Poetas Franceses

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Mas a sua alegria apagava-se dia-a-dia, e cobria-se de poeira, como a asa de uma borboleta que um alfinete atravessou.

As horas de êxtase nunca são mais do que um minuto.

Quasímodo sentia mover-se dentro de si uma alma feita à sua imagem. Essa desgraça em que vivia tornou-o mau. Era mau porque era selvagem, era selvagem porque era feio. Mas não nasceu malvado. Desde muito cedo sentira, por parte dos homens, o escárnio, o espezinhamento e a rejeição. Só encontrou ódio ao seu redor.

Victor Hugo
HUGO, V., O Corcunda de Notre Dame

A alma toma cá um banho de preguiça aromatizado pela saudade e pelo desejo. - É algo crepuscular, azulado e rosado; um sonho voluptuoso durante um eclipse.

Sim o tempo reina; ele retomou sua brutal ditadura. E está-me empurrando, como se eu fosse um boi, com seu duplo aguilhão: "Vai, anda, burrico! Vai, sua, escravo! Vai, vive, maldito!"

São singulares as solidões da água. São o tumulto e o silêncio.

Tudo o que você diz fala de você. Principalmente quando fala do outro.

Um ciclone pode arrasar uma cidade, mas não consegue abrir uma carta.

Quero beber. Quero esquecer a vida. A vida é uma invenção hedionda não sei de quem. Parte-se o pescoço a viver. A vida é uma armação prestes a vir abaixo.

Uma amante não deve rir, porque isso nos encoraja a anganá-la. Vendo-a alegre, afugentamos os remorsos, se a vemos triste, volta-nos a consciência.

Ela abaixou a fronte, como se o rosto na sombra pusesse na sombra o pensamento.

Uma noite, sentei a Beleza no meu colo. - E a achei amarga. - E a xinguei.

Vamos apreciar sem vertigem o tamanho de minha inocência.

Os encontros temperados com um pouco de missa são os melhores. Não há nada mais mimoso do que uma olhadela que passa por cima de Deus.

É erro não distinguir. Não são bons os ódios absolutos.

O que separa a alma do corpo não é a morte, é a vida.

A prudência dos cobardes assemelha-se à luz das velas; ilumina mal, porque treme.

O organismo material humano, sobre o qual pesa uma coluna atmosférica de 15 léguas, chega à noite fatigado, cai em fraqueza, deita-se, repousa; fecham-se os olhos da carne; então, naquela cabeça adormecida, menos inerte do que se crê, abrem-se outros olhos, aparece o Desconhecido; aparece o sublime, aparece Ela...e somente Ela.

A casa, como o homem, pode tornar-se cadáver, basta que a superstição a mate. Então é terrível.

O belo é tão útil quanto o útil. Talvez até mais.