Poetas Cristãos
É a poesia que me encanta, que me fascina. Creio que todos nós somos poetas por natureza, a única diferença é que cada um se expressa de uma maneira. Poesia em versos, poesia em fotos, poesia em gestos, poesia em sorrisos, olhares, enfim... várias formas. Cada um em sua individualidade, entretanto, todos falando a mesma linguagem, a linguagem do coração.
Lua, sol da noite...
Cais de amantes...
Destino de sonhos...
Porto de abrigo de poetas...
Sol da noite...
Quantas promessas de amor eterno testemunhaste?
Quantas traições?
Ódio, guerras, ciumes, hecatombes... Ilusões!
Quanta poesia? Sonhos...
Quantos amantes beijaste com a tua luz prata?
Se tempo eu tivesse de vida pedir-te-ia para me contares...
NADA MAIS A SER DITO
Do que serve palavras vagas?
Até poetas calam-se quando é preciso
Se há beleza em palavras,
Há também em silêncios
Quer prova?
Te mostro as estrelas
E virou-se,
Sem nada mais a dizer
Na sua alma uma dor
Uma amagura, aflição
Mas mentia fingindo que não tinha
Mais nada a dizer
E naquele momento ele soube que:
Nunca tantas coisas quiseram ser ditas
Nunca tantas palavras quiseram ser pronunciadas
Mas nuncas elas se calaram
Se oprimiram
E se transformaram em completo silêncio
-A.L
Não sou escritora, tão pouco sei rimar como os poetas, sei apenas expor meus pensamentos como o de pensadores, pensamentos construtivos e de boa índole. Sendo assim, não sou de escrever em folhas de papel enfeitadas de adesivos e coloridas, tenho preferência por folhas velhas, amassadas e com borrões... Afinal são os velhos costumes que nos mantém próximos do nosso verdadeiro "eu", e que a beleza dos adesivos não demonstra a verdadeira qualidade do nosso interior. A essência interna transcende a externa.
Ele sempre me quis...
como os poetas querem a noite:
Assim linda... triste e distante!
E eu sempre o quis...
Simplesmente!
ALMAS FECHADAS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Poetas fazem poesias. Em prosa ou verso. Em formas e fôrmas de poemas, crônicas, contos e artigos, porém sempre poesias. Em seus escritos, falam do que sentem ou pensam. Falam também do que pensam ou sentem que os outros sentem ou pensam. Escrevem sobre terceiros na primeira pessoa, e sobre si mesmos na terceira, sabedores de que tanto faz.
Jamais pretenda saber o que atormenta, entristece ou alegra um poeta, por meio de seus escritos. Não diga nem a si próprio que você o conhece como a palma da mão, mesmo que seja um cigano. As linhas de um poeta estão todas n´alma, e poetas têm as almas fechadas. Isso pode ser lido nas fachadas expostas em seus olhos blindados de poesia.
para que o mundo não acabe
que haja poetas e também alardes
onde a poesia domine;
que haja janelas onde as portas se abrem.
Mil poetas habitam em mim,
Muitos deles vêm das trevas,
Podem ver não tenho estilo,
Sou uma espécie de purgatório
Até os seus dias de juízo...
Poetas precisam de palavras.
Necessitam delas para viver.
Basta um dia bonito,
Um dia chuvoso...
Uma tristeza,uma alegria...
Um carinho de um amigo...
Um elogio sincero
Que lá vai a alma poeta colocar para fora em seus versos o que o coração e alma sente.
E hoje toda minha inspiração é pela palavra GRATIDÃO!
Pela palavra VIDA!
Agradecer por tudo que a vida tem me dado.
Pela minha família,pelos meus novos e velhos amigos...
Pela alegria de VIVER!
A vida é um sopro...
Que seja leve
Que seja livre
Que seja grata
Que se tenha amor e que se doe amor.
Cada instante que se passa não volta mais.
Essa é a única certeza que temos.
Eu agradeço!
A POESIA DE CADA UM
Levantem-se, poetas!
Por que esconder tanta beleza
Lacrada em ignoradas escrituras?
Há um poeta em cada homem!
Poesia não é a linha escrita
As frases montadas
As palavras difíceis
O sentido oculto.
Poeta não é o escolhido
O culto
O esquisito
O admirado
O discutido.
Poesia não é a face voltada
Ao pobre
Ao rude
Ao oprimido;
É algo simples,
Universal!
Poesia é do operário
Do pedreiro
Do Lixeiro
Do marceneiro
Do agricultor!
Como é dos médicos
Dos advogados
Dos engenheiros
Dos psicólogos
Dos professores!
Nas mãos do culto
É nota afinada;
Nas mãos do rude
É nota dissonante,
Sem deixar de ser poesia!
Poesia é a oitava do maestro
O tinir de instrumento do ferreiro.
Está nos livros adornados a ouro
E no papel de embrulhar pão;
Na eloquência do orador
E na mudez do flagelado.
Poesia é a flor do jardim imperial
E a flor do túmulo sem nome;
Está nos teatros
E está nos campos;
É a chuva
O sol
O arco-íris;
É a lama
A escória
O temor!
Quanta poesia há
Num mendigo que olha pro céu!
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
IMPRESSÕES DA PRAÇA
Velha praça de imortal nome!
Encruzilhada de destinos
Que correm paralelos
Ou se entrecruzam
Em eventuais encontros.
Velha praça de imortal nome!
Onde os pássaros sufocam gorjeios
Ao alarido de veículos céleres;
Onde o trágico e o cômico se revezam
Aos olhos transfixos dos transeuntes.
Velha praça,
De novas emoções!
Em seu solo vicejam
Plantas e flores,
Pegadas e frases
Que Éolo mistura
Em algaravias
Que somente a brisa entende.
Os homens se esbarram,
Mas não se tocam;
Trocam ideias
Ou falam a si mesmos.
As árvores cumprem seus destinos:
Sombreiam, farfalham,
Tingem a paisagem cinza citadina
Com cores vivas;
Mantêm colóquios misteriosos
Entre si;
Brincam com anciões
Recostados em alvos brancos,
Derramando-lhes folhas soltas.
Velha praça de imortal nome!
Ao dia, é vida e burburinho;
À noite, é escura e melancólica;
É abrigo de aves gárrulas;
É repasto de pombos...
E de sonhadores!
Santos, Praça Rui Barbosa - 1980
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
Os Poetas Sonhadores, tiveram em sua vida grandes amores, que os inspiravam a escrever belos poemas, não lhes faltava tinta em suas penas