Poeta
Saiba meu bem...
(Tive tanto medo de gostar mais,
De sonhar mais,
De querer mais,
De viver mais,
Que não vivi como deveria,
Não sonhei como deveria.)
...Não te amei como deveria!
Desistir ou insistir
Se desistir agora, até sofrerá, mas logo irá passar; se escolher insistir, você vai chorar, mas vai amar, vai sonhar e isso é realmente viver!
“Tudo novo, de novo”, (“... eis que tudo se fez novo” )
Chega uma hora em que você não tem muito a dizer, até que você acaba não tendo mais nada a escrever.
E tudo o que você sente já foi dito, já foi escrito.
Então você pensa: chegou o tempo!
Chega uma hora em que você pensa em mudar, radical, só para mudar e mudar.
“Tudo novo, de novo.”, “...eis que tudo se fez novo.” E etc.
São as frases mais ditas nessa época!
Talvez um ato desesperado para a cura de uma tristeza, que de fato tem quer ser curada, mas não pela mudança e sim pelo tempo.
Então o tempo te mudará, as mudanças irão surgir, mas no tempo certo.
Tenha calma, se entristeça, pois é o tempo de chorar, se permita, pois é difícil aceitar as lágrimas;
E se quiser olhe para trás, mas não com desgosto, tenha gosto pelo BOM que viveu, tente não pensar no mal que passou, sei que as cicatrizes doem, eu bem sei, mas são só cicatrizes, marcas do passado! Entendeu? PASSADO!
"Todo o extremismo fanático, possui uma utopia radical, oriunda de uma paranoia de mundo perfeito, por isso, nessa condição, nega vulnerabilidades que produz lucidez"
Arquibancada de estádio de futebol é igual missa de domingo - um senta e levanta danado esperando Deus marcar um gol pra libertar o delírio
Punhal
O mesmo punhal que te crava
Te trava
Te entreva
Te enerva
Te prende no precipício
Deixando de lembrança alguns resquícios, vícios
De quebra, te quebra
Dilacera
Não te espera, te desespera
Mata sem dó nem piedade
Lento, torturante
Com requintes de crueldade
Vai rasgando, vai profundo
Pega na alma, vai mais fundo
Perde-se o fogo, perde-se a luz
O fio da meada já não me conduz
Detona, explode, queima, fatal
A parte em mil pedaços num arroubo brutal
Corpus Politicus
Meu corpo
Meu templo sagrado de espiritualidade e ação
O corpo que grita
O corpo que sente
O corpo de razão e emoção
Corpo cravejado de facas
De balas
Apedrejado, às claras
É só um corpo
Não, é mais que isso
Um protesto são
Um brado retumbante que não é em vão
O florescer da mudança em pintura e criação
Todos os meus poros lutam comigo
Minha intuição me orienta, eu só sigo
Eu bato, apanho
Me levanto, me jogo, não me acanho
Minha pele reflete, espelha, expõe pra você saber
Estes malditos, doentes e sedentos por poder
Meu corpo é só meu
Meu corpo carrega marcas
Meu corpo carrega histórias
Derrotas e vitórias
O prometido e não cumprido
O falado e esquecido...
Corpo grita...
Corpo brada...
Ferido...
Esquecido...
Esculpido...
60 anos
60 segundos, 60 dias, 60 anos... estórias, Histórias...
O tempo fazendo a vida, a vida glórias... e as glórias planos... conquistas e danos... e assim vão as memórias.
É ser agradecido, podido, forte, destemido.
É ser rima, é ser verso, é ter Deus no universo.
Um novo itinerário... mais um aniversário.
É dia de comemoração.
Cada minuto, caminheiro, missionário...
Paz e Bem e amor no coração.
... a vida desfiando o seu rosário.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
27 de fevereiro de 2018
cerrado goiano
Eu não me enganei, eu apenas cansei de tentar!
Eu já te falei, eu cansei de chorar,
Por varias vezes eu te pedi e é melhor você nunca mais voltar!
A imaturidade deixa feridas na alma. E é preciso parar de desejar somente o físico, o exterior e deixar em segundo plano a alma. Para quem ama com o amor de alma tanto faz o tempo lá fora... Pois se alma está feliz o olhar se transforma.
RECOMEÇO
Não há tempo de suspirar saudade
Tenho muito à sentir, querer ainda
Prosas na ventura, quimera infinda
Pois, no amor eu tenho imensidade
Toda sensação é mais e bem vinda!
Em cada emoção uma sublimidade
Felicidade do coração com vontade
Há tanto afeto e tanta ternura linda
Já andejei em dezenas de direções
Tropiquei em vacilos e nos senões
Tive a solidão, e a lição da vaidade
E, agora com o sentimento consolado
Vivo o momento, não mais o passado
A saudade, decorrida, a deixo de lado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31, outubro, 2021, 08’40” – Araguari, MG
A dança no Hip Hop poderia experimentar (cada vez mais) migrar do espírito MC (do improviso) para o do DJ (da mixagem). Isso seria, talvez, a construção de outra escrita do movimento em cores; um graffiti quero dizer.
SAUDADE
Saudade – de pela areia fina andando
e a cidade no seu cheiro e no seu cio
Saudade! Dos bares e botecos do Rio
e do samba no pandeiro batucando
Noites de fevereiro, é roda no pavio
o carnaval, sol, e praia no comando
É a vida no agito, calor esquentando
conversa sem hora, e o céu de estio
Saudade – voo cego do sentimento
Sem pouso, com gemidos ao vento
Ai! maravilha entre o mar e a serra
Saudade – Laranjeiras do bardo
Coelho Netto, onde aqui guardo
parte de mim, ah! carioca terra! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 de outubro, 2020 – Triângulo Mineiro
“Corteggio”
Num farto verso de grato sentimento
Sensações no canto eu encontrava
E, assim, para ti meu amor cantava
Que domava todo meu pensamento
Toda à parte, um montão, eu invento
Momento para falar-te o que passava
No meu coração e, ali o amor estava
Tão tomado e, se não, eu acrescento
Inquietado... (diz-me então) a ternura:
Do prosar que tenho, qual te agrada
Pois na sedução os concedo, procura
E versejando com a alma enamorada
Assim, pra ti, cada verso com doçura
Escrevo o soneto com rima cortejada.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 janeiro, 2024, 11'02" – Araguari, MG
Aprendi que se for pra falar do passado, que seja das boas lembranças.
Só assim conseguiremos nos desprender dele, e viver o presente.