Ponto
Às vezes me procuro,
e por mais que eu procure,
Não me encontro.
Não sei ate que ponto,
Estou ausente de mim.
A procura é intensa,
A solidão é imensa,
É um vazio que não tem fim!
Procuro o meu eu,
Que tão distante de mim, se perdeu!
A Verdade jamais deve ser um ponto de partida. Se você acredita antes de comprovar, já foi engolido pela Mentira.
Não chamemos a minha conclusão de culpa. Não tentemos achar o ponto de partida do estrago que sou. Que rudez, chamar algo como eu de estragado. Digamos que eu gosto do que gosto, pois acho bom o que é bom. E que ainda acho muito, e muito pouco o que sou. Queria eu ter a fúria de todos os deuses pra gritar o grito dos gritos e ser ouvida de polo à polo com verdades que são só minhas e de mais ninguém. Pois não há neste vasto mundo, quem possa achar certas as ideias que de mim saem. E eu, enquanto tomo café da manhã às duas da tarde pareço muito com alguém que pensa no pão que morde, mas só consigo focar no dia de minha morte e no que dirá o espelho quando tiver de encará-lo. Pois é, acho que se houver um juízo final ele será um espelho, um espelho nos jogando na cara todas as coisas que não fizemos, seremos julgados e considerados, todos, culpados, pelas coisas que contivemos. Enquanto a tua religião te diz "Pare", a minha me diz "Se parares estarás, em verdade, avançando todos os sinais contrários." Então eu sigo em frente, afinal, que é do homem sem sua religião? Que seria de mim sem essa voz que me incita a cometer todos os reprováveis atos que o mundo me oferece? Que seria do mundo, sem um pouco da minha religião, tão deliciosamente avessa?
Indiscrição
Eu te coloquei no ponto mais alto do céu
E bem, agora você despencou.
Fora rápido, e inacreditável
E nada sobrou do nosso passado
Talvez seja tarde para lhe explicar
Naquela manhã de Sexta Feira, eu agi como um idiota
Eu estava quebrado, confuso, e cego ao olhar em volta
Cego por não ver o quanto você era importante para mim
Não esqueça, mas não me lembre do que fiz
Sei bem que machucou, mas apenas sinta minha falta
Se eu pudesse trazer de volta em memória tudo que houve de bom, eu traria
Só não diga que eu não sofri
Três anos. Foi esse o tempo da nossa amizade.
E bem, a tal amizade terminou, por nada.
Mas vamos olhar pelo lado positivo
É apenas uma lição da vida, não é?
Mas o que me assustou, é que foi realmente rápido
Se ontem fora primavera, hoje nem sei quem você é
Você deveria saber como o tempo voa
Não sei (Quem sabe?) fosse ser menos desastroso.
Você deve pensar que sou louco
Que estou perdido e que virei um tolo
Talvez, apenas talvez, você esteja certo.
Mas não pretendo admitir isso.
Não tente agir como o senhor despreocupado
Você sabe muito bem o que aconteceu
Mas vamos, vamos encarar isso com dignidade
Essas coisas acontecem, não é?
Isso pode ser um monólogo, então irei parar de argumentar
Finja que nada aconteceu, e eu prometo fazer o mesmo
Andei esperando te ouvir dizer que foi mesmo de verdade
Mas se o fim te faz feliz, quem sou eu pra querer mudar?
Quero deixar isso como a melhor prova de indiscrição
Talvez você leia, e talvez entenda
Então, se possível, ainda atenda a este último pedido.
Oh, bem, apenas... Não me esqueça.
Minha lealdade não se escraviza a ponto de se depredar
Mas a minha coragem pode sim... Se apreciar para pensar
Em me querer com safadeza em me amar;
Como é possível haver pessoas tão hipócritas a ponto do fingimento de bondade de ideias ou de opiniões apreciáveis; de uma devoção tão fingida e que só faz com que afastes.
Fazem com que as pessoas que realmente queriam o seu bem, pessoas de verdadeiras intenções, sair como um semelhante e até criar o mal habito de ser hipócrita como assim feito com ela.
"Me fiz em reticências, até me abri em parênteses, só para você ser o meu ponto final." [MOURÃO, Natália Lemos, in, "Um amor de gramática"]
A simples existência de uma alma consciente encarnada
é uma pequena luz e ponto de ignição para todos ao redor!
E que haja entre nós uma aproximação tamanha a ponto de que andes por lugares desconhecidos e ainda assim nunca me perca de vista: esse é o meu grande desejo pra nós. E que isso seja agradável a você!
Existe um Ponto de Partida...
Pra que um transporte público ou privado cumpra um itinerário, ele precisa, necessariamente, de um Ponto de Partida. Durante o trajeto, por outros motivos, ele pode até mudar o percurso, mas ele não pode mudar o Ponto de Partida. Pq existe um Ponto de Chegada que, mesmo com a mudança no caminho percorrido, não pode ser alterado. Pq cada Ponto de Partida vai nos levar a um Ponto de Chegada.
Na vida não é diferente... Enquanto vc não encontrar o Ponto de Partida pra sua vida, vc não terá o Ponto de Chegada, e o seu trajeto será em círculos. Por isso que muitas vezes, os anos passam e nos vemos no mesmo lugar... Pq se andamos, ou se percorremos algum caminho, era sem um alvo, e assim não passamos de longas voltas. Gastamos apenas combustível, perdemos tempo, nos desgastamos, nos frustramos.
Até nos jogos vc precisa ter um Ponto de Partida... O objetivo é vencer, mas se vc não começa, vc não passa às fases necessárias. Mas tudo começa do começo. Redundante, não? Pois é, a redundância nesse caso nos leva ao óbvio, ao simples... Ao começo.
Se o caminho não parece fazer sentido, talvez vc nem tenha partido. A vida não é feita só de linhas retas, o caminho pode ter muitas curvas, mas existe o nascimento e a morte, e tbm existe um princípio e um fim pra caminhada. Encontre primeiro o seu Ponto de Partida. Muitos já conseguiram percorrer o seu itinerário, e ali passaram pra uma nova etapa... Com outro Ponto de Partida, e com outros desafios até alcançarem o seu próximo Ponto de Chegada.
Andar em círculos é como viver num barco à deriva, é como ir sem saber pra onde, é como jogar sem querer vencer as fases, é como ignorar a importância dos próprios sonhos, dos objetivos e das metas na vida, é como ir sem nunca ter começado. Se vc se sente assim... Pare tudo. E com todo respeito a escritora “Cora Coralina”, que da ênfase pra caminhada, peça a Deus que revele o Ponto de Partida do itinerário da tua vida, e em toda tua caminhada poderá contar com Ele.
Vivemos em busca do equilíbrio. Mas existe um ponto... Um único ponto em que precisamos decidir se é hora de seguir ou se é hora de recuar. Ora bolas, se ainda não encontramos o tal equilíbrio, então quem haveria de ter essa resposta na ponta da língua? Verdade seja dita, não somos acostumados a ser felizes. Pq ser infeliz é mais fácil. É bem mais fácil desistir. É mais fácil olhar pra trás. Parece-nos mais coerente recuar, mesmo tendo urgência em sermos felizes! ;)
As subidas e descidas me levam cada vez mais longe como um trampolim, não vou parar e no ponto mais alto vou ficar.
.. Chega um certo ponto, em que você tem que tomar cuidado para a Vida não levar embora seus sonhos. Ela até consegue levar alguns, apagar um ou outro, enterrar esse ou aquele, neblinar os meus ou os seus. Às vezes.
Mas esse é o momento em que mais temos que ser fortes e firmes, por mais difícil ou complicado que seja. Em certos dias, se você não lutar contra isso, vai acabar se perdendo na vida. No meio dela. E para você se achar de novo, pode dar um certo trabalho, ou demorar um pouco.
Decida viver, e lutar. Todos os dias. Reme contra maré, se preciso.
Mas às vezes, só às vezes, permita-se uma pausa. UMA PAUSA. Uma pausa daquilo que te cansa, te gasta, te demora, te estressa.
Às vezes. Só às vezes.
Quando éramos bebês...
Costumo dizer que quando nascemos, estamos no "ponto"...
Mas, os adultos que cuidam de nós, se incubem de ir nos (des) "educando".
Para melhor entender isto, basta recordarmos algumas passagens da nossa infância que demonstram bem certas características que tínhamos e que hoje nos fazem faltam.
Éramos determinados... quando tínhamos uma meta, insistíamos até alcançá-la: aprendemos a andar, após várias tentativas e inúmeros fracassos.
Para atingir nossos objetivos, não nos importávamos com o ridículo: Ficávamos um tempão experimentando sons, fazendo os barulhos mais "esquisitos", até conseguirmos pronunciar palavras e depois frases.
Quando nos sentíamos incomodados, não engolíamos nosso incômodo. Literalmente "botávamos a boca no mundo".
Éramos assumidamente sinceros, curiosos e extremamente desejosos de aprender: Quando tínhamos alguma dúvida, insistíamos em perguntar até que conseguíssemos esclarecê-la.
Pois é... depois, à medida que fomos crescendo fomos (des) aprendendo muitas coisas e assim, perdendo muitas dessas características.
Passamos a ser inseguros e muitas vezes desanimar das nossas metas... abrir mão dos nossos sonhos... a temer fazer papel de ridículo, deixando assim, de alcançarmos muitos dos nossos objetivos... por nos inibirmos... a mentirmos em algumas situações... a ficarmos com dúvidas, temendo fazer o papel de pouco inteligente e ainda aprendemos a nos forçar engolir e remoer várias chateações, para passarmos a imagem de bonzinhos e "legais".
Imagine se o bebê nascesse com todas estas características que foram nos ensinadas?...
Pense nisso.
Jamais coloque uma interrogação, onde Deus já colocou um ponto final. Esse, muitas vezes, é o motivo de tanto sofrimento!