Poetas Cristãos
A Igreja Primitiva Era Carismática
Testemunho dos cristãos primitivos sobre os carismas na Igreja pós-apostólica:
- Justino de Roma (100-165 d.C.).
"Entre nós, com efeito, até o presente existem carismas proféticos. De onde, vós mesmos deveis compreender que os de antes que existiam em vosso povo, passaram para nós". (Justino de Roma, Diálogo com Trifão 82.1).
Em seu trabalho chamado The Second Apology of Justin, ele fala da capacidade dos cristãos em seus dias de expulsar demônios e ministrar a cura.
- Irineu de Lyon (130-202 d.C.) Bispo de Lyon e fora discípulo do apóstolo João.
"alguns expulsam os demônios, com tanta certeza e verdade, que, muitas vezes, os que foram libertos destes espíritos maus creram e entraram na Igreja; outros têm o conhecimento do futuro, visões e oráculos proféticos; outros impõem as mãos sobre os doentes e lhes restituem a saúde; e como dissemos, também alguns mortos ressuscitaram e ficaram conosco por muitos anos. E que mais? Não é possível dizer o número de carismas que, no mundo inteiro, a Igreja recebeu de Deus, no nome de Jesus Cristo, crucificado sob Pôncio Pilatos e que distribui todos os dias em prol dos homens, a ninguém enganando e não exigindo dinheiro de ninguém". (Irineu de Lyon Contras as Heresias 32.4)
- Tertuliano (160-240 d.C.).
Em Um Tratado sobre a Alma, Tertuliano diz: “Por reconhecermos o charismata espiritual, ou dons, também obtemos em mérito o dom profético”. Em Contra Marcião, Tertuliano revela tanto seu conhecimento em falar em línguas quanto sua crença de que os dons sobrenaturais do Espírito eram um sinal de ortodoxia. Assim, no terceiro século os dons espirituais ainda eram proeminentes na Igreja. Deve-se notar também que Tertuliano não prevê nenhuma cessação dos dons do Espírito.
- Novaciano (210-280 d.C.).
"É ele [o Espírito Santo] que coloca profetas na igreja, instrui mestres, dirige línguas, dá poderes e curas, faz obras maravilhosas... e organiza todos os dons que existem dos carismas; e assim fazendo a igreja do Senhor, em toda a parte, e em tudo, aperfeiçoado e completado”.
- Orígenes (185-284 d.C.).
Em seu trabalho, Contra Celso, ele se refere à crítica de Celso às declarações proféticas e defende profetizar e falar em línguas. Orígenes, em seu comentário de Romanos 8:26, vincula a oração no Espírito à oração em línguas. Orígenes foi o primeiro dos pais da igreja primitiva a expressar preocupação de que os ministérios sobrenaturais do Espírito estivessem diminuindo na Igreja. Ele viu isso como resultado da falta de santidade entre os cristãos, e não da vontade de Deus.
- Agostinho (354-430 d.C.).
Na sua obra A Cidade de Deus, Agostinho fala de curas e milagres que observou em primeira mão e depois diz: "Estou tão pressionado pela promessa de terminar esta obra que não posso registar todos os milagres que conheço".
Portando, cuidado com os cessacionistas, pois essa é uma heresia de origem ateísta, e quem tem penetrado aos poucos dentro da Igreja de Cristo.
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
Os Cristãos e o Determinismo
É interessante observar que todos os cristãos bíblicos, de maneira geral, condenam o determinismo, o fatalismo e as seitas que seguem essa linha de raciocínio, como:
Hinduísmo, estoicismo, budismo, islamismo, maniqueísmo, gnosticismo e etc... Nestas seitas, o ser humano é fantoche do destino, tudo está traçado, predestinado incondicionalmente ou predeterminado!
Agora a pergunta letal: Por que os protestantes não engolem o determinismo e o fatalismo destas religiões, mas toleram o determinismo e o fatalismo calvinista? Seria por que eles não conhecem os desdobramentos da doutrina calvinista ou o compatibilismo calvinista resolve isso?
Eis o dilema.
Pense nisso e cuidado com os heterodoxos!
Marcelo Rissma
A Essência de Deus e o Mal
O calvinismo, o neo-calvinismo, o ateísmo e os cristãos desinformados são rasíssimos quanto a Doutrina Bíblica acerca da simplicidade de Deus. Pois, o corolário mais básico e lógico da proposta de Deus enquanto ente simples é a plena indissolubilidade entre Sua natureza e Seus predicados. Resumindo, os predicados de Deus correspondem à totalidade de Sua essência. Nesta via, Deus não possui justiça, Ele É Justiça. Deus não possui amor, Ele É Amor. Deus não possui bondade, Ele É Bondade. Deus não possui algum bem, Ele É o Bem Supremo.
Dito isto, é uma tolice predicar Deus em ações moralmente más, pois, sendo o mal uma privação do bem e não podendo Deus privar-se a Si mesmo (pois é a Suma Bondade e Sumo Bem), conclui-se logicamente que Deus não pode obrar o mal. Por isso a Bíblia diz que em Deus não há mal ou trevas alguma, Ele é essencialmente bom e não pode pecar. (1º João 1.5; Hb 6.18; Hc 1.13; Tg 1.13).
Assim, essa posição ateu-calvinista deve ser rejeitada veementemente porque é contraditória. E a Bíblia exorta-nos a evitar “as ideias contraditórias” (1ª Tm 6.20). Os opostos não podem ser verdadeiros ao mesmo tempo e no mesmo sentido. Deus não pode ser bom e não-bom. Ele não pode ser essencialmente bom e ao mesmo tempo mal. É um ato de blasfêmia predicar a autoria do mal ou o mal a Deus. E seja anátema todo aquele que assim proceder.
Agradeço a oportunidade, Marcelo Rissma.
Muitos cristãos são populares como Sansão, mas não têm a integridade de José. A história de cada um ensina com qual final de vida queremos terminar.
Para os cristãos Bíblicos e Ortodoxos, o livre-arbítrio é uma capacidade dada por Deus para que o ser humano faça escolhas contrárias. Caso não houvesse livre-arbítrio, como tagarelam os deterministas, não haveria responsabilidade em nenhuma das ações humanas, pois tudo já estaria determinado, sem opção de escolha.
Ateu e desinformado: “Os cristãos cometem um grande erro ao assumir que o universo não poderia ter tido uma causa NATURAL, ou seja, não sabemos de tudo ainda, logo foi Deus! O eterno Deus das lacunas e suposições.”
Resposta: Deus das lacunas? Deus não é resposta para o que não sabemos, pelo contrário, é conclusão para o que já sabemos. Assim, a única conclusão logica possível para o fato de que a causa do universo precisa, necessariamente, transcender espaço, tempo, matéria, energia e possuir livre-arbítrio. Agora, quando um ateu insiste que algo atemporal, imaterial, eterno, onipresente, incriado, e livre é algo “natural” dá vontade de gargalhar.
Parece que alguns cristãos esqueceram-se de que ser membro de uma denominação não é o mesmo que ser um cidadão do Reino de Deus. Ser parte do corpo de Cristo requer negar a si mesmo e tomar sua cruz na contramão desse mundo caído.
Quando os teólogos cristãos assumiram o poder no quarto século, o foco mudou de “segue-me” para “estuda-me”. Teólogos eruditos afirmavam ter visão e entendimento especiais das Escrituras. Esperava-se que o restante da igreja ficasse assentado, aceitando o que os teólogos lhes diziam que as Escrituras significavam. Dar fruto do Reino não era mais tão importante. O essencial era aceitar as doutrinas “corretas”.
Nós, cristãos do Reino, podemos aprender a enfrentar de pé os valentões teológicos da atualidade. Todavia, para ter condições de fazer isso com eficácia, primeiro necessitamos aprender como era o Cristianismo no início e como os teólogos assumiram o poder. Também precisamos entender os meios que os teólogos usam em nossos dias para abafar o testemunho do Reino encontrado na Palavra de Deus. Quando compreendermos essas coisas, não será difícil para nós desmascarar a maioria dos teólogos como os impostores espirituais que costumam ser.
Os cristãos do segundo século continuaram a serem filhos do reino. Eles ainda reconheciam que os ensinos de Jesus — não de Paulo — eram as colunas centrais do Cristianismo. Quando queriam explicar aos não cristãos o que era o Cristianismo, os cristãos do segundo século iam direto para os ensinos de Jesus.
Os cristãos do segundo século se encontravam em uma posição abençoada. Foram à última geração de cristãos que pôde conhecer pessoalmente aquilo que fora transmitido da era apostólica. Quando falavam sobre a fé histórica, estavam se referindo àquilo que haviam ouvido em pessoa dos apóstolos ou de “homens fiéis” treinados por estes.
Muitos cristãos têm a errônea concepção de que a reforma consertou essa bagunça toda. Acham que a reforma proporcionou o retorno a um cristianismo genuíno. Na verdade, porém, ela apenas colocou uma nova forma de “doutrinianismo” no lugar da antiga. A reforma foi meramente uma batalha entre velha teologia versus nova. Nem os católicos, nem os reformadores ensinavam um cristianismo que requer frutos. Ambos adoravam junto ao altar do “doutrinianismo”.
Acredito que os três movimentos pseudos cristãos mais perigosos para igreja atual são o calvinismo, o new-pentecostalismo e o hipergracismo.
As perseguições do segundo século contra os cristãos fortaleceram a fé dos verdadeiros crentes em vez de acabar com a Igreja de Cristo. A fidelidade e perseverança desses irmãos e irmãs diante das ameaças constantes de prisões, julgamentos injustos, e por fim o martírio; chamou a atenção do povo para a fé em Cristo, gerando muitos novos convertidos.
Como somente os cristãos fiéis são salvos (finalmente), também somente os cristãos fiéis são predestinados à salvação. Mas as Escrituras não conhecem nenhuma eleição pela qual Deus decidiu, precisa e absolutamente, salvar alguma pessoa sem tê-la considerado, anteriormente, um fiel. Pois, tal escolha não estaria de acordo com o decreto pelo qual Ele havia decidido não salvar ninguém, exceto cristãos fiéis (...) a eleição para a salvação compreende, em seus limites, não apenas a fé, mas igualmente, a perseverança na fé.
Arminius (1560 – 1609) - Obras, Vol. 01, Pg. 345-350.
Gnósticos e Maniqueus
(atuais calvinistas) se consideravam cristãos em um nível superior aos demais Cristãos originais, mas a Igreja Primitiva (Ortodoxia) os chamavam de pagãos e os refutavam por distorcerem as Escrituras com suas doutrinas deterministas e fatalistas.
Estaremos nós, os cristãos, nos divertindo enquanto muitos perecem? Se esse cristianismo de ir à igreja uma vez por semana, devolver os dízimos e cantar no coral é o máximo do nosso culto cristão e a extensão da nossa paixão pelos perdidos, não passamos de uma farsa. Nesta guerra santa, nós, que lamuriamos em cultos voltados para nossos próprios interesses [...] somos semelhantes a uma multidão de homens à qual foi concedida toda a munição necessária e todo o equipamento requerido para lutar e, mesmo assim, nos recusamos fazê-lo. Que Deus tenha piedade de nós!