Porque a Gaiola não é seu lugar
Justificar pássaro em gaiola, com o argumento de que fora dela o bichinho não tem como viver, é argumento absurdo de humanos que engaiolam pássaros só por dinheiro ou só por egoísmo.
As vezes vivemos como pássaros presos a gaiola, mas não porque alguém nos prende, mas sim porque resolvemos nos mesmo viver preso a algo ou alguém!
Eu sou um pássaro.
Me trancam na gaiola e esperam que eu cante como antes.
Eu sou um pássaro.
Me trancam na gaiola, mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito.
Passarinho, passarinho.
Preso aqui nesta gaiola.
Como é lindo teu cantar.
Fico aqui imaginando.
Você na mata cantando.
Solto e livre a voar.
Passarinho colorido.
Canta, canta passarinho.
Talvez já tenha aprendido.
A cantar assim sozinho.
E eu aqui me pergunto.
Sobre este teu cantar.
Será que é alegria.
Ou é por tão só estar.
Porque eu também vivia.
A cantar feliz da vida.
Quando minha amada eu tinha.
Quando ela era minha.
Hoje eu não sei passarinho.
Mesmo sozinho, tu canta.
E eu com nó na garganta.
Falta-me, o encantar.
Ah querido passarinho.
Como pode este cantar.
Tão lindo mesmo sozinho.
E eu aqui a chorar.
Liberdade
livre como um pássaro
dentro da gaiola
livre como os peixes
em redes
livre como os animais
em jaulas
andar tranquilo pela calçada
mas desviar quando alguém feio, sujo, roto, atro atravessar teu caminho
livre a perambular pelo mato
e com medo de alguém que possa te fazer mal
livre como jesus
estraçalhado na cruz
sair sem hora,a toa, na boa
e controlar as horas pra não se chegar atrasado a qualquer lugar...
e até em lugar nenhum
dar uma volta de carro
enfurecer numa fila...
fechar as janelas e nem curtir a paisagem
andar pelas ruas do teu bairro e achar que o mundo é isso aí
um bando de pessoas trancafiadas com medo da sombra
não conseguir ir além da tua esquina
porque do lado de lá alguém pode te ferir
e te ferirá
e te desrespeitará
e te invadirá
se tu faz
porque não ele?
Renata Nunes
05 de outubro de 2007
ABRA A GAIOLA DESTE PASSARINO(DAS CANCOES PARA CAROLINA)
(Luiz Islo Nantes Teixeira)
Abra a gaiola deste passarinho
O menino
Passarinho nasceu livre
Para voar
Passarinho nao pode ficar preso
O menino
Senao passarinho fica triste
E nao pode cantar
Abra a gaiola deste passarinho
O menino
Abra seu coracao tao duro
E colha a paz
Abra a gaiola deste passarinho
O menino
Para que ele voe alem do muro
E nao chore mais
Temos sanhacos,coleiros,curios
Azuloes,bicudos e cardeais
Bigodinhos,canarinhos,pichochos
Patativas,pintasilgos e brejais
Trinca-ferros, corrupioes ,gaturanos
Tico-ticos, tizis e tangaras dancarinos
Sabias, gambaxiras, xexeus, tucanos
Sairas sete cores, guaxes, ouca menino!
Deixe-os cortar os ceus azuis
E dar razantes nos nossos corpos
Que nao os podem proibir
Os que andam as dezenas
Conhecendo outros portos
Bem distantes daqui
Ou os que voam em pares
Para os altos lugares
Que so nossos olhares
Podem ir
Entao abra……
© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
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Não prenda alguém ao seu lado, indiferente do motivo.... O canto do pássaro na gaiola é desespero, não alegria! ..
A vida é para ser vivida, com muitos problemas e sem problemas. Não devereis ficar preso na gaiola humana. A solidão.
A minha calopsita, linda de morrer, fugiu de sua gaiola de arame apropriada com todo o conforto necessário, com água filtrada, ração de primeira e tudo mais, para ir morar no galinheiro com as frangas índio - gigante, galinhas rhodia - vermelha e um casal de garnizé. De início, achei bastante estranho, porém, depois, observando melhor, verifiquei que a convivência deles estava maravilhosa e bastante harmônica, com a calopsita querendo até namorar o garnizé, e, os demais, alegres e felizes com a visitante estranha no galinheiro. Lá pelas tantas, quando tudo parecia estar tranquilo, eis que a garnizé fêmea, talvez por ciúme da calopsita que paquerava com o seu parceiro garnizé, partiu para a luta corporal atacando a calopsita com uma bicada mortal, a qual, se sentindo em perigo iminente de morte, se não voa muito ligeiro, já teria sido levada a óbito em menos de segundos. Aí, eu que não sou bobo, pressentindo o acontecido, prendi novamente a calopsita em sua gaiola e, alertei-a a não repetir mais tal façanha, sob pena de sofrer uma prisão domiciliar, até que se resolva o incidente acontecido. Ela, gentilmente abaixou a cabeça e pediu-me desculpas, balançando a cabeça se sentindo arrependida, e, com certeza, não vai querer fazer tal proeza nunca mais, é o que esperamos.
Olhamos para um pássaro agitado em uma pequena gaiola, ignoramos, rimos e julgamos-nos ser livres , mal sabemos que a diferença entre nós e ele, é que não percebemos que estamos presos.
Não deixe se aprisionar na gaiola da sua mente, seja livre como seu coração que bater sem ter hora pra parar.
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