Poetas Franceses

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Ora penso, ora existo.

Minha Boêmia
(Fantasia)

Lá ia eu, de mãos nos bolsos descosidos;
Meu paletó também tornava-se ideal;
Sob o céu, Musa! Eu fui teu súdito leal;
Puxa vida! A sonhar amores destemidos!

O meu único par de calças tinha furos.
- Pequeno Polegar do sonho ao meu redor
Rimas espalho. Albergo-me à Ursa Maior.
- Os meus astros nos céus rangem frêmitos puros.

Sentado, eu os ouvia, à beira do caminho,
Nas noites de setembro, onde senti tal vinho
O orvalho a rorejar-me as fronte em comoção;

Onde, rimando em meio à imensidões fantásticas,
Eu tomava, qual lira, as botinas elásticas
E tangia um dos pés junto ao meu coração!

O orgulho mais inacessível nasce principalmente de uma impotência.

O que tem sido acreditado por todos, e sempre, e em toda a parte, tem toda a probabilidade de ser falso.

O trabalho não é o sal que conserva as almas mumificadas?

Entre duas palavras, devemos escolher a mais pequena.

Um fato mal observado é mais pernicioso que um raciocínio errado.

De qualquer palavra profunda todos os homens são discípulos.

O mal é como as mulas: teimoso e estéril.

Quase ninguém está tão isento de pecados que não mereça um castigo.

A vaidade, grande inimiga do egoísmo, pode dar origem a todos os efeitos do amor ao próximo.

Quando atingimos o objetivo, convencemo-nos de que seguimos o bom caminho.

Só se pode chamar ciência ao conjunto de receitas que funcionam sempre. Tudo o resto é literatura.

O homem é um aprendiz, a dor a sua mestra.

Raspai o juiz, encontrareis o carrasco.

A meditação é um vício solitário que cava no aborrecimento um buraco negro que a tolice vem preencher.

É que a sabedoria é um trabalho, e sermos apenas sensatos custa muito, pois para se fazerem asneiras basta deixarmo-nos ir.

Os maus pensamentos vêm do coração.

Dos meus antepassados gauleses tenho os olhos azuis pálidos, uma firmeza limitada e a falta de habilidade na luta.

Há que trabalhar, ainda que não seja por gosto, ao menos por desespero, uma vez que, bem vistas as coisas, trabalhar é menos aborrecido do que divertirmo-nos.