Poetas Franceses

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Há uma espécie de reciprocidade entre a necessidade e o objecto que a satisfará. Não penso em beber; mas este copo ao meu alcance dá-me sede. Tenho sede e imagino o copo de água delicioso.

Escritores, meditem muito e corrijam pouco. Fazei as vossas rasuras no vosso próprio cérebro.

O que me interessa nem sempre é o que tem importância para mim.

A mais bela moça do mundo só pode dar o que tem - muitas vezes seria melhor que o guardasse.

O poeta deve ter um só modelo, a Natureza; um só guia, a verdade.

Um pintor não devia pintar o que vê, mas o que será visto.

Não se deve deixar os intelectuais brincar com os fósforos.

Vive mal quem só vive para si.

A força dos povos bárbaros reside na sua juventude.

O passado, mais ou menos fantástico, ou mais ou menos organizado posteriormente, age sobre o futuro com um poder comparável ao do próprio presente.

Somos todos campos de batalha, nos quais se digladiam deuses.

Um homem sério tem poucas ideias. Um homem de ideias nunca está sério.

Os corações dos nossos amigos são frequentemente mais impenetráveis que os dos nossos inimigos.

O odioso é a porta de saída do ridículo.

Um homem de negócios é um cruzamento entre um dançarino e uma máquina de calcular.

E cintila a chama nos olhos da gente nova, mas nos olhar dos velhos, divisa-se a luz.

O homem sem paciência é como uma lamparina sem óleo.

Flores

De um pequeno degrau dourado -, entre os cordões
de seda, os cinzentos véus de gaze, os veludos verdes
e os discos de cristal que enegrecem como bronze
ao sol -, vejo a digital abrir-se sobre um tapete de filigranas
de prata, de olhos e de cabeleiras.

Peças de ouro amarelo espalhadas sobre a ágata, pilastras
de mogno sustentando uma cúpula de esmeraldas,
buquês de cetim branco e de finas varas de rubis
rodeiam a rosa d'água.

Como um deus de enormes olhos azuis e de formas
de neve, o mar e o céu atraem aos terraços de mármore
a multidão das rosas fortes e jovens.

Quem se apressa é porque compreendeu: não devemos demorar as coisas; surpreender-nos-ia que os mais claros discursos fossem feitos de termos obscuros.

Como fazer para não fazer nada? Não conheço no mundo nada mais difícil. É um trabalho de Hércules, um aborrecimento de todos os instantes.