Poetas Gauchos
Ainda que eu fizesse mil poesias
Que juntasse todos os poetas do mundo
Nenhum conseguiria descrever
Esse teu sorriso encantador e esses olhos brilhantes
Cada segundo com você é valioso
Cada toque criptografado
Cada palavra guardada em um inconsciente apaixonado
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Nem que todas as estrelas se juntasse
Iriam chegar ao teu brilho
Nem todos cientistas
Iriam alcançar sua inteligência
Nem todas as flores
O seu cheiro
Nem a espécime mais rara
Iria tirar esse seu jeito único
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No campo dos meus amores
vivem poetas e cantores
há ovelhas e pomares
floreado com mil cores
numa cabana lá perdida
mora aquela rapariga
de olhos verdes cintilantes
que brilham como diamantes
de pernas brancas como leite
senti mesmo um deleite
é uma bela camponesa
com elegancia de princesa
numa manhã de primavera
encontrei-a à minha espera
foi quando tudo começou
até que este sonho acabou.
Talvez os poetas estejam certos
- O amor é a única resposta
Na certeza da morte esperada.
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Para sempre
Prefiro o tempo dos poetas
O seu tempo é lento
Se cinzento põe asas de borboletas
Pra ao vento espalhar sentimento
Em qualquer tempo, qualquer seresta
És profeta do pensamento
Mago das palavras naquela ou nesta
Bordando dores, amores, intentos
E não contento: chora, ri, implora
No mesmo devaneio, na mesma fé
Está sempre chegando e indo embora
Mas seu tempo é para sempre...
Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano
Descobri onde os poetas guardam suas lágrimas
Guardam dentro das canetas que levam Perdidas no bolso para um canto qualquer O papel lhe apoia como seu ombro amigo E espalham seus sentimentos
Distribuindo-os em letras que juntas Formam aquele borrão de devaneios
Cada letra de pingo, pinga na folha
As lágrimas que lhe escorrem pelos dedos Entraram na caneta e lá são guardadas
Ficam lá esperando o poeta chorar novamente
Já que não consegue derramar lágrimas no próprio rosto
O poeta transfere para o papel suas lágrimas de tinta
Aguardandando que sejam reconhecidas Por aqueles que choram de verdade
Quem lê uma poesia
Decanta nos olhos a lágrima
Que o poeta foi incapaz de verter
O poeta chora pelos olhos de quem
As consegue perceber
Lua...minha lua, nossa lua
Tão cantada pelos amantes,
pelos seresteiros,
pelos poetas e trovadores,
lua crescente, lua nova,
onde os loucos viram poetas,
e os poetas, mais poesias ditam
lua minguante, vazante das marés
lua cheia, tempo de fadas
pirilampos e sacis
lua que encanta os navegantes
que norteia os viajantes
e tem medo do sol escaldante...
mel - 27/07/2011
Escuto vozes
Dizem que os poetas
-... ouvem vozes,
vozes das musas
voz de anjos, vozes...
Não é verdade,
a única voz que escuto,
quando escrevo
é minha própria voz.
A voz do medo,
de voz do absurdo
a voz do desespero
a voz da humanidade.
A voz da guerra
a voz do preconceito
a voz da ilusão
a voz da esperança.
Quero continuar a ouvir,
vozes, vozes do futuro
vozes que sonham
vozes que acreditam.
Que ouvir vozes é um sinal
um sinal de humanidade
um sinal de que Deus se importa
mesmo que os homens
não acreditem, eu ouço
vozes...
Evan do Carmo 24/06/2016
Melania Ludwig
21 de março de 2011 ·
Salve, salve, todos os poetas que fazem das palavras uma canção, uma oração, uma declaração de amor à vida e à natureza! Cujas palavras se transformam em hinos de Amor!!!
Mas os poetas medíocres são encantadores. Quanto piores os versos, tanto mais pitoresco é o poeta. O simplesmente fato de haver publicado um livro de sonetos de segunda ordem torna um homem absolutamente irresistível. Ele vive a poesia que não soube escrever. Os outros escrevem a poesia que não conseguem concretizar.
(O retrato de Dorian Gray)
''Deus é o maior de todos os poetas e eu sou uma de suas poesias inacabadas. Todos os dias tenho certeza que ele está escrevendo minha história,rimando meus dias e iluminando todas as estrofes do meu futuro."
SONHOS E FANTASIAS
E um dia eu acreditei
Nas ilusões da vida
Acreditei nos poetas
E acreditei nas fantasias
Num belo dia comecei escrever
Escrevi, escrevi e adormeci
Sonhei os sonhos mais lindos
Que pena, acordei eram apenas sonhos
Sonhos e fantasias de uma poetisa
Mais eu acreditei
LáFeOli
Conservatória
Disseram-me os poetas, que existe um lugarzinho no intervalo do mundo,
localizado no espaço, feito pausa na partitura, feito suspiro jogado ao ar,
perdido dentro do sorriso, feito casal apaixonado em juras de amor,
xucro, feito moça solteira, atrás da esquina da vida, bem pertinho do coração .
Disseram-me os músicos, que tudo nesta cidade teu seu lugar exato,
nada foge ao seu tempo, nada atropela o andamento,
seja noite, seja dia, tudo se move através das melodias embrasadas,
das composições entoadas pulmões afora pelos cancioneiros.
Disse-me também os historiadores, que nessa terra tudo o que prevalece vem da cultura e da tradição,
Que suas ruas tem cheiro de flores do campo e brisa do mato,
casinhas coloridas enfeitadas de amor e esperança, com plaquinhas exaltando músicas e seus compositores,
em cada fachada, em cada janela a alegria da vida depositada em tantos e tantos amores.
Peguei minha curiosidade, minha ansiedade, coloquei na sacola e rumo a fora parti.
O que terá esta tal cidadezinha que encanta tanto quem por lá já fincou seus pés,
será que existe no mundo um lugar tão lindo feito canção de Noel ou Lupicínio?
tão suave feito dedilhar de violão? tão sublime quando a beleza de mulher?
Lá chegando, o que vi , foi muito mais do que me disseram,
vi a simplicidade, amizade e carinho em cada olhar, em cada gesto,
vi mais que adjetivos perdidos na boca de curiosos viajantes,
vi muito mais que desejos e beijos a luz do luar de amantes.
Há meu Deus! Em Conservatória eu vi um moço com sua dama
rasgando as ruas vestindo um paletó feito de notas musicais brilhantes,
no peito um violão a dedilhar canções já perdidas no tempo,
que faziam o adormecer dos enamorados em cada alcova, em cada leito de amor.
Em Conservatória, eu vi casais envelhecidos por fora, mais tão jovenzinhos em sua almas, trocando juras em cada declamação do poeta, em cada nova melodia dos seresteiros,
vi promessas de amores eternos se eternizarem tendo como testemunha os grilos e a lua,
e depois se perderem pelo mundo a fora, feito lágrimas de felicidade.
Na minha bagagem trouxe comigo uma certeza,
se existe um mundo esquecido, perdido ou guardado...
se ainda existe amor verdadeiro, que tantos dizem já esquecidos nos livros de contos ou de história,
se existe um coração que galopa, um pulso que dispara na batida do compasso de cada desejo,
este paraíso disfarçado em notas musicais,
este lugar, ou melhor dizendo este pedacinho do céu, atende pelo nome de Conservatória....
Aos guerreiros, a guerra.
Aos lutadores, a luta,
Aos sofredores, o sofrimento.
Aos poetas, os romances,
Aos amantes, os amores,
Aos insensatos o desassossego.
Aos sábios as palavras.
Aos líderes a ordem.
Aos espíritos insaciáveis, o caminho.
Aos professores, o reconhecimento.
Ao Super-Homem, o que será? A plenitude? A desilusão? A vaidade? A indiferença? O tédio?
Eu como poeta
Há pessoas que acham que nós poetas não sentimos fome nem sede. Não sabem dos nervos que passamos com os problemas sociais do nosso e de outros países. Ficamos irritados com os corruptos. Não vivemos sorrindo 24 horas porque também sentimos aflições e decepções. Quando choramos, muitos não conseguem ver nossas lágrimas, mas sentem a umidade delas em nossas escritas.
Escrevemos sobre nossas alegrias, tristezas e coisas que presenciamos; às vezes registramos fatos que o leitor tem vergonha de expor ou tentamos escrever algo que toque seu coração. Temos falhas, somos humanos, mas agimos sempre com o coração cheio de amor; às vezes amar exige sacrifício. Poeta também fala palavrão, eu choro e sorrio. Mas tem horas que me dá vontade de mandar ir pescar no rio.