Poetas Britânicos
O homem não tem um corpo separado da alma. Aquilo que chamamos de corpo é a parte da alma que se distingue pelos seus cinco sentidos.
O único meio de fortalecer o intelecto é não ter uma opinião rígida sobre nada – deixar a mente ser uma estrada aberta a todos os pensamentos.
Tudo o que é belo é uma alegria para sempre
O seu encontro cresce; e não cairá no nada.
Mas guardará continuamente para nós
Um sossegado abrigo, e um sonho todo cheio
De doces sonhos de saúde e calmo alento.
NO MAR
Ele sustém eternos murmúreos
Nas praias desoladas, e com soberbas cristas
Inunda vinte mil cavernas, até que o sortilégio
De Hécate as deixe com seu velho e assombroso som.
Muitas vezes se encontra tão tranqüilo,
Que até a menor das conchas permanece dias imóvel
Desde o desenlace dos ventos celestiais.
Vós, cujos olhos se enchem de tormento e tédio,
Regozijai-os com a imensidão do mar;
Vós, cujos ouvidos estão atordoados pelo rude ruído,
Ou enfastiados pela música melosa -
Sentai-vos na boca de uma velha caverna, e meditai
Até que escuteis, como se cantassem, as ninfas do mar!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.
Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.
Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.
Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor.
Nota: Trecho adaptado da peça "Noite de Reis", de William Shakespeare.
A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial.