Por você eu Limpo os Trilhos do Metro
Que viagem é essa
Onde os vagões da vida
Abrem as portas
E nós levam num embarque por trilhos inusitados
Um dia choramos por excesso de amor
No outro dia choramos por falta de amor
Um dia choramos por amar
No outro dia fazemos as pessoas chorar por nos amar
URZES FLORES DE TRILHOS
Há dias que invade-me a nostalgia
Pelas urzes de vales, lameiros, montes
Nas planícies da minha memória
Brisas que as lembranças trazem
Nos rios e caules de caminhos já gastos
Que em muitos casos deixaram saudades
Sobre o silêncio das árvores
Ou talvez seja do vento que as balança
Com a suavidade como as águas correm no rio
Na solidão do verso, das pedras escorregadias
Urzes de adoração noturna pedindo silêncio
Nostálgico caminho feito pelas estevas pegajosas
Deste quente dia, entre as fragas do trilho
De tantos nostálgicos sentimentos que se perdem.
LAVADOR DO TEMPO
Absolto no meu sonho...
Ouvindo os grilos, eu passeava pelos
trilhos da noite, quando me deparei com
o lavador dos astros. N'uma mão, ele
estendia o lençol prata da lua, n'outra
mão, ele segura a barra do sol.
Então ai eu perguntei a ele...
Lavador o que você esta fazendo?
_ Eu estou cobrindo o tempo, com
o lençol prata da lua, amenizando as
sombras e os silêncios da solidão, e
fazendo o reluzir, das estrelas para velas
cintilar, sobre as janelas da sua rua.
_ E essa barra de sol em sua mão...
É pra fazer o que?
_ E para lavar as mazelas da noite passada
... As lagrimas da solidão, a saudade do
coração e o azedume da alvorada.
Com essa barra de sol, eu lavarei...
A fumaça por de trás dos montes,
a poluição do ozônio
a farsa além dos do horizonte
a paixão suja do mundo...
a profunda degradação
e os sonhos dos vagabundos.
Lavarei todas as mentiras,
do principio até aqui,
as promessas sem medidas,
a corda suja da ira...
E essa incoerência sem fim.
O lavador do tempo lavava
todo tempo sem parar
e nisso, lavou o meu sonho
trazendo-me, ao mundo medonho
as horas para o meu acordar.
Antonio Montes
Entre trilhos e artérias,
neste terço da nação,
o Alentejo está de férias
desde o Tejo ao rio Vascão.
Estou operando um trem com uma grande tripulação, sem saber que no certo ponto os trilhos acabam e que acabarei levando os passageiros a morte!
A central me informou a situacao depois que já não se tinha mas como parar, acabei respondendo de forma simples e com lágrimas nos olhos, tranqüilo, nao espero sobreviver, mas tenho esperanças que todos que estao a bordo ficaram bem.
Personagens da história
TREM: Coração
CENTRAL: Decepções
TRIPULAÇÃO: Sentimento
O bem e o mal, são duas locomotivas percorrendo os trilhos da vida. O bemsempre puxará a Luz de Deus e o mal profundas trevas. Você é o maquinista da ferrovia!
O coração é como uma locomotiva que carrega os vagões das nossas lembranças pelos trilhos da vida. De estação em estação, embarcando e desembarcando os passageiros do percurso, tendo Deus como Maquinista do destino!
A locomotiva do meu coração movida pelo amor, percorre os trilhos da vida, tendoDeus comoEterno Maquinista do Destino!
Sou o maquinista do trem da vida, seguindo pelos trilhos do coração, rumo ao destino que Deus planejou para minha vida!
Nos trilhos ficaram apenas as marcas do passado veloz, na curva da estrada a sombra acolhe o olhar triste que passou.
Nos trilhos da vida aprendi que em alguns momentos é necessário acelerar, tomar decisões rápidas, sem pensar, sem calcular, apenas deixar se levar...
@elidajeronimo
Por mais que as vezes você não entenda os acontecimentos, o trem da vida precisa sair dos trilhos, te obrigará ampliar os horizontes e você conseguirá percorrer e encontrar novos caminhos...
Mesmo nos trilhos ferroviários há descarrilamento, mas no transporte dos santos fiéis para os Céus nem o Condutor das Trevas conseguirá desviá-los das trilhas eternas.