Poetas Portugueses

Cerca de 6406 frases e pensamentos: Poetas Portugueses

A paz é um direito cósmico e natural.

Inserida por ClaudethCamoes

Nosso amor é um cuidado aos respeitos do firmamento coracional.

Inserida por ClaudethCamoes

Nosso bem feito sempre aperfeiçoa nossas feições além das antigas proas.

Inserida por ClaudethCamoes

A fazedura é a base do não podia fazer e sua varredura limpa e segura pra não sofrer fortes rupturas.

Inserida por ClaudethCamoes

Risada é sempre cheia de graça até pros não entendidos seu visto em cima é sempre fino.

Inserida por ClaudethCamoes

Amas quem não conheces pra não desprezar os que conhece.

Inserida por ClaudethCamoes

Só sei do seu amor seu reconhecimento pelo meu fazer sem dor.

Inserida por ClaudethCamoes

Crucificação é uma responsabilidade de montão de quem possui boas mãos, sabe das saudades até das ilusões, e isso ninguém corrige sem esforço.

Inserida por ClaudethCamoes

Os tempos da respiração é algo dinâmico e concreto de estadas quem modifica nada.

Inserida por ClaudethCamoes

A felicidade é sempre sem importância chegando pra ti em lances só se o quiser.

Inserida por ClaudethCamoes

Força é quando uma mulher ama um homem, mesmo que esse ainda, não saiba e, quando souber não foge se o amor lhe vier.

Inserida por ClaudethCamoes

Pra te olhar foi feito uma obra inteira, pra te amar, desfazer também é nossa arte, sem prejudicar as rebarbas vinheiras.

Inserida por ClaudethCamoes

Hoje já é pode liberar as palavras de auto ajuda sem direção, já que todos merecem o valor de uma berla em canção, te livro em algumas graças de estações.

Inserida por ClaudethCamoes

Não precisas me falar dela, tudo era uma simples precisão, que não adianta falsa confusão.

Inserida por ClaudethCamoes

Sua visão seja abençoada pra que as percepções sejam renovadas.

Inserida por ClaudethCamoes

⁠Eu sou o disfarçado, a máscara insuspeita.
Entre o trivial e o vil m[inha] alma insatisfeita
Indescoberta passa, e para eles tem
Um outro aspecto, porque, vendo-o, não a vêem,
Porque adopto o seu gesto, afim que […]
Julga o vil que sou vil, e, porque não me
No meandro interior por onde é vil quem é
Julga-me o inábil na vileza que me vê.
Assim postiço igual dos inferiores meus,
Passo, príncipe oculto, alheio aos próprios véus,
Porque os véus que me impõe a urgência de viver,
São outro modo, e outra (...), e outro ser:
Porque não tenho a veste e a púrpura visível
Como régio meu ser não é aceite ou crível;
Mas como qualquer em meu gesto se trai
Da grandeza nativa que irreprimível sai
Um momento de si e assoma ao meu ser falso,
Isso, porque desmancha a inferioridade a que me alço,
Em vez de grande, surge aos outros inferior.
E aí no que me cerca o desconhecedor
Que me sente diferente e não me pode ver
Superior, julga-me abaixo do seu ser.

Mas eu guardo secreto e indiferente o vulto
Do meu régio futuro, o meu destino oculto
Aos olhos do Presente, o Futuro o escreveu
No Destino Essencial que fez meu ser ser eu.

Por isso indiferente entre os triviais e os vis
Passo, guardado em mim. Os olhares subtis
Apenas decompõem em postiças verdades
O que de mim se vê nas exterioridades.
Os que mais me conhecem ignoram-me de todo.

Fernando Pessoa
LOPES, Teresa R. Pessoa por Conhecer – Textos para um Novo Mapa. Lisboa: Estampa, 1990.
Inserida por jhessicafourny

Houve um dia em que subi esta rua pensando alegremente no futuro.
Pois Deus dá licença que o que não existe seja fortemente iluminado.
Hoje, descendo esta rua, nem no passado penso alegremente.
Quando muito, nem penso...
Tenho a impressão que as duas figuras se cruzaram na rua, nem então nem agora,
Mas aqui mesmo, sem tempo a perturbar o cruzamento.
Olhámos indiferentemente um para o outro.
E eu o antigo lá subi a rua imaginando um futuro girassol.
E eu o moderno lá desci a rua não imaginando nada.

Fernando Pessoa
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Nota: Trecho do poema Realidade, escrito em 15 de dezembro de 1932.

...Mais
Inserida por pensador

Guardo ainda, como um pasmo
Em que a infância sobrevive,
Metade do entusiasmo
Que tenho porque já tive.

Quase às vezes me envergonho
De crer tanto em que não creio.
É uma espécie de sonho
Com a realidade ao meio.

Girassol do falso agrado
Em torno do centro mudo
Fala, amarelo, pasmado
Do negro centro que é tudo.

Fernando Pessoa
Novas Poesias Inéditas. Lisboa: Ática, 1973.
Inserida por pensador

⁠Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Fernando Pessoa
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

Nota: Trecho do poema Tabacaria.

...Mais
Inserida por andersonmmoliveira

⁠Quando te vi, amei-te já muito antes.
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há coisa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que não o fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro,
E com essas alegrias e esse prazer
Eu viria depois a amar-te.

Fernando Pessoa
Fausto – Tragédia Subjectiva. Lisboa: Presença, 1988.

Nota: Trecho do poema MARIA: Amo como o amor ama.

...Mais
Inserida por erika_beato