Porque a Gaiola não é seu lugar
' ECO'
Um solitário pássaro
De sua gaiola fugiu
seu canto como eco
Pelo espasso explodiu !
O eco da liberdade
não viver mais sozinho
Fugindo da solidão
Voa o passarinho !
Cantando alegremente
Voa, voa, passarinho
Encontrou um coração
Fazendo dele seu ninho!
Esse pássaro tem garras
Quando ama é pra valer,
Feliz o coração que fez fez dele seu bem-querer
Houve um tempo, que eu mantinha a inspiração fechada em mim, como pássaro em gaiola, hoje eu asas a ela e a transformo em poesia.
A GAIOLA
O passarinho havia nascido na gaiola, recebia comida diariamente, podia viver repousado. Certa feita, a casa entrou em chamas. A mãe da casa abriu a gaiola, na esperança que o passarinho fugisse sozinho, enquanto isso, foi salvar os seus dois filhos que estavam no quarto. Todos que ali residiam correram para fora, mas o passarinho por lá ficou. De tanto amor que recebeu, se acostumou a não fazer nada, mas quando as circunstâncias da vida o empurrou contra a parede, ele não soube voar, mesmo tendo lindas asas.
Tolo é aquele que entra na gaiola com os leões ao invés de os alimentar com refeições e sentimentos falsos.
É mais fácil ter companhia na gaiola pra ver pelas frestas a vida passar do que confiar que suas asas sabem voar quando se deparar com a imensidão do desconhecido.
Sempre lembro de um pássaro preso em uma gaiola. Sua vida se resumia a ficar pulando de um poleiro a outro, vai e vem, vem e vai sem parar. De vez em quando apanhava com o bico um grão de alpiste, ou seja o que for que tivesse para se alimentar. Bebia um golinho de água e voltava ao seu eterno vai e vem até que já cansado ficava bem quietinho em um dos poleiros.
Todas as vezes que seu dono apontava ao longe, erguia a cabecinha e começava a cantar, seu canto era belo e melodioso, lindo demais.
Ficava ouvindo e tentando decifrar o significado de seu canto, era a alegria de ver seu dono que o inspirava?
Podia ser, mas enquanto o ouvia encantado eu tinha um pensamento estranho, será que seu canto não podia ser bem mais do que aparentava ser? Podia ser um triste gemido, um pedido de soltura, uma suplica pela liberdade cantada em verso e prosa... e em sendo assim a sábia mãe natureza embora com muita ironia transformou tristes lamentos em maviosos acordes e notas musicais belas e afinadas, com certeza, para que todos que ouviam ou ouvissem aquele canto pensassem: - Vejam como ele é feliz, como canta bonito, que melodia mais bela. Pior de tudo é que penso em quantas pessoas vivem assim, aprisionadas porém em prisões sem grades, mas com claras delimitações, vão e vem mas nunca podem ultrapassar os limites a eles impostos, para outros cantam e gorjeiam e as vezes até discursos de serem livres fazem, mas no fundo, são tais quais àquele pássaro.
Os pássaros e as pessoas que estão em cativeiros de todos os tipos, acostumados a sua prisão, se conformam e se submetem a tudo porque acham que se forem soltos ou mesmo se vierem a dar seu grito de liberdade e efetivamente se libertar, não mais saberiam se defender pois há muito tempo estão presos, sonham com a liberdade, mas esta para eles é como um sonho distante.
Mal sabem essas pessoas, que, ao contrário do pobre pássaro, se quiserem mesmo transformar suas vidas e se livrar das amarras que de alguma forma lhes foram impostas ou que elas próprias se impuseram, jamais nosso criador os abandonaria.
Mas é preciso mais do que fé, é preciso coragem, é preciso orar, mas só isso não basta, tem que orar, mas também tem que agir.
O Amor é passarinho
O Desejo é gaiola.
Uns querem o Amor
Outros desejam a gaiola.
O Amor liberta, o desejo prende.
O Amor é passarinho, te liberta.
O Desejo é gaiola, te aprisiona.
Silvia Gomide
Aquele que é capaz de aprisionar, uma pequena ave em uma gaiola, deveria receber a mesma pena, e louvar por isso.
Gaiola
Fico só a imaginar
Pássaros que vêm e vão…
Quanto a mim, aprisionado,
Há anos nesta gaiola
Não sei mais sequer voar
E nem se um dia irei embora
Sinto as asas já ceifadas
Sem forças para mais nada
Só me resta, no momento,
Suportar tal punição
Com os restos do coração
E as sobras do pensamento
Meu crime foi ser tão belo
Além de ter suaves penas
E ser tão bom cantador
Enquanto cumpro a dura pena
Eu entoo este poema
Pra amenizar tamanha dor.
Sua alma é feita de liberdade,
sem gaiola, sem anilhas.
Voa livre como um passarinho,
buscando um ninho,
para onde possa, livremente, voltar.
Quanto ao ciúme...
O ciúme é uma gaiola construída
Não se prende ou se impede
Do amor viver sua própria vida...
Não sou gaiola para prender os sonhos de ninguém, se não posso te dar paz, te devolvo o que nunca tiro de ninguém, a liberdade de escolha com relação ao seu próprio caminho.
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