Poetas Franceses

E não podemos admitir que se impeça o livre desenvolvimento de um delírio, tão legítimo e lógico como qualquer outra série de idéias e atos humanos.

Sou como uma pessoa honesta, visto nunca ter sido assassinado, roubado, violado, a não ser em imaginação. Não seria honesto sem estes crimes.

É um grande erro especularmos acerca da tolice dos tolos e um erro ainda maior fiarmo-nos na inteligência dos inteligentes. Eles afastam-se uma vez por dia da sua natureza.

Todos os homens sabem uma quantidade prodigiosa de coisas que ignoram saber. Sabermos tudo quanto sabemos? Essa simples investigação esgota a filosofia.

Dias de trabalho! Os únicos dias em que vivi!

Deus fez tudo de nada. Mas o nada aparece.

O excesso de exactidão censura a tua vaga literatura.

O assunto de uma obra é ao que se reduz uma obra ruim.

Nomear um objecto equivale a suprimir os três quartos de prazer da poesia, que é feito de adivinhar pouco a pouco: sugeri-lo, eis o sonho.

O ideal é uma maneira de mostrarmos o mau humor.

O natural é aborrecido.

Os optimistas escrevem mal.

Os grandes artistas não têm pátria.

Nós outras, civilizações, sabemos agora que somos mortais.

Os corações dos nossos amigos são com frequência mais impenetráveis que os dos inimigos.

O espírito vive da diferença, o afastamento existe, a plenitude deixa-o inerte.

A esperança reluz como uma haste de palha num estábulo.

Plantar couves é imitar alguém.

Um homem de génio é aquele que mo transmite.

Inocente, é aquele que não foi pego em flagrante.