Poetas Portugueses
Os exemplos não pertencem ao homem, é uma visão das experiências, pra um presente se tornar, dado este apenas como um professor e sinalizador, que nos ensinando algo e se livre o for de julgos, nos beneficia em sabedoria, não se identificar como sendo este processo é enriquecedor.
Intuição é o silêncio da sabedoria e seu tom é em talento de guia, não precisa necessariamente vê-la e ouvi-la, basta senti-la, se percebê-la encontrará passividade, esta nasce de uma consequente fé, de uma intrínseca certeza, embora não vista é evidente, clara e eficiente, é uma sublime jóia, se te orientar por ela, identificando-a por consequência, esta certamente te livrará das desmotivações ilusórias, sugerida por ela, te protegendo em sua música e essência nascente, pois que certamente esta é uma mãe em nosso caminho.
Gentileza, não é algo que se faz exclusivamente por alguém, esta vem sempre acompanhada de um benefício, que liberta-nos do nosso próprio egoísmo.
Claudeth Camões
Se a gentileza for genuína, se diferenciará de manifestações que sugerem interesses, uma vez que esta é abundante em si mesma, e se revelará para embelezar a vida daqueles com os quais queremos compartilha-la.
É a providência Divina que nos permite experienciar a vida de fato, sempre surge, mas esta é muitas vezes sutil, e pode ser observada normalmente por almas nobres, ocorre naturalmente e necessariamente por um motivo de diligência, dado de sua própria grandeza, quando esta se dá, traz bem aventurança ao assistido e grandes transformações a sua volta, que se manifestam de muitas maneiras, são como milagres, e, em geral trazem grandes mudanças de consciência para o ser, os tornando cada vez mais humanos.
A prudência é uma vestimenta que nos impede tolices, esta requer perícia e sensatez, para atravessar normalmente um momento difícil, vestir-nos com este traje para nos acautelarmos, se faz necessário, Já que nos permite evitar adversidades que possam surgir pelo caminho, e, consequentemente abertura com indisposições, por meio de opiniões indiscutíveis, que podem gerar conflitos maiores, já que ainda, não houve reconhecimento dos envolvidos a respeito dos fatos e suas consequências previsíveis.
O jogo de acusações norteado pelos desejos da mente, são como brinquedos ilusórios, que mesmo sem efeito concreto tapam a visão, onde o sujeito finge não ver as causas de determinados sofrimentos, evitando a consciência, sendo esta a mãe de todas as curas, segue esse se alimentando com amortecimentos diversos, acreditando fugir da grande Lei da natureza, que muitas vezes é implacável, mas sobretudo é justa e certeira em seus efeitos pedagógicos, já que esta comunga com o tempo em sua sábia aplicação, que tem como prova final o nosso necessário amadurecimento.
Se quiserdes fluidez da vida, saiba que esta é recorrente de resposta fundamentada em boas perguntas, se por acaso, apneiar-se e observares a suspensão de respostas, permaneça tranquilo com a paz das certezas alheias em si, evocando sem pretensão as experiências acumuladas no porão do ser interno.
Se na individualidade do ser, incluir a humanidade, certamente o sofrimento seja apenas material pedagógico, para superar algo maior a este.
Dizem?
Dizem?
Esquecem.
Não dizem?
Disseram.
Fazem?
Fatal.
Não fazem?
Igual.
Porquê
Esperar?
— Tudo é
Sonhar.
Passa uma nuvem pelo sol.
Passa uma pena por quem vê.
A alma é como um girassol:
Vira-se ao que não está ao pé.
Passou a nuvem; o sol volta.
A alegria girassolou.
Pendão latente de revolta,
Que hora maligna te enrolou?
Quadras
Morto hei de estar ao teu lado
sem o sentir nem saber
mesmo assim isso me basta
para ver um bem em morrer
Quando passo o dia inteiro
sem ver o meu amorzinho
corre um frio de janeiro
no junho do meu carinho
Teus olhos tristes parados
coisa nenhuma a fitar
ah meu amor,meu amor
se eu fora nenhum lugar
Adivinhei o que pensas
só por saber que não era
qualquer das coisas imensas
que a minha alma de ti espera
Vai alta a nuvem que passa
vai alto meu pensamento
que é escravo da tua alma]
como a lua o é do vento
Ambos á beira do poço
achamos que é muito fundo
deita-se a pedra e o que ouço
teu olhar que é meu mundo
todas as coisas que dizem
afinal não são verdades
mas se nos fazem felizes
isso é felicidade
Vivem em nós inúmeros
Amor mil vezes já me tem mostrado
o ser-me vida o mesmo fogo ardente,
como quem queima um dedo e facilmente
no mesmo fogo o torna a ver curado.
Meu mal, tristeza, dor, pena e cuidado,
o bem, a vida alegre, ser contente
naquela vista pura e excelente
pôs, por essa maneira, o tempo e fado.
Que veja mil mudanças num momento,
que cresça nelas todas sempre a dor
não sei, que os meus castelos são de vento!
O tempo, que vos mostra ser senhor,
por mais que contra mi se mostre isento,
há de tornar por tempo tudo amor.
Que me quereis, perpétuas saudades?
Com que esperança inda me enganais?
Que o tempo que se vai não torna mais,
E se torna, não tornam as idades.
Razão é já, ó anos, que vos vades,
Porque estes tão ligeiros que passais,
Nem todos pera um gosto são iguais,
Nem sempre são conformes as vontades.
Aquilo a que já quis é tão mudado,
Que quase é outra cousa, porque os dias
Têm o primeiro gosto já danado.
Esperanças de novas alegrias
Não mas deixa a Fortuna e o Tempo errado,
Que do contentamento são espias.