Poeta
Se eu fosse um cantor,
Vc seria a melodia de maior sucesso.
Se eu fosse um poeta;
Vc seria o sentimento de cada verso
Se eu fosse um violão,
Vc seria as notas vocais...
Se eu fosse um coração;
Vc seria o amor que me alegra cada vez mais.
Se eu fosse uma estrela,
Vc seria o meu brilho...
Se eu fosse uma folha,
Vc seria o meu orvalho
Se eu fosse um boêmio,
Vc seria minha serenata.
Se eu fosse um homem apaixonado;
Vc seria o amor da minha vida
Estrela Cadente
Olhando para o céu
Me senti como um poeta
Olhando para uma estrela
Que estava em minha reta
Levantei bastante a cabeça
Fiquei ligado olhando
Mais que maravilha
Flagrei a estrela mudando
O céu estava lindo
A lua uma bola de cristal
Eu estava na terra
E o meu pensamento astral
Naquele instante me senti
No espaço sideral.
A fórmula do poeta é a solidão.
A fórmula da poesia é o coração.
A fórmula da conquista e a dedicação.
Dedicou-se essas palavras do fundo do coração.
O poeta não pode parar
sua essência será sempre mostrar o que sente através de poesia.
Servir de inspiração
Mostrar sua emoção
O poeta não pode parar
Sentir através das palavras
Chorar através de um verso
O poeta não pode parar ser feliz através da poesia
Alimentando a felicidade que terás sempre um dia
O poeta não pode parar
de dividir com seus escritos suas alegrias e tristezas
O poeta não pode parar
Você através de suas escritas que ele desabafa seus sentimentos e não morre sufocado com eles
O poeta não pode se isolar porque se isso acontecer ele deixa de existir..
O amor precisa ser cantado em prosa e verso...
O Poeta não pode parar
pois sempre valerá a pena amar...
Autoproclamação da Independência Poética
Eu sou o maior poeta
Que tive a honra de conhecer.
Eu sei o maior poeta
Que tive a honra de conhecer.
Não sei se o maior poeta
Que tive a honra de conhecer,
Cessou no maior poeta
Que tive a honra de conhecer.
Ao mentir para si mesmo
Fala inverdades diante outros.
Agora o poeta está morto,
Vida longa à poesia.
O POETA MARGINAL
Nada é por acaso:
Música, poesia,
teoria literária.
Por acaso:
será pecado
ser poeta marginal?
A NINFA DO CAFÉ DAS SEIS
O poeta tardio
Cruzou o boulevard Champs Élysées
Despido de seu modernismo
Naufragou no espírito amargo de Baudelaire.
De repente encantou-se com o pintor
Figura arquetípica
Perdido no halo do tempo.
Tempo sombrio
Tempo esquecido nas garagens subterrâneas
Dos velhos shopping centers.
No silêncio pós moderno
O poeta tardio
Contemplou a cidade de concreto.
Perdido na selva de pedra metropolitana
O poeta triste
Despido de qualquer rima
Vomitou versos tristes
E adormeceu nos braços da ninfa.
O POETA DA PRAÇA DO FERREIRA
Em seu escritório instalado na Praça do Ferreira
O velho poeta ri do tempo
Tempo de delírio
Punhal que corta a carne branca
Da amada morta.
Vestido com seu paletó surrado
O velho filósofo
Com seu riso canalha
Caminha impune
Ao encontro de Dante
Ao meio-dia adormece em seus versos profanos
No final da tarde goza no céu infinito
A noite padece no inferno astral.
O velho dândi repousa no inferno de Dante
Alimenta-se do poema
Que se cala
No instante em que fala.
Absorve a tristeza
E o tempo perdido
Punhal traído
Corpo que padece
E por vezes entorpece os passos
E adormece nos bancos da praça.
AO POETA FRANCISCO CARVALHO
Meu poeta Francisco Carvalho
Em memória da poesia
Celebro o dia
Com o poema das mãos vazias
Poema dialético
Poema sem metafísica.
Que assim seja o poema:
O enigma da vida
Algo a decifrar
Palavras que transcendem.
Qual a metáfora do tempo?
O ritmo da canção do vento
A rima da eternidade...
O mundo é a barca dos sentidos
Conduzida pelo anjo cego
Na cegueira do tempo
Guarda no bolso
Os segredos do Universo.
Na viagem do tempo
Centauros urbanos mudam de cor
Como as palavras que mudam de cor
Qual é então, a cor do amor?
Meu velho poeta
Quem pintou os mortos de azuis?
Dizem que foi o Senhor do Dia
O Dom Quixote atrapalhado
O homem da máquina de escrever
Aquele que tem o poder da palavra
Aquele que esqueceu os sapatos
Na escada do paraíso
O poeta da eternidade.
HORÁCIO DÍDIMO
Com seu tijolo de barro
O poeta riscou o chão
E escreveu a palavra amor.
Palavra bonita.
Palavra que muda de cor.
No céu azul
Encontrou a estrela azul.
A estrela da vida inteira.
E pintou de azul
O chão dos astronautas.
Depois da chuva
O afinador de palavras
De palavra a palavra
Viajou em sua nave de prata
Pelo céu infinito.
O poeta não precisa de barco para navegar
Do mar para mergulhar
Da luz para ver a claridade
Do amor para ter um par
Dos braços para um abraço
Da boca para beijar
O poeta é candura no olhar
Um presságio de amor eterno
Um mágico sem cartola
Alegria sem folia
Choro sem lágrimas
Seja de noite ou de dia...
A poesia é a revelação de um sentimento que o poeta acredita ser interior e pessoal, mas que o leitor reconhece como seu próprio.
O poeta não teme a morte, não porque acredita na fantasia dos heróis, mas porque a morte constantemente visita seus pensamentos e é, assim, uma imagem de um diálogo sereno.
POEMINHA DE AMOR
Não julgues a inspiração
Do singelo poeta,
Aceita os versos de amor
Que falam o que a boca
Lhe nega.