Por você eu Limpo os Trilhos do Metro
Ela da pele clara,
Com menos de um metro e sessenta e quatro,
Dona de um abraço cheiroso e apertado.
Perto dela fico desconcertado,
Mais tímido e calado.
Tão linda e simpática,
Como agrada-lá, eu não sei,
Lembro que admirando a beleza dela,
Gaguejei.
RINÓPOLIS - a cidade da minha infância; sem metrô, nada de relevância.
Na balaústra do portão, o padeiro deixava o pão; apertava a buzina estridente, fixada na carroça azul, com a mula amarrada na frente.
Às seis da tarde, via a noite chegando, ao som do sino tocando, meu pai na Belina chegando.
A área comercial, tinha o bêbado oficial. Dormia ao chão atirado, com repulsa social; às vezes falante, em outras deprimido, mas por todos conhecido.
Quando ligava o auto falante, e tocava a `Ave Maria`, de longe já pressentia: alguém havia partido. Era hora de silencio, pra saber do falecido.
Sorridente ou infeliz, aos domingos de forma sagrada, o povo cercava a matriz. Grande era a movimentação, o padre Miro finalizava o sermão, os bancos eram disputados, e os diálogos encetados.
O cardápio era bem limitado: sorvete, pipoca ou amendoim ensacado (cru ou torrado).
Dali um dia parti, para um rumo desconhecido; vinte anos mais tarde voltei, quando então me assustei, com o que tinha acontecido - era um filme repetido.
Tudo estava no mesmo lugar. O velho taxista, com seu Fusca foi me buscar.
Achava a vida meio parada, mas na verdade, era apenas descomplicada.
Era um tempo de buscar o barulho, o tumulto, agitação, progresso e competição.
Agora, sinceramente, confesso: hoje penso no regresso. Com o passar dos anos, se descobre que a vida, quando corrida, passa rápido e despercebida.
Hoje vi o avião batendo asas, vi o metrô mostrando a língua e os carros carregando folhas. Escutei o ônibus fazer “MUUH”, a moto “relinchando”. Devo estar sonhando! Mexi nos olhos e de primeira acordei. Minha família estava toda animada por que iriamos ao sítio. Deve ser esse o motivo de ter sonhado com essas loucuras.
Pronto! Nos arrumamos e saímos. No caminho tudo normal, vi o avião com suas asas imóveis, deixando todo o trabalho para a turbina. O metrô sério, como sempre, os trabalhadores em seus carros, o ônibus com suas buzinas e a moto com aquele barulho do escapamento.
Chegando no sítio, aparentemente está tudo tranquilo. É, isso era o que eu esperava. Olhei para cima e vi uma ave com turbina, assustado parei de olhar para cima, olhei para o lado e vi uma cobra com sua língua que não parava de mexer. Até aí normal, não é? E se eu te falar que ela era inteira de aço? Estranho!
Olhei para baixo… Ufa!! Vi formigas, olhei mais de perto e estavam com rodas. Aí não deu outra, entrei em desespero, o pior foi ver a vaca com janelas e o cavalo com escapamento. Nossa! Acho que enlouqueci! Não é possível que de novo eu dormi… Me belisquei imediatamente na intenção de acordar. Ou estou louco, ou minha mente está muito fértil.
Abri os olhos, ufa! Está tudo escuro, estou na minha cama, mas aí escuto barulhos: “Miau, Miau”, “Uau, Uau”. Levantei para averiguar... Droga! Era o velotrol e a bicicleta do meu filho brigando de novo.
Ela queria bater com os pés e gritar e falar bem alto, comer até ter um metro e oitenta de altura e depois fugir.
Finge que sou aquele livro,
aquele que você lê no metrô:
Me lê, me entende;
molha os dedos na língua
e passa as minhas páginas.
Me surpreende.
Imagine um trem do metrô parando na estação por uns minutos e você não embarca por qualquer motivo.
Pode até ser que o próximo te leve onde você vai, mas é bem provável que no destino já não estejam as mesmas pessoas, nem as mesmas oportunidades.
Se você costuma não agarrar imediatamente a oportunidade, tenha certeza de que elas não vão ficar esperando por você.
É mais dificil ouvir um grito a um metro de nós. Ruim é ainda saber que o mesmo grito acontecia por nossa cansualidade.
Como o metrô, a vida é uma jornada de idas e vindas, de encontros e despedidas, onde cada passageiro carrega consigo histórias, sonhos e destinos únicos, lembrando-nos que, no final, todos compartilhamos o mesmo percurso rumo ao desconhecido.
SERTÃO.
Shopping aqui não tem
não tem rua asfaltada
nunca vi metrô e trem
e nem casa conjugada
aqui nosso maior bem
é orar e dizer amém
pela terra abençoada.
Uma estudante na ponte do metrô, linda, educada, simpática, sincera, meiga, docê, e que faz a sua parte e explora o seu amor, sua paciência e seu auxílio os colocando em prática.
Estava dando atenção a uma moradora de rua, dando tudo o que tinha, cada moeda.
Atenção, palavras, dedicação, transmitindo o vale a pena.
Dizendo com seu olhar:
Eu estou aqui; você é alguém e pode contar comigo, irei te ouvir e te entender.
Preciosa és.
Deus te abençoe!
Ela e eu, eu e ela
Sentados juntos no metrô
Refletindo sobre o reflexo do vidro
Dois amigos?
Não
Dois irmãos?
Não
Dois namorados?
Não
O que então?
Dois, dois desconhecidos que não se apresentaram!
A VIDA
A vida e um corredor, nele tem alergia, felicidade e tambem dor.
Cada metro que vc anda te leva pra mais perto da morte, isso e da natureza humana nao necessita de sorte.
Mais quem pensa antes de dar o passo, e sabio e nao um palhaco.
Muitos acham que tudo na vida e fácil, mas quando cresce percebe que tudo e instavel.
Tenho medo não é de viver, mais sim das escolhas que tenho de fazer.
Gosto de fazer versos e rimas, traz alegrias e quebra os enigmas.
Para que viver a vida com medo de errar, porque você só consegui algo se ir lá e tentar.
Tem que ter coragem de enfrentar, assim vc se torna uma grande pessoa e nada vai te derrubar.
Mais a essência ç de ficar sempre de pé, não é a vontade e sim a fé.
Todo aquele que avalia uma obra de arte, pelo metro quadrado da obra, na verdade não passa de um vendedor de tecido. Da mesma forma que quem avalia uma arte jóia pelo peso, não passa de um comerciante de metais.
Um vai e vem
Pessoas, carros, trens
metrô, catraca, escada rolante
Prédios, concretos, trânsito
Correria.
Restaurante árabe
Logo ao lado um japonês
na esquina uma padaria
com várias iguarias
opções.
Cartão de crédito
Cartão de crédito
Tiquet do metrô
(mais cartão de crédito)
Guarda-chuva
Terno e gravata
Manta suja e rasgada
Brancos, negros, pardos
amarelos
Cabelos castanhos
Cabelos estranhos
E continua o vai e vem...
São Paulo
Metrópole de todos
Metrópole de ninguém.
Assombro de metrô
Ainda que o assombro me cause
nas vezes em meio a multidão
eu talvez do conforto abuse,
se não dependo desta condução!
Aos milhões diariamente vai cheio,
se empurra na muvuca de sempre
desta falta de educação receio...
com bolsa ou algo que eu compre,
se em meio a multidão vá furtivo
neste meio sem nenhuma condição
haja visto um ladrão e seu motivo...
que Deus me livre o pensamento
se houver por acaso um arrastão!
Cruz e credo! Deus dê o livramento!
A cada um metro quadrado que Jesus parava, já tinha noventa e nove metros sobrando, para orar, evangelizar, pregar, testemunhar e mudar a vida das pessoas ao seu redor.
À quilo, à metro ou na medida certa tudo pode ser calculado com uma mente educada, instruída e programada para o bem de todos.
Os primeiros acordes
de Ei, Linda Crimeia!
tocaram no piano
na entrada do Metrô,
Quem ao povo mentiu
sobre o cessar fogo,
Deveria se tornar crime
acreditar nele de novo.
Ucrânia, muralha do mundo,
não tenho te deixado
sequer por um segundo;
A História te pertence,
minh'alma te ama,
a coroa de louros e a glória.
É exato o ditado que fala:
"Da onde nada se espera,
nada se pode esperar...";
Com a falta de palavra
de quem vocês sabem
já era tempo de nunca
mais a gente acreditar.
Sou bandeira na mão
erguida na entrada
de Chongar contra
a tropa inimiga que
continua ilegalmente
na Crimeia a ocupar.
Ontem eu ainda quis
no cessar fogo acreditar,
Não dá para acreditar
neste infeliz que não
para de ódio destilar,
O único caminho
é o espaço aéreo fechar.