Poetas Portugueses

Cerca de 6406 frases e pensamentos: Poetas Portugueses

Nos amontoados; vou te encontrando; além dos tecidos doados.

Inserida por ClaudethCamoes

Não permitas que o tempo lhe sejas displicente, ansioso, se como sou lentamente, meu ente.

Inserida por ClaudethCamoes

Te dou prazer, não é o mesmo, quem te doou amor, escolhe os dois pra ser como flor.

Inserida por ClaudethCamoes

Oferecer dons é vida longa pra todos e poucos sabem o que é perceber talentos.

Inserida por ClaudethCamoes

É uma verdadeira, homor unidade em um guarda de roupas, com pés guisas.

Inserida por ClaudethCamoes

O que fizestes não preciso relatar e o tempo chama-me ao prazer pra conjugar.

Inserida por ClaudethCamoes

Vivemos em um mundo onde não envelhecer é ir contra ao infinito dióxidal bifásico.

Inserida por ClaudethCamoes

Belo é o guiar das palavras, não caminhos sem bracos e gralhas, com certeiras de leituras sem rastros.

Inserida por ClaudethCamoes

Não tenho pressa quando acomodada estou, e, é, bom tempo, fazes o que amas, mesmo que sejas lento.

Inserida por ClaudethCamoes

Abandonar preocupações é aliviar improbidades, com que de excessos imaginei-te, limitando-vos em vossa capacidade de expansão e, poder de liberta-se.

Inserida por ClaudethCamoes

O tom de sua voz é a doçura que me circula, pra refazer as colunas de um dia perdida, pelo tempo ínfimo de supostas e negligenciadas inexistências.

Inserida por ClaudethCamoes

Não sei o que faço e, sinto a importância, no que há de fazer.

Inserida por ClaudethCamoes

Podes modificar o tempo de meus escritos e títulos, desde quê, multiplique o saber de vossa interpretação.

Inserida por ClaudethCamoes

Nesse tempo não existe ignorante, ô que falha, é o, classificar e dar imaginação.

Inserida por ClaudethCamoes

Nasci pra ti antes de haver o mundo.

Inserida por Clarinha-Silva

A cor das flores não é a mesma ao sol de quando uma nuvem passa ou quando entra a noite.
(Do livro Fernando Pessoa Obra Poética II, Coleção L&PM, Organização: Jane Tutikian, pág. 69.)

Inserida por portalraizes

O cego e a guitarra

O ruído vário da rua
Passa alto por mim que sigo.
Vejo: cada coisa é sua
Oiço: cada som é consigo.

Sou como a praia a que invade
Um mar que torna a descer.
Ah, nisto tudo a verdade
É só eu ter que morrer.

Depois de eu cessar, o ruído.
Não, não ajusto nada
Ao meu conceito perdido
Como uma flor na estrada.

Cheguei à janela
Porque ouvi cantar.
É um cego e a guitarra
Que estão a chorar.

Ambos fazem pena,
São uma coisa só
Que anda pelo mundo
A fazer ter dó.

Eu também sou um cego
Cantando na estrada,
A estrada é maior
E não peço nada.

Do livro "Fernando Pessoa - Obra poética - Volume único", Cia. José Aguilar Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1972, págs 542/543. (Fonte: Projeto Releituras)

Inserida por portalraizes

Abat-Jour
A lâmpada acesa
(Outrem a acendeu)
Baixa uma beleza

Sobre o chão que é meu.
No quarto deserto
Salvo o meu sonhar,
Faz no chão incerto
Um círculo a ondear.

E entre a sombra e a luz
Que oscila no chão
Meu sonho conduz
Minha inatenção.

Bem sei... Era dia
E longe de aqui...
Quanto me sorria
O que nunca vi!

E no quarto silente
Com a luz a ondear
Deixei vagamente
Até de sonhar...

(Extraído de Cancioneiro – PDF Ciberfil Literatura Digital - Página 7)

Inserida por portalraizes

Escrevo e divago, e tudo isto parece-me que foi uma realidade. Tenho a sensibilidade tão à flor da imaginação que quase choro com isto, e sou outra vez a criança feliz que nunca fui, e as alamedas e os brinquedos, e apenas, no fim de tudo, a supérflua realidade da Vida...

(Fonte: PESSOA, Fernando. In “Correspondência (1905-1922)”, Lisboa: Assírio & Alvim, 1999, p.150. / Fonte: Templo Cultural Delfos)

Inserida por portalraizes

Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura.

(Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares – Fonte: Domínio Público)

Inserida por portalraizes