Poetas Franceses

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A noite veio. Ela achou-a tão bela, o luar tão doce, que fez um giro pela galeria que circundava a igreja. Sentiu com isso um grande alívio porque a terra lhe pareceu calma, vista lá de cima da catedral.

O mundo noturno é um mundo. A noite, um universo.

O homem que só bebe água, tem um segredo a esconder.

A mão que embala o berço, embala o mundo.

Canção da Torre Mais Alta


Ociosa juventude
De tudo pervertida
Por minha virtude
Eu perdi a vida.
Ah! Que venha a hora
Que as almas enamora.

Eu disse a mim: cessa,
Que eu não te veja:
Nenhuma promessa
De rara beleza.
E vá sem martírio
Ao doce exílio.

Foi tão longa a espera
Que eu não olvido.
O terror, fera,
Aos céus dedico.
E uma sede estranha
Corrói-me as entranhas.

Assim os Prados
Vastos, floridos
De mirra e nardo
Vão esquecidos
Na viagem tosca
De cem feias moscas.

Ah! A viuvagem
Sem quem as ame
Só têm a imagem
Da Notre-Dame!
Será a prece pia
À Virgem Maria?

Ociosa juventude
De tudo pervertida
Por minha virtude
Eu perdi a vida.
Ah! Que venha a hora
Que as almas enamora!

A melhor maneira de realizar seus sonhos é acordar.

A mão na pena, vale a mão na enxada.

Arrancar a máscara, que livramento!

Como os finais de tarde outoniços são penetrantes! Ah! Penetrantes até a dor!

Deus ao criar o rato disse: já fiz asneira! e tratou de criar o gato, logo o gato é uma errata do rato.

VAMPIRO

Tu que, como uma punhalada,
Em meu coração penetraste
Tu que, qual furiosa manada
De demônios, ardente, ousaste,

De meu espírito humilhado,
Fazer teu leito e possessão
- Infame à qual estou atado
Como o galé ao seu grilhão,

Como ao baralho ao jogador,
Como à carniça o parasita,
Como à garrafa o bebedor
- Maldita sejas tu, maldita!

Supliquei ao gládio veloz
Que a liberdade me alcançasse,
E ao vento, pérfido algoz,
Que a covardia me amparasse.

Ai de mim! Com mofa e desdém,
Ambos me disseram então:
"Digno não és de que ninguém
Jamais te arranque à escravidão,

Imbecil! - se de teu retiro
Te libertássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!"

As realidades da alma, por não serem visíveis e palpáveis, não deixam de ser realidades.

Tratavam-se de esquecer-se no sono, visto que não podiam perder-se na sombra.

Quem ama quer, e aquele que quer relampeja e cintila.

- Oh! Bom e honrado solo de Paris! Maldita essa escada que cansaria até os anjos!

A sobriedade é uma qualidade quando o indivíduo possui outras.

Vivem somente os que lutam.

O Homem está colocado onde termina a terra; a Mulher onde começa o céu.

A solidão desprende uma certa quantidade de desvario sublime.

O olho do homem é feito de modo que se lhe vê por ele a virtude. A nossa pupila diz que quantidade de homens há dentro de nós.