Poetas Gauchos
Escrever é como tomar café: uma bela dose de palavras, duas gotas de criatividade e um bom ambiente para desfrutar.
Apesar de tudo ainda te amo
A noite está calma, me sinto inquieta
e não consigo dormir, sorrir ou até mesmo chorar.
Abro a janela e tudo que vejo parece estar você,
mas você não está mais aqui.
Tudo é tristeza e dor.
Essa saudade aumenta a cada instante e me sufoca
cada vez mais.
Esse silêncio me enlouquece.
Te desejo ver de novo e essa incerteza mata-me aos poucos.
Se eu pudesse separar as barreiras que existem entre nós,
quem sabe estaríamos juntos.
Jamais deixaria você partir como da última vez...
E agora só existe um desejo: você!
Um objetivo: possuir-te novamente!
Uma esperança: ser amada por ti eternamente!
JEITINHO MALANDRO
Esse jeitinho malandro de me conquistar
esse jeitinho dengoso de me possuir
Essa carinha de anjo me entorna a cabeça
Fica fazendo charminho, não me deixa dormir
E eu fico fora do mundo, não sei o que fazer
Escreve versos de amor para te agradar
Não sei se é fantasia tudo isso que sinto
É esse jeitinho malandro de me conquistar
Te escrevo dos pés à cabeça e te pinto no avesso
Leio o teu pensamento prá frente e prá trás
Te faço dormir no meu colo mordendo teu queixo
E esse jeitinho malandro me pede arrevesso !
PÁSSAROS
"..os pássaros da praça cantaram
na tarde de sol. Levaram o seu canto
às folhas das árvores. E os galhos
abertos sorriram de amor.."
"..o meu pensamento que transpôs vales e colinas,
que vagou, incontentado,por astros e galáxias,
volta hoje, como menino, ao ponto distante
que deixou atrás,à procura daquele primeiro
sorriso,em busca do primeiro olhar que o enfeitiçou"
Mas temos a possibilidade de amar.
Sejais vós quem fordes, ou o que fizerdes, eu sei quem eu sou. Terra. Vida Ressurreição. Uma verdadeira aventura.
Sair da vastidão do desconhecido, da imensidão e entrar numa nova vida apaixonante e aventureira. Isto, é o novo mundo poeticamente apaixonante.
Eu tenho que trabalhar e pagar os boletos...
Não tenho tempo para ser poeta!...
Ser poeta é para os inúteis
Ser artista é para os vagabundos
Ser o que o mundo mais precisa
é para os crucificados!
"Muitos passaram, muitos falaram, muitos vieram, muitos disseram, muitos ensinaram. Mas quantos realmente foram?"
Já sentiu o coração delascerado?
Ou pela paixão selvagem de uma noite,
Ou pelas acelerações que pareciam tocar devagar?
Por onde anda a minha pequena fé, em seu coração de luz...
Vou contigo pra Pasárgada
Meu caro Manuelito
Quem sabe lá eu encontre
Dos Anjos, os versos íntimos!
Pensando bem, eu irei
Para o mundo de Drummond
Tão vasto quanto ele mesmo
Mais vasto do que o som!
Jorge e sua Fulô
Bem me acompanhariam
As estrelas de Bilac
Mais forte lá brilhariam
De Campos e todo o LUXO
A vida seria perfeita
Como os versos de Vinícius
Na morte, vida refeita!
Citando Manuel Bandeira, Augusto dos Anjos, Carlos Drummond, Jorge de Lima, Olavo Bilac, Augusto de Campos e Vinícius de Moraes.
UTOPIA
Aquela estrela é minha
Aquela, pequenina,
Na esquina do Universo, escondidinha.
Eu, que não tenho nada além dos meus chinelos,
Além dos meus poemas, além dos meus anseios,
Sou feliz proprietário de uma estrela,
Uma que eu inventei, e para vê-la,
Fecho os olhos na hora de sonhar.
Aquela estrela é minha, senhores astronautas,
Vagabundos do espaço de ninguém:
Cuidado, ela é frágil, assim como meus versos,
Astrônomos, que fuxicai pelo Universo,
Se um dia descobrirem essa estrela,
Ela tem nome, chama-se Utopia.
Aquela estrela é minha, senhor Deus,
Que pastoreais nuvens no Infinito,
E que semeais sóis e tempestades
Não leves a mal a pretensão do poeta,
Mas, aquela estrela, ainda que feia, é minha,
Não faz parte do elenco dos teus astros,
Eu a fiz com as mãos, o sonho, o coração.
Aquela estrela é minha, senhoras e senhores
E, quem quiser passear na minha estrela,
Numa tarde qualquer, de chuva ou sol,
É só me dar as mãos, ser meu amigo,
Compreender minhas incompreensões,
E caminhar comigo.
Mas não reparem se, de madrugada,
Não houver mais estrelas nem mais nada
É que ,às vezes, acordo mal dormido,
Oprimido, homem e pingente,
E minha estrela, triste, vai embora,
E só regressa numa nova aurora,
Quando eu volto a ser gente..
CONCLUSAO
Quando
a noite vier
e sentirmos saudade
de tudo
que por infelicidade
não se concretizou. . .
Quando
imaginarmos o impossível:
que a vida nos sorri
sem temor ou mentiras...
Quando
entrelaçarmos nossos corpos
e deixarmos este mundo
de imperfeições
então
seremos felizes e perfeitos.
Esqueceremos a maldade,
nos aqueceremos
na felicidade.
Esqueceremos tudo:
a inveja,
a malícia,
o despeito
e a falsidade
desta vida
concreta.
Elevar- nos-emos
espiritualmente,
seremos um do outro
eternamente,
como Deus ordenou.
Só assim
poderemos ser felizes.
Nada dividirá
o nosso sentimento
e então
chegaremos à conclusão
de que só foi feliz
nesta vida
quem amou!
Liberdade de flor
Vive
Lá no fundo do meu ser
Uma flor
Uma flor
Lá no fundo do meu ser
Quer ser livre
Na natureza nada é estático
Se você reparar bem
O céu dança sobre nossas cabeças
Em milhões de formas e cores
As arvores e as flores conversam com o vento
Penso que assim é deve ser nossa vida
Sempre transformação e descobrimento
Compreendendo que a graça está na caminhada
E que os dias de chuva são tão necessários quanto os de sol.
É impossível esquivar-se
de todos os golpes do destino.
Não há como burlar
as emoções para sempre.
A dor é inevitável;
uma hora ou outra
a gente sente o drama.