Policial
– O SHERLOCK HOLMES DE MATO GROSSO –
Lá pelo início da década de 90, vários delegados estavam con¬cluindo o curso de formação na Academia de Polícia. Como é comum entre colegas de turmas, a maioria acaba recebendo um apelido, que muitas vezes coincide com o local de procedência do aluno; e assim, dentre os formandos estava o “Dr. Maringá”. Na distribuição das lotações das cidades Maringá saiu prejudicado e recebeu uma cidade de garimpo, violenta e de difícil acesso na regional de Alta Floresta. Lamurioso e inconsolado, seguia con¬versando com um e com outro, mas todos os diretores lhe diziam a mesma coisa: “você foi sortudo demais, foi lotado na cidade onde está o agente Golias, o melhor policial de Mato Gros¬so; qualquer crime que tiver, basta entregar na mão dele que será resolvido facinho!”
E assim foi que Maringá se apresentou em Alta Floresta para receber a portaria e seguir para o novo desafio. O chefe regional foi mais um dos que enalteceu as qualidades do agente Golias. Junto com a lotação Maringá recebeu algumas notícias: a cidade onde iria trabalhar estava enfrentando disputas de áreas entre garimpeiros e nos próximos meses só poderia con¬tar com o auxílio de dois investigadores novatos, pois o afamado Golias tinha acabado de requerer licença-prêmio.
Assumiu a delegacia, passou o primeiro, o segundo, o terceiro dia, e no quarto: pronto! Mataram o irmão do prefeito. Aque¬la anarquia, aquela confusão, todo mundo na porta da delega¬cia querendo solução: cadê o assassino? Por que é que ainda não prendeu? Queremos ele preso!
Foi tanta pressão que não teve jeito, Maringá determinou a um dos novatos que fosse atrás do Golias que estava pescando e o trouxesse com a urgência devida (urgência urgentíssima = uniforme dobrado, na gíria policial).
Logo depois do almoço chega o Golias todo sujo e prestativo dizendo que não se incomodava em interromper sua licença e que estava disposto a ajudar. Ufa!
Além da satisfação em conhecer aquela figura lendária, Ma¬ringá passou a observar passo a passo as atitudes de Golias para aprender os dotes daquele que seria o maior detetive das terras de Rondon. Golias pediu a chave da viatura e saiu em alta velocidade cantando pneus, e uns 10 minutos depois chegou ele conduzindo um rapagão de uns 2 metros de altura contido pelo colarinho e dizendo ao novo delegado: “aqui tá a solução!”
“Quando acontece alguma coisa nessa região é só prender o Zoião, porque ou foi ele ou ele sabe quem foi”.
E foi assim que Maringá descobriu os segredos investigati¬vos da “Lenda”, que muito se assemelhavam aos do Capitão Louis Renault, o chefe de polícia de Casablanca que diante de qualquer crime determinava: “prendam os suspeitos de sempre!”.
“O cara montou um grande `lava a jato` que era espetacular; prestava um serviço perfeito e logo dominou a região. Depois a fama e o sucesso subiram pra cabeça e ele começou a fazer besteiras. Era carro devolvido com paralamas sujo, moeda faltando no console, jogo de tapetes trocado, lixo escondido no porta-malas. As reclamações foram surgindo e os bons profissionais foram se demitindo. O negócio vai mal das pernas e pelo jeito não vai vingar.”
Vejam, uma coisa é eu ter certeza, e outra muito diferente é que isso seja verdade. // livro: O Verão das Bonecas Mortas.
Nunca ninguém matou alguém por amor, isso é uma mentira dos tangos. Só se mata por cobiça, por despeito, ou por inveja, pode acreditar. O amor não tem nada que ver com isso. // Livro:
O verão das bonecas mortas
“Toda profissão é digna. Seja qual ela for.
Do porteiro ao maquinista,
Carpinteiro, arquiteto, eletricista.
Policial, padeiro e agricultor.”
Criam-se leis e entendimento jurídicos
excessivamente garantistas que atrapalha todo o processo criminal, logo, o policiamento. Da mesma forma que a carga tributária e a burocracia e as leis excessivamente protetora para o trabalhador, pode e geram desemprego e torna o empresário um possível sonegador de impostos, gerado pelo chamado jeitinho brasileiro, como uma forma, muita das vezes, para não falir, poderíamos pensar que a
legislação efetivamente garantista das leis e os entendimentos das supremas cortes extremamente lenientes aos criminosos torna o serviço policial quase impossível de ser realizado e uma prisão praticamente um processo dantesco e colossal, dando-lhes apenasalternativa de nadar contra a corrente ou não fazer nada.
"Com orientação e dedicação, você se conquista um escrivão de histórias, um inspetor da justiça e um detetive dos sonhos. Acredite em si mesmo e transforme seu esforço em aprovação, pois as portas do serviço policial se abrirão para você!"
De origem jornalística
À Manuel Bandeira e seu
personagem “João Gostoso”.
Zé Negão, ajudante de pedreiro,
Andava na madrugada de sábado,
Na saída do baile pela polícia foi abordado,
Revistado
Interrogado
Surrado
Seu corpo foi encontrado
Pelas crianças
Que brincavam no terreno ao lado
Cheio de mato
Próximo à avenida do Estado,
num terreno abandonado.
Tem aqueles que apagam suas biografias dos registros históricos da humanidade, para lança-las na folha corrida de uma capivara policial.
É uma honra servir e proteger a sociedade, com o privilégio de ostentar na alma, o orgulho de ser mulher, mãe, policial militar.
PM nas ruas, aqui, feira de camelôs, o que os PM precisam de
objetos, pegam e leva sem pagar, tomam cafézinho com o meninos
que vendem café, e não pagam nada, pegam confeitos que os
meninos vendem, sem pagar, já vi demais pessoalmente
Os homens de bem, de cor e pobre, não têm medo de ver
na frente dele um ladrão, têm medo da abordagem policial.
I'm not a doll
Eu sou somente uma menina
Eu uso vestidos pomposos cor de rosa
Tenho grandes olhos brilhantes e bochechas rosadas
Todos tratam-me como uma boneca de porcelana
Dizem-me não faça isso
Não faça aquilo
Você é apenas uma menininha
Falam-me como se eu fosse quebrar
Obrigam-me a seguir a rotina de uma princesa
Dizem-me para calar-me
E que sou apenas um rostinho bonito
Cansei de tudo isso
Cansei-me de não poder pensar ou expressar-me
Posso parecer-me com uma boneca de porcelana, porém não nasci para brincar
Quero mostrar ao mundo o poder de apenas uma menininha
Desejo proteger minha nação
E tornar-me uma police doll
Que de boneca só tem o jeito delicado
Trocar meus vestidos ostentosos por fardas militares
Meus jogos de chá por uma Glock 9mm, uma AK-47 e um AWM L115A3 (Britânico)
Meus sapatinhos luxuosos por botas táticas pretas
E o rosa por preto e camuflado
Serei forte e agil
Mas, quando dificuldades e a vontade de desistir aparecer
Lembrarei-me sempre de por quem eu luto
Eu luto por cada menininha que ainda está em um mundo rosa imposto pela sociedade
E por cada uma delas me levanterei e vencerei todas as guerras e batalhas