Poetas Franceses

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As Folhas Mortas

Oh! Gostaria tanto que você se lembrasse
Dos dias felizes onde nos éramos amigos
Naquele tempo a vida era mais bela
E o sol mais brilhante do que é hoje
As folhas mortas juntamos com a pá
Você vê, eu não me esqueci
As folhas mortas juntamos com a pá
As lembranças e os arrependimentos também.
E o vento do norte leva-as.
Na noite fria do esquecimento
Você vê, eu não me esqueci
A canção que você me cantava.

É uma canção que é semelhante a nós.
Você, que me amava e eu te amava.
E nós vivíamos sempre juntos
Você que me amava, eu que te amava.
Mas a vida separa aos que se amam.
Tão docemente, sem fazer barulho.
E o mar apaga sobre a areia
Os passos dos amantes separados

As folhas mortas juntamos com a pá
As lembranças e os arrependimentos também
Mas o meu amor, silencioso e fiel
Sempre sorri e é grato pela vida.
Eu te amei tanto, você estava tão bonita.
Como você espera que eu esqueça?
Naqueles dias, a vida era mais bonita
E o sol mais brilhante do que é hoje.
Você era meu doce amigo
Mas eu não tenho nenhum arrependimento
E a música que você cantou,
Sempre, sempre vou ouvi-la!

É uma canção que é semelhante a nós.
Você, que me amava e eu te amava.
E nós vivíamos sempre juntos
Você que me amava, eu que te amava.
Mas a vida separa aos que se amam.
Tão docemente, sem fazer barulho.
E o mar apaga sobre a areia
Os passos dos amantes separados

O corpo humano é talvez uma simples aparência, escondendo a nossa realidade, e condensando-se sobre a nossa luz ou sobre a nossa sombra. A realidade é a alma. A bem dizer, o rosto é uma máscara. O verdadeiro homem é o que está debaixo do homem. Mais de uma surpresa haveria se se pudesse vê-lo agachado e escondido debaixo da ilusão que se chama carne. O erro comum é ver no ente exterior um ente real. Tal criaturinha, por exemplo, se pudessemos vê-la como realmente é, em vez se moça, mastrar-se-ia pássaro.

Victor Hugo
Os Trabalhadores do Mar

O fim da arte é quase divino: ressuscitar, se faz história; criar, se faz poesia.

Mesmo uma cômoda entulhada com lembranças,
Notas velhas, cartas de amor, fotografias, recibos,
Deposições judiciais, cachos de cabelo em tranças,
Esconde menos segredos do que o meu cérebro
[poderia produzir.
É como uma tumba, um cemitério de indigentes
[cheio de corpos,
Uma pirâmide onde os mortos deitam-se às
dezenas.
Eu sou um cemitério que a lua abomina.

Amar alguém é como ver o rosto de Deus.

Victor Hugo
Os Miseráveis