses grilhões
Apeteço alcançar meus irmãos de cobre
Antes que o molesto retorne aos milhões
Inescusável pairar, passar o tempo votar a ser nobre.
Nem todos nascem com oportunidades iguais e a revanche contra a impura sociedade neo liberal e capitalista pouco dadivosa me parece o mais acertado e compensatório a ser feito.Caminhos dúbios do que apesar de tudo fazemos e o que gostaríamos de ser e viver.Uma pequena abelha cativa dentro sua própria gaiola dourada com arames bem largos cravejados de brilhantes, espaço suficiente para passar uma colmeia mas ali ela fica, no seu embuste papel, prisioneira de si mesma por pura opção de sobreviver.
Sem culpa, nem julgamento
Vou olhar o meu caminho.
Os vales que passei
e que bem sei,
as consequências que me trouxeram.
Tudo escolha minha.
Escolha feita por mim,
escolha para agradar os outros.
Quantas vezes senti perdida
em mim mesma;
Apegada ao sofrimento que
eu mesma me fiz passar...
Quantas e quantas reflexões faço de mim pra poder despertar...
É uma pacificação constante e diária pra entender
que a chave está aqui
pra sair da gaiola que
eu mesma fiz...
isso me prende me tira do meu ser
Então sai daqui
já que quer voar
bate tuas asas
tô abrindo sua gaiola
Mas nunca existiu gaiola
Você foi sempre livre
Não voou porque cê nunca quis ir embora
Olhando para trás, vemos nossas perdas e assistimos a tão almejada alegria se debater enquanto presa numa gaiola. Um passado, longe do que pensamos ser "perfeito"...
Só o verdadeiro QUERER – aquele que lateja e incomoda – nos torna capaz de abandonar a estabilidade, a calmaria de uma vida dentro dos conformes – programada para dar certo – e correr atrás de sustentar os desejos mais interiores, aqueles que parecem mais absurdos, mais insanos e utópicos.
Amor um bicho indecifrável, quando se pensa que entendeu é aí que ele prova o contrário.
Amor recíproco, platônico, de mãe para filho, esposa para marido, irmão para irmão… e por aí vão os amores, ainda há alguém que tenta descobrir o sentindo, mas será que é para compreender?
Amor é parecido com paixão, mas paixão é algo passageiro, igual à primavera, que traz os brotos dos seus frutos, que florar ou se morrer de vez com o tempo, não é todos que flora, mas aqueles que flora, isso é incrível. Pois, ao seu lado tem uma pessoa incrível, quando duas pessoas estão dispostas a se amar, elas lutam até darem certo. Porem alguns relacionamentos, duram anos e mesmo assim parecem que não se completa, um casal e parecido como jogo de quebra cabeça que encaixam perfeitamente, até mesmo no quebra cabeça existe peças a qual se encaixa, mas ali não é seu lugar. No amor tem disso, pessoas unidas, casadas, 30 anos juntos, mas não é ali seu lugar, deixou de encontrar-se por medo da discriminação social, porque não se pode terminar um casamento de 30? Por causa de uma vida que tem junto? Isso! Muitas pessoas se prendem a outras, por medo do que o meio em que estão inseridas ira dizer. Me parece um filme a qual o protagonista deixa que figurantes decidem o rumo da história, e sem perceber já está presa em um labirinto a qual não se pode mais sair, e nem se quer sabe o rumo do caminho, esquece que antes era como um leão selvagem que lutava pelo seu próprio território, deixando que o momento tranque a sua liberdade em uma gaiola.
Você permitiu, não me defendeu
Quando ele me partiu
Você permitiu, me fez sentir grande
Me fez sentir importante
Me fez esquecer
Que ele me partiu
Você permitiu, você permitiu
Que ele me quebrasse
Que ele me despedace
Você deixou tudo isso acontecer
Você permitiu, me deu gaiola de ouro
Me fez sentir superior
Quando eu era pior
Quando eu era inferior
Você permitiu, me deu diamantes
Me fez esquecer
A minha vida não é importante
"A preocupação exagerada nos prende em gaiolas, mas ja a preocupação moderada nos livra de futuras gaiolas".
Pássaro de Asas Feridas
Era uma vez um pequeno pássaro.
Que desde pequeno sonhava em voar, não somente nas proximidades de onde nasceu.
Mas conhecer o mundo, pois como tinha asas e em sua mente era um presente do qual mereceu.
Aprendeu a voar aos poucos, conseguia o alimento e o local para dormir em paz.
Sabia ele se proteger e pensava "Fico aqui só um tempo mais".
"No dia mais belo, antes do sol raiar, irei sair e conhecer os mais verdes jardins, os mares, os rios, cachoeiras e as maravilhas das profundezas desse universo."
Passou-se o tempo e um dia ele voou em sua rotina diária perguntando-se se não havia beleza em sua morada, percebeu que não e numa mera distração um tombo veio a cair.
"Que dor em minha asa direita, sinto um peso que não me permite voar longas distâncias, porém irei me recuperar e meu sonho não irei abandonar."
Assim ele viveu cada dia, melhorando aos poucos e em ventura daquele tombo teve a certeza que aquele não era o seu lar, que o peso na sua asa representava a dor que sempre teria se permanecesse naquele lugar.
Um belo dia surgiu pelos céus, sua asa estava recuperada e tinha em seu coração que aquele era o dia, porém olhou para os lados e viu que era só em sua sutil utopia, não tinha companheiros de jornada ou bandos a lhe acompanhar "Ora pois, que dificuldade terei para sobreviver, melhor um tempo a mais aguardar."
O tempo; corredor voraz; passou e o pobre pássaro não encontrou alguém para lhe acompanhar, mas como seu sonho o corroía a alma decidiu seguir só.
Na manhã seguinte subiu aos céus, deslumbrado com suas nuvens e a bela paisagem que estava a vislumbrar.
Infelizmente, por um mero descuido, um avião acabou por lhe derrubar.
Sentiu dores terríveis ao cair no chão, suas asas, ambas quebraram e ele não conseguiria recuperar, o pássaro em seu desapontamento então se pôs a chorar.
Seu vasto universo não iria mais conhecer, pensou freneticamente no porquê do seu sonho não merecer.
Não havia mais vida no olhar do pássaro, então se acomodou em um pequeno lugar, apareceu assim um homem que o viu com suas asas quebradas, teve pena, o levou para casa, comprou-lhe uma gaiola e o arrumou lá.
O pássaro em sua profunda tristeza começou a cantar, o humano em sua total ignorância se deu por comentar "Belo pássaro, canta aceitando com resignação as dores de não poder voar, agradecendo-me a gentileza que fiz ao lhe dar um lar!"
Porém o que o humano não sabia era que o pássaro somente podia cantar sua infelicidade, já que suas asas, sonhos e liberdade o destino lhe veio a tomar.
Quarentena na 'melhor idade'
Viramos passarinhos,
presos sozinhos,
vulneráveis em nossas gaiolas.
Não adianta termos as chaves das portas...
Não seja estúpido a ponto de pensar que aquele pássaro que você condenou à prisão perpétua em uma gaiola sem qualquer crime, canta de felicidades, pois o canto dele é de angústia e desesperança.
Quem é você?
Elá é livre, menina solta, liberdade, um passarinho que não vive em gaiolas, que ama, que voa mas sempre volta, por que amar quem voa é assim, quanto mais liberdade pra viver, pensar e agir, menos ela vai querer voar pra longe, por que ela sempre vai voar muito alto e longe, mas sempre vai voltar.
- Relacionados
- Asas Voar Gaiola
- Passarinho Preso na Gaiola