Poetas Gauchos
O amor nunca foi muito complacente comigo.
Amei com a loucura dos poetas
...Nunca recebi o amor lúdico e doce em troca
Quisera os desvelos dos beijos cálidos
Do aconchego dos abraços
Mas não houve jamais...
Então seguro o amor junto à mim
para que sirvam de inspiração para meus versos.
"Poetas e escritores medíocres, se apegam à pauta do dia, para escrever suas obras, também medíocres e datadas."
Há poetas que dizem escrever poemas psicografados.
E quais poemas não o são?!
... Quando não descrevemos nosso próprio inconsciente
descrevemos o inconsciente do outro que ousamos
fingir que conhecemos
Poesia e psicanálise.
Bela parceria!
Poetas são como o vento, onde quer que ele esteja, lá estarão eles, rabiscando suas visões sobre a vida e sobre eles mesmos.
by/erotildes vittoria
Mas os poetas medíocres são encantadores. Quanto piores os versos, tanto mais pitoresco é o poeta. O simplesmente fato de haver publicado um livro de sonetos de segunda ordem torna um homem absolutamente irresistível. Ele vive a poesia que não soube escrever. Os outros escrevem a poesia que não conseguem concretizar.
(O retrato de Dorian Gray)
''Deus é o maior de todos os poetas e eu sou uma de suas poesias inacabadas. Todos os dias tenho certeza que ele está escrevendo minha história,rimando meus dias e iluminando todas as estrofes do meu futuro."
SONHOS E FANTASIAS
E um dia eu acreditei
Nas ilusões da vida
Acreditei nos poetas
E acreditei nas fantasias
Num belo dia comecei escrever
Escrevi, escrevi e adormeci
Sonhei os sonhos mais lindos
Que pena, acordei eram apenas sonhos
Sonhos e fantasias de uma poetisa
Mais eu acreditei
LáFeOli
Conservatória
Disseram-me os poetas, que existe um lugarzinho no intervalo do mundo,
localizado no espaço, feito pausa na partitura, feito suspiro jogado ao ar,
perdido dentro do sorriso, feito casal apaixonado em juras de amor,
xucro, feito moça solteira, atrás da esquina da vida, bem pertinho do coração .
Disseram-me os músicos, que tudo nesta cidade teu seu lugar exato,
nada foge ao seu tempo, nada atropela o andamento,
seja noite, seja dia, tudo se move através das melodias embrasadas,
das composições entoadas pulmões afora pelos cancioneiros.
Disse-me também os historiadores, que nessa terra tudo o que prevalece vem da cultura e da tradição,
Que suas ruas tem cheiro de flores do campo e brisa do mato,
casinhas coloridas enfeitadas de amor e esperança, com plaquinhas exaltando músicas e seus compositores,
em cada fachada, em cada janela a alegria da vida depositada em tantos e tantos amores.
Peguei minha curiosidade, minha ansiedade, coloquei na sacola e rumo a fora parti.
O que terá esta tal cidadezinha que encanta tanto quem por lá já fincou seus pés,
será que existe no mundo um lugar tão lindo feito canção de Noel ou Lupicínio?
tão suave feito dedilhar de violão? tão sublime quando a beleza de mulher?
Lá chegando, o que vi , foi muito mais do que me disseram,
vi a simplicidade, amizade e carinho em cada olhar, em cada gesto,
vi mais que adjetivos perdidos na boca de curiosos viajantes,
vi muito mais que desejos e beijos a luz do luar de amantes.
Há meu Deus! Em Conservatória eu vi um moço com sua dama
rasgando as ruas vestindo um paletó feito de notas musicais brilhantes,
no peito um violão a dedilhar canções já perdidas no tempo,
que faziam o adormecer dos enamorados em cada alcova, em cada leito de amor.
Em Conservatória, eu vi casais envelhecidos por fora, mais tão jovenzinhos em sua almas, trocando juras em cada declamação do poeta, em cada nova melodia dos seresteiros,
vi promessas de amores eternos se eternizarem tendo como testemunha os grilos e a lua,
e depois se perderem pelo mundo a fora, feito lágrimas de felicidade.
Na minha bagagem trouxe comigo uma certeza,
se existe um mundo esquecido, perdido ou guardado...
se ainda existe amor verdadeiro, que tantos dizem já esquecidos nos livros de contos ou de história,
se existe um coração que galopa, um pulso que dispara na batida do compasso de cada desejo,
este paraíso disfarçado em notas musicais,
este lugar, ou melhor dizendo este pedacinho do céu, atende pelo nome de Conservatória....
Aos guerreiros, a guerra.
Aos lutadores, a luta,
Aos sofredores, o sofrimento.
Aos poetas, os romances,
Aos amantes, os amores,
Aos insensatos o desassossego.
Aos sábios as palavras.
Aos líderes a ordem.
Aos espíritos insaciáveis, o caminho.
Aos professores, o reconhecimento.
Ao Super-Homem, o que será? A plenitude? A desilusão? A vaidade? A indiferença? O tédio?
Eu como poeta
Há pessoas que acham que nós poetas não sentimos fome nem sede. Não sabem dos nervos que passamos com os problemas sociais do nosso e de outros países. Ficamos irritados com os corruptos. Não vivemos sorrindo 24 horas porque também sentimos aflições e decepções. Quando choramos, muitos não conseguem ver nossas lágrimas, mas sentem a umidade delas em nossas escritas.
Escrevemos sobre nossas alegrias, tristezas e coisas que presenciamos; às vezes registramos fatos que o leitor tem vergonha de expor ou tentamos escrever algo que toque seu coração. Temos falhas, somos humanos, mas agimos sempre com o coração cheio de amor; às vezes amar exige sacrifício. Poeta também fala palavrão, eu choro e sorrio. Mas tem horas que me dá vontade de mandar ir pescar no rio.
Natureza...
Há um poema que poetas não se atreveriam escrever porque a natureza se encarrega da pontuação dos parágrafos e deixa nas entrelinhas, observações marcando detalhes especiais sem fazer uso do ponto, afinal, a vida continua após a vírgula e a exclamação, é uma constante em todos os seus detalhes.
by/erotildes vittoria