Poetas Ingleses
Os negócios humanos apresentam altas como as do mar: aproveitadas, levam-nos as correntes à fortuna; mas, uma vez perdidas, corre a viagem da vida entre baixios e perigos. Ora flutuamos na maré mais alta. Urge, portanto, aproveitar o curso da corrente, ou perder nossas vantagens.
A vida é uma sobra que passa... é um pobre ator que se pavoneia e se aflige sobre o palco e depois não é mais ouvido. É uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria e vazia de significado.
Apaga-te, vela fugaz!
A vida não é senão uma caminhada
Sombria, um pobre ator
Que se pavoneia e gasta a sua hora
No cenário,
E logo ninguém mais o ouve;
Vem a ser um conto
Narrado por um idiota,
Cheio de ruído e fúria,
Que não significa nada.
Em condiçoes de sofrimento, medo da perda. Te faz um aliado da política. Hoje onde nós vivemos as coisas que sentimos prazer pode ser um grande buraco na sua mente.
Ofélia para Laertes: “Encerrarei no peito, como guardas, essas sábias lições. Mas, caro irmão, não faças como alguns desses pastores que aconselham aos outros o caminho do céu, cheio de abrolhos, enquanto eles seguem ledos a estrada dos prazeres, sem dos próprios conselhos se lembrarem”.
(Hamlet)
Nem esta capa sombria, nem as vestes costumeiras de solene cor negra, os tempestuosos suspiros arrancados do imo peito, as torrentes fecundas que me descem dos olhos, o semblante acabrunhado, nem todas as demais modalidades da mágoa poderão nunca, em verdade, definir-me. Parecem, tão-somente, pois são gestos de fácil fingimento. Mas há algo dentro em mim que não parece.
(Hamlet)
Da calúnia a virtude não se livra. Muitas vezes, o verme estraga as flores primaveris, bem antes de se abrirem. No orvalho e na manhã da mocidade o vento contagioso é mais nocivo. Sê cautelosa; o medo é amparo certo. A mocidade é imiga de si mesma.
(Hamlet)
ANTÔNIO - Conheceis-me mui bem; por isso mesmo perdeis tempo apelando desse modo para a minha afeição. Além de tudo, pondo em dúvida o meu devotamento, muito mais me ofendeis do que se houvésseis malbaratado tudo o que possuo. Basta dizerdes-me o que é necessário que eu faça, o que julgardes que só pode ser por mim realizado, e eis-me disposto para tudo fazer. Falai, portanto.