Poeta
Sonhos de menino
Quando criança, no Vale do Mucuri
sonhei ser um extraordinário poeta.
Queria contar o lirismo em versos e prosa,
sonhava mergulhar na essência de uma pétala,
triunfar no néctar da solidariedade humana,
queria descrever a beleza exuberante das águas
que sobem e descem,
sob acordes de uma bela ária
riscando os ares da Praça Tiradentes,
na minha amada Teófilo Otoni,
acreditar na transcendental força do amor,
mergulhar visceralmente no azul do mar,
desfrutar do belo colorido do arrebol,
da magia da praia de Boa Viagem,
desfilar na estonteante beleza
de Itapuã, Praia da Costa, Ipanema
Senti o calor humano em Nova Viçosa, no belo Prado
A beleza singular de Mucuri e Caravelas
do encanto lunar nas noites primaveris,
queria fazer jorrar o sangue da liberdade,
destilar estilhaços de sentimentos,
com lhaneza, afeto, leveza,
colimava mirar o céu de estrelas,
arrancar pedaços de nuvens,
narrar em poesia as belezas de Floripa,
antes e depois da ponte da Luz,
ser estimulante da promoção da paz,
difundir o humanismo entre os povos
descrever a luxúria da Lagoa da Pampulha,
Sonhava com o Ibituruna e com a Ilha dos Araújos
Sonhava conhecer a incrível Salamanca
O design profuso de Milão
Passear na orla da Lagoa Santa
Apreciar a lindeza de Boa Esperança
queria ter a chave do perdão,
ter fé no homem, fé na vida,
apreciar os meninos correndo sem medo,
nas ruas e avenidas do eterno Bela Vista
amar a inocência dos animais.
Admirar com deleite o Alto do Iracema
O tempo se esvaiu e o menino cresceu
Da grandeza e regozijo de Mucuri
Ao deleite de Topázio, branco, azul, imperial
Amando uma pasárgada imaginária
O sonho passou subitamente
Os versos vieram juncados de amor
Com baunilhas e manacás-da-serra
Sonhou ser poeta, nasceu o poeta
Era uma vez um sonho
(O poeta e um anjo)
Era uma vez um sonho...
Era uma vez um sonho
Um sonho de amor que eu sonhei
O poeta e um anjo
Uma história de amor que imaginei
Ela parecia uma princesa
Seu coração eu amei
Ela tinha a voz de uma sereia
Uma vez sonhei que a beijei
Era uma vez um sonho...
Era uma vez um sonho
Um conto de fadas
Uma poesia de amor
Um anjo com suas asas
Que tocava uma linda melodia
Com o doce toque da harpa e da lira
No paraíso e em seus campos floridos
Eu olhava o brilho de seu lindo sorriso
Era uma vez um sonho...
Era uma vez um sonho
Um poeta que se apaixonou
Por um lindo anjo
O coração do poeta amou
E sonhou com um doce beijo
Daquela que era sua amada
Com o brilho de seus olhos ele sonhou
Mas foi tão triste quando acordou
Era uma vez um sonho...
Era uma vez um sonho
Uma estrela que brilhava no céu
Uma rosa orvalhava amor
Uma noiva rumo ao altar, e seu véu
Do branco mais puro tinha a cor
Um doce sonho de amor o poeta sonhou
Mais doce que o mel era seu amor
Mas chorou quando seu anjo para longe voou
Era uma vez um sonho...
Era uma vez um sonho
O poeta e um anjo
Era uma vez um sonho
O poeta e um anjo
Era uma vez um sonho
O poeta e um anjo
Era uma vez um sonho
Era uma vez um sonho...
Seus olhos
Fazer amor com amor não é pecado
Mas o rio sem pedra não é riacho.
O poeta sem a sua musa é puro fracasso.
Eu tenho você luz bela no meu retrato.
Acho lindo você sorrindo alegria no peito
Meu coração um tapete vermelho perfeito para quando você desejar passar.
Como rio que desce as pedras encontrando com o mar.
E não se preocupe quando meus olhos ficarem azul...
Ele apenas dar sinal que o mar é o destino final.
Você meu pequeno rio que tanto eu amo,
Eu as vezes verde mas para ti sou azul como oceano.
Não despreze o seu medo ele também é amigo.
Se o destino lhe trouxer amante bonito.
Quero que venhas feliz comigo
Para amar o paraíso que nós construímos.
Ninguém se recorda
do poeta do Brasil,
Dele não me esqueço
e ainda me inspiro.
Ainda por enquanto
há lindas palmeiras
acariciando o anil,
a lucidez de muitos
tem andado por um fio.
Ainda sobrevivem
algumas aves,
Os sabiás resistem
as gaiolas do destino,
e tudo tem me dado calafrio,
As árvores são
as que sobraram,
e não é mentira
onde a ofensa
fixou de vez residência.
De ti Gonçalves Dias
eu ainda lembro,
Em mim tu está vivo
em teu movimento
neste coração latino e brasileiro;
Que pergunta pelas libertações
da tropa, e do General,
e ao mesmo tempo sabe agradecer
à Venezuela pelo generoso oxigênio.
Com o poeta da rebelião
remando contra toda
a correnteza confusa
da sociedade em rede:
Saudando a memória
da paternidade,
Recordando os sonhos
do Comandante Eterno
Poeticamente varrendo
o pó do céu da noite
que causa tormento,
Pedindo para libertar
o General que está
preso inocente,
e todo mundo sabe...
Sobram muitos versos
para outros militares
em lamentável igual,
e aos tupamaros eternos:
Que um não merece
estar preso e outro segue
desaparecido até hoje...
Com o mundo multipolar
invadindo estes versos
latino-americanos
da minha previsível vida:
Tudo me faz todo dia
a memória resgatar,
E imaginar o quê
Comandante Eterno diria:
Se um tal rei fosse
um nobre de verdade
convidaria o rapper
para um duelo de rimas
ou calado permaneceria.
Em todos os caminhos
há pedras e espinhos
em outroshá rios e montanhas
mas o caminho do poeta
é cimentado sobre
cobras e aranhas.
Poema inacabado
É Poeta,
És Tu!
Sua poesia solitária nas iniciais de uma escrita qualquer.
Surgem versos improvisados, há alta hora da madrugada.
Tuas asas se fundem com a dela, uma dor e uma cratera.
Abandonado...
O poema encetado se perdeu e ficou para trás.
Em breve, o Sol irá nascer e mais uma vez ficará exposto ao tempo e uma poesia inacabada se diluirá.
O que era para ser doce, azedou!
Daquela alegria ingrata, carrego o que me restou:
Saudade e amargura sentida de mais um verso que não se findou...
Sofrido e gelado é o tempo onde meu coração ficou.
Mas ele é gentil, e me fez olvidar a dor, trazendo-me de volta um Amor que nunca acabou.
Por isso me declaro á ele.
Um solitário,
Inspirador......
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
( 016 )
AO MESTRE COM CARINHO
( Homenagem ao poeta Jenário de Fátima )
Um dia ele segurou em minha mão
Pra me ensinar fazer lindos sonetos
Fiz de sua companhia um amuleto
literalmente tirei os pés do chão...
Sei que por Deus sou um ser eleito
Um anjo bom caiu no meu jardim
Exalando um cheirinho de jasmim.
Trazendo rimas em versos perfeitos
Sorristes ao ver, quão boba eu ficava.
Quando a ti mostrava esses versos soltos
Versos livres, de tão livres eram tortos...
E de olho bem abertos eu sonhava
Aprendendo que nesse mundo virtuoso
Uma tela fina separa corpo e não alma!
Joelma Maia
Devaneios de uma alma
Germina na mente do poeta,
Fatos...
Acontecimentos que enriquecem a compreensão de quem os vê e os lê.
Enebriam os apaixonados.
Envaidecem os artistas e pintores literatos.
Para os que compreendem o real valor da arte, não se trata de campetições e sim, o fato de ter nas mãos o dom de criar e amar o que produz.
Precisa é sua arte,
Tornando-o um forte condutor de ilusões e verdades.
Porque arte, é isso!
É conceber;
É traçar idéias;
É simplesmente amar.
É entrar em devaneios pintando e se lambuzando de ilusões em seu próprio,
formato...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
O eu poeta
Um poeta expressa sensações
O poeta tem ilusões
Um poeta, nas mãos, tem magia
O poeta, no mundo, tem agonia
Um poeta fala e é assistido
O poeta, quando fala, não é ouvido
Um poeta tem sempre a palavra certa
O poeta gosta de descoberta
Um poeta hipnotiza com a conversa
O poeta, em seu universo, se dispersa
Um poeta brinca com a língua e o coração
O poeta brinca com repetição, canção e isolação
Um poeta gosta de ser sempre criativo
O poeta, para rir, não tem motivo
Um poeta vive beijando o espaço
O poeta, na mente, tem embaraço
Um poeta cativa coisas, pessoas e o mundo
O poeta fica triste a cada segundo
Um poeta ver poesia em cada lugar
O poeta não tem nada pra falar
Um poeta, as vezes, é engraçado
O poeta tem um olhar alvoroçado
Um poeta é inverno, outono, primavera e verão
O poeta é MPB, rock and roll, axé, forró e baião
Um poeta nem sempre é mestre ou doutor
O poeta, quando não sente frio, sente dor
Um poeta foi quem escreveu
O poeta sou eu.
- O Poeta, a caneta e o papel -
Estranha relação,
dificil; impiedosa
cheia de memórias; silêncios
como os espinhos de uma rosa.
Coisas por dizer
nunca por sentir
dificeis de esquecer
que fazem desistir.
O Poeta decadente
a caneta gasta; triste
o papel roto de existir
a Alma morta ... persiste.
Impera a solidão
a distância e o vazio
e sofre um coração
jaz morto sobre o rio.
Manual do Poeta
Amiga ilusão,
Minha digníssima esposa inspiração;
Tintas sobre minha cabeça
E pincel em duas mãos.
Dom!
Dom de fazer;
Dom de olhar e criar;
Dom de chorar sem saber o porquê;
Dom de juntar letras e criar palavras;
Dom de ver, sem saber o que está vendo; Dom de ler e metaforizar;
Dom possuído;
Dom aguerrido, sem ser entendido.
Versos do Amor;
Versos da dor;
Versos melancólicos;
Versos que vem e
Outros que nem existem.
Poemas das fontes;
Poesias das flores;
Frases que emergem brotos,
Palavras com seus compostos,
É pra quem tem o que não sabem que tem.
Fome, ganância em abundância.
Competência para morrer e ressuscitar.
Viver e não saber o que está vivendo;
Viver dentro da órbita sem portas e comportas.
Natureza verde e amarela,
Azul do céu que reflete no mar e faz qualquer um voar.
Sangue circulando;
Coração dilatando e estourando as veias e vai rasgando peito adentro.
E por cuidados do Criador....
Ele murcha como uma flor.
Manual do Poeta,
Que flui a todo segundo e
que não acabará nem aqui e nem ali.
São refrões,
São canções,
É melodia que irradia;
É o manual do escritor,
Que não há quem decifre seu fim
E nem o seu valor.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
ninguém jamais alcançou o perfeito raciocínio do poeta e os que tentam se perdem nas suas próprias pobres egoístas conclusões
#TECELÃO
Sim!
Sou um poeta...
E aos todos digo...
Antes que a noite chegue...
E que mate a luz...
Desde quando o sol vai à forja...
Até quando a lua no céu cavalga nua...
Desde quando a terra dá e tira...
A sonhar estou atento...
Em um mar sem rumo certo...
Quando me vagueio...
Vejo todo um mundo num grão...
Tenho o infinito na palma da mão...
Não duvide daquilo que vê...
Jamais saberá das respostas...
Não as dou...
Bebo a vida a longos tragos...
E só amando...
Tenha certeza disso...
Me embriago...
E sendo assim tão simples e feliz...
Caminhando sobre as estrelas...
Faço assim em meu jardim...
O que sempre quis...
E num dia depois do outro...
Sem pressa a alcançar...
Vou bordando a todo tempo...
Meu destino...
Até Deus chamar...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
O poeta se inspirava com as palavras, e as mesmas se preparavam para serem admiradas
Passava horas rimando e interligando ortografia
Para uma hora ou outra se dispor da poesia
Contemplava o amor não correspondido
Esperando com que o amor lhe deê ouvido
Cantando suas prosas, o poeta harmonizava
Mas não perdia a sua glória de alguma forma de entregava
Como era claro, ser o dono daquelas palavras
Deixava as suas mensagens entendidas e muito claras!