Poetas Portugueses
Eu sou um rei
Que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços (...)
Despi a realeza, corpo e alma
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia
Abrem mãos brancas janelas secretas
E há ramos de violetas caindo
De haver uma noite de Primavera lá fora
Sobre o eu estar de olhos fechados...
Fecha os teus olhos bem! Não vejas nada!
Empalidece mais! E, resignada,
Prende os teus braços a uma cruz maior!
O nosso amor morreu... Quem o diria! (...)
Bem estava a sentir que ele morria... (...)
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do maor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há de vir!
Ti fizeram chacotas das probabilidades das graças que carregavas e, ninguém queria, ô que todos um dia podias.
Quanto estribilho, que seja melhor que um vinho é, quê, quando seus dedos tocam em conjunto, formam-se belas saídas de cristal.
Sempre ficando e estando pra não se esvair, à gratidão querendo confundir, em ansioso pelo tempo do querer vir.
Regentes que não se perdem pelo tempo, acompanham tons em belos movimentos, pra confortar-te em lares, comungando com bons mantimentos.
A perfeição do talento é base de obrigação e, as sobras, não modifica razão embora, haja com muita perfeição.