Porque a Gaiola não é seu lugar
Pronto!
Agora soltei os pássaros selvagens...
Gaiola aberta e eles vão voar por aí.
Não restou sequer um.
Apenas o vento calmo do verão
Na beirada do mar.
Eles estavam furiosos
E eu os deixei fugir.
Era isso o que queriam:
Voar a imensidão azul do céu...
São livres!
De vez!
Mas, eu sei...
Eu sempre soube!
Eles vão voltar,
Famintos e desesperados,
Sedentos de meu mundo...
Voem pobres pássaros!
Eu vos tornei livres,
Atrelados apenas
Ao que eu posso chamar de
Amor.
:::: Gaiola :::
Eu ouço o som de um triste passarinho
Á cantar - desespero - de amor
Que mora na casa do meu vizinho
Dono daquele esplêndido cantor
Que nem imagina que o pobrezinho
Canta diariamente sua grande dor
E que já cansado - canta baixinho
Os breves sintomas de um sonhador
Com os olhos pequenos vive olhando
O céu pintado de azul infinito
Triste e sozinho - começa á cantar
E em suas noites - só e sonhando
Lágrimas de um canto - triste e aflito
Sonho preso que não sabe voar!
Nós somos o peixe em frente uma cachoeira
Nós somos o inseto dentro de uma gaiola
Nós somos as sobras de uma grande onda
Os agregados da caveira
O fluxo de poder e a baleira que tudo engole.
Nós somos o boi com cinco chifres
Nós somos o monstro que atea o fogo,
as crianças que lamentam.
Sim… nós estamos envenenados pela luz da lua.
Hoje vou além das cenas que vejo da janela do meu quarto. Eu estava como um pássaro na gaiola, livre pra ver, mas presa para agir.Por muitas vezes deixaram até a gaiola aberta, mas tive medo de ir adiante. Nenhum pássaro esquece como voiar, basta apenas consertar a asa quebrada.
O homem criou asas e ganhou o céu. Deixou a gaiola e os outros perplexos: Quanto mais subia menor se tornava diante dos que ficaram. Ele diminuiu, diminuiu, diminuiu e uma hora sumiu. Todos voltaram cabisbaixos. “Sair da gaiola é perigoso. A gente diminui, perde o brilho e um dia desaparece”.
Não sou um "pássaro de gaiola" gosto de voar... Sentir a liberdade...
Mas ao mesmo tempo, tento escolher bem os "ramos" onde poisar...
Porque alguns podem conter "armadilhas"...
Meu pequeno passarinho
Sua gaiola abri, e saiu de fininho
Ao ter sua liberdade, não me olhou nem um pouquinho.
Voou voou, e não demonstrou,
Quando ele voltou pois ja não encontrou.
Descobri então que quem ganhou a liberdade fui eu
Pois ao sair, o coração era meu.
Precisamos nos libertar da nossa gaiola interna. Quem vira a chave para abrir essa gaiola interna somos nós mesmos.
O pássaro e a gaiola.
Se pensarmos no dia de hoje seria muito melhor para um pássaro viver em uma gaiola.
Nela possivelmente um bom tratador o trataria com todo conforto que um pássaro pode ter: ração de primeira, água limpinha, carinho de um humano e tudo o mais que seu dono poderia lhe dar.
No entanto cada pássaro tem seu habitat natural. Alguns conseguem perceber que apesar de livres as gaiolas lhes trarão conforto e segurança. Outros preferem correr o risco, mas viver em liberdade. Enfim, todos de uma forma ou de outra somos passarinhos.
Como expectadores da natureza devemos respeitar como cada passarinho pensa e age com relação ao seu mundo para que ao final possamos um dia dizer: eu conheci um passarinho especial, mas ele se foi por sua livre e espontânea vontade.
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