Poeta
Lápide Funérea -
Aqui jaze
o corpo de um Poeta
que trocou as glórias
deste mundo
pelo Salão de Banquetes
da Eternidade ...
Versos jogados de um Poeta cansado
Esse ato de jogar versos pelo ar está me cansando,
Ah algo diferente em mim,
Não sei porque isso está me desgastando,
Não sei !
Cada verso escrito,
É um furo no peito que mancha meu leito,
É como se cada um estivesse me matando deitado ou me enterrando,
Saber o que está por trás disso tudo é quase impossível,
Tomado pela minha alma,
Os versos que escrevo causam-me um abalo sísmico,
São desmoronamentos e lesões profundas,
E cada um tem um modo diferente de doer em meus pensamentos,
Quando pinto minhas inspirações,
Elas voltam com suas cores como antes,
Se desbotam instantaneamente,
E em algum lugar ficam perdidas,
Esgotado estou,
Doces e selvagens palavras,
Que faz eu perder o sentido do Sol,
Cada manhã é uma luta,
Cada noite é uma tortura,
O sono me apedreja,
Me levanto e tomo um sonífero,
Mas é em vão para quem está dentro do seu quarto á deriva,
Inesperadamente minha imaginação vai me consumindo e me tirando até o fôlego,
Preciso manter-me em silêncio,
Respirar fundo,
E não sei se fico,
Ou vou embora,
Ou finjo que não ligo,
Escrever para alguém,
É bom para quem sabe de fato o significado de tudo que escrevo,
Más é em vão quem os ler,
E não sabe entender porque uma alma escreve e se cansa tanto,
Porque dia e noite meus versos choram e declamam,
Esse jogo de jogar versos está me torturando,
Comecei e não sei se acabará,
Ou sei lá se algum dia existiu,
Se fico escrevendo ao léu eu ainda não sei,
Ainda estou tentando descobrir se esse alguém existe,
E se existe,
Não sabe o quanto,
Eu á amo.....
Autor,Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O Poema , O tempo e sua arte
Cada poema que se escreve,
Vem da imaginação do Poeta, Inspirações essas que naufragam,
Elas emergem e as poesias vão passando,
Por algum motivo elas vagam,
Com certezas e incertezas que a vida lhes proporciona,
Cada uma tem sua lagrima e alegria,
Cada uma tem sua autenticidade ,veracidade e falsidade,
O campo é imenso,
São motivos sem caminhos,
E são encaminhadas pelo correio da ilusão,
E-mails , aplicativos de mensagens,
WhatsApp , Facebook , Instagram e outros mais,
Umas contém frases carentes,
São milhões de ilusões inspiradas,
Quando não se fala de política,
Falam de corações a deriva,
Falam de almas machucadas e abandonadas,
Crônicas , sinfônicas tônicas e platônicas,
Onde serão esses destinos?
Para onde vão?
Quais olhos irão ler ?
Em quais mãos irão parar,
Como cada uma será interpretada ?
Como ?
Difícil é responder!
O ponteiro vai saltitando no seu tic-tac,
Cada minuto que passa me faz pensar,
Será se um dia ele terá o seu descanso tão merecido ?
Mas o tempo é seu aliado e seu único amigo,
E ele responde;
Calma relógio amigo!
Muita calma nessa hora,
Continue com sua tarefa,
Nunca pare de girar,
Deixe essa arte comigo,
Sou eu que determino tudo,
Sou eu que bato o martelo,
Sou que faço você saltitar,
E digo-te até quando irás continuar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O poeta morreu
No entanto sobreviveu, a um cruel tirano,
que lhe fez encomenda, de narrativa heroica,
o poeta criou parábola, como homenagem
Aos tiranos sem coragem.
Este enfurecido ordenou a decapitação,
O poeta não tinha cabeça, tinha uma luz no coração
Brilhando...
Arrancaram-lhe o coração e deram aos cães,
Estranhamente a luz mais brilhava, iluminando a multidão
Que delirante sorria e dançava, festejando.
O tirano se retirando.
Largas passadas, seguido de sua guarda, que entoava a toada
Declamada do poeta.
O poeta viveu muitos anos, sem cabeça e sem corpo,
apenas com a luz brilhando, escrevendo poemas e rimando,
invisível, era visto em bares, iluminados pela luz.
Contam que um dia uma outra luz, surgiu,
e em harmonia, levou-o para ninguém sabe.
Sabe-se que até hoje,
a toada simples e ritmada,
é cantada.
o poeta nem sempre
sabe o que fazer
com a inspiração
por isso há versos
que não cabem num
poema
e transformam-se
em canção.
O Poeta escreve.
Mas nem todos entendem.
Equivocadas leituras,
Olhos que lêem e não sentem,
Incapazes de decifrar a ligação do Poeta com suas ilusões,
Não podemos subjulgar o verbo leitor e nem o apreciador,
Nem acusar os curiosos e invejosos,
Busco saber para entender,
Porém não cito os olhos vazios que se enchem ao apreciar uma poesia,
Entre uma leitura e outra contém palavras e corações frágeis,
Abro as cortinas para estabilizar o campo magnético que insiste em me deixar calado,
Ah! Poemas que retorcem até as vísceras do leitor,
Ah! outros que causam fúrias,
O Poeta escreve o que sente,
O Poeta escreve como um louco qualquer,
O Poeta é assim,
Ele escreve uma verdade e dizem que é mentira,
Ele inventa uma mentira e a maioria jura ser verdade,
O cérebro do Poeta flui,
O cérebro do Poeta é como uma cachoeira,
Jorram milhões de litros d'água de uma só vez,
Ele fala do amor enquanto na verdade é puro ódio,
Ele fala do ódio enquanto é puro amor,
Sua brisa que bate em sua face,
Nela própria ele mata sua sede,
Na alma do Poeta há fantasmas,
Na alma do Poeta há uma fonte de águas cristalinas,
E tem momentos que essas águas se tornam tão sujas que fazem ele perder o equilíbrio dentro da sua própria inspiração,
O Poeta inspira,
O Poeta que é Poeta faz arte onde não tem sequer uma letra,
Ele as cata,
Entre as lutas das dores e dos versos chorados,
Ele limpa as lágrimas onde não há sequer uma gota derramada,
E muitas vezes em suas ilusões é um oceano transbordando dentro de si afogando o seu coração.....
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Ser poeta é carregar a missão
doada pela vida ao nascer
pois já vem com poesia no coração
antes mesmo de saber escrever
A solidão do poeta.
A terrível solidão do poeta,
tornou-se tão concreta que
se constituiu em um muro.
Um passarinho miúdo, imaturo
pousou e cantou suave e doce.
O poeta ouviu. Sorriu.
Quanta gentileza e beleza,
pensou em sua fortaleza,
quebrou o muro,
saiu, andando,
com o passarinho voando.
Desapareceu na alegria,
em uma bruma de poesia.
Muito distante
de ser uma ilha
segundo o poeta
de Timboema
busquei por ti
para falar tudo
o quê eu senti
sobre o quê vi.
Desta vez foi
muito diferente
para nós dois,
não sei se foi
a Lua ou o quê
aconteceu,
(só sei que você
não saiu mais
da minha mente).
Transformaste
a tranquilidade
em inquietação,
meu precioso
(olhar de azeviche
e doçura insana
que me incendiou
de ciúme e gana).
Desta vez para
nós foi diferente,
pois não saí de ti
simplesmente;
a solidão não
é e nem nunca
foi feita para gente,
(você não tem
saído da mente).
Tornada a tua
Eta Aquarídeas,
a tal dançarina
em celebração,
divindade elegida,
no teu Universo
(não passageira,
ocupação sensorial,
romântica e etérea).
Você me chama
e só o tempo dirá
se de mãos dadas,
almas aninhadas
e idéias alinhadas
em tempo aberto
(abraçados e ternos
na Fortaleza de Santa
Cruz de Anhatomirim).
Se verdadeiramente não houvesse um louco poeticamente o poeta não teria a sagasidade de um amante incondicional;
A poeta que Matou o escritor.
Sim eu o matei aquele dia.
O matei com a arma mais fatal que talvez o homem jamais inventara. Eu sei que ele morreu pois também morri junto a ele, essa era nossa promessa morrer juntos quentinho em uma cama cuidar um do outro até o último fechar de olhos.
Mas eu não cumpri com minha promessa. E paguei minha pena com a dor da sua ausência. Mas ele tinha que seguir, não podia mais deixa lo ficar pois o mundo nos engoliria.
Queria ter dado o último adeus e explicado meus motivos por que ele tinha que parti. Mas sabia que não havia outro jeito. Sei que matei matei o homem mais inteligente e amável do mundo, matei nossas noites eternas de amor e leitura, nossa música nossa alma e os sonhos que não chegamos a viver. Eu na verdade nem sei se o matei ou se apenas o enterrei dentro do meu coração.
Fiz isso para que ninguém mais o machucasse Não mais o chamasse de louco por apenas um dia amar a ponto de deixar tudo para trás.
Mas qual o preço se pode pagar por um amor. Talvez esse seja o motivo que encontro por tentar me justificar, por achar que fiz a escolha certa o obrigando a voltar, pois não podíamos mais continuar nesse momento. E agora sigo minha pena máxima de conviver em sua mente, suas lembranças e seu amor eterno.
A Marco Aurelio ortega filho.
Com amor Lhi
Êxtase de um Poeta
Êxtase das minhas imaginações,
Febre que arde como brasa,
A poesia machuca,
A verdade corrói,
A fome dói,
A sede mata,
Frases e pensamentos que pegam fogo,
Versos que escrevo e guerriam dentro de mim,
Um a um vai queimando e consumindo,
De repente um encontro do Sol e a lua,
Um eclipse total,
Opiniões opostas querem me devorar,
O livro não escrito acende sua labareda,
Viro a página para não terminar de queimar,
Só quem escreve sabe o que inala e o que exala,
E não qualquer sombra ou fogo que irá fazer o Poeta deixar de inspirar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Ser pobre ou rico haverá escolher?!
Era eu um pobre poeta e muito rico;
caso em mim tão faltasse a inteligência;
tal como toda a em mim, tanta aparência;
desta grande pobreza em que me fico!
Pobreza monetária e nunca de Alma;
que em mim tão sinto, a em por poder não ter;
pra a todo o mal desta Terra inverter;
que o por não poder ver, me tira a calma.
Pois por tanta em por tal, tão ter perdido;
não nasci pra a rico considerado;
a injusto ser neste curto viver!
Por a justiça em mim, tal ter vencido;
por tão no que for justo eu ver o agrado;
que em por tal, o a mim faz; tão feliz ser.
Se houvera em pobre ou rico um escolher;
nesta tanta pobreza em tanto haver;
por a tão poucos, tal; só pertencer!
qual de ambos achas preferível ser?
Para meditar;
Diante das rimas da vida, o poeta só consegue se realizar quando ele é confundido com a própria poesia
Simples melodia
Cada dia é mais um dia,
que penso na melodia,
que, se poeta fosse, cantaria,
na pura forma da poesia.
Mas onde foi a alegria,
Pergunto à revelia?
Seria mais simples,
se mais simples fossemos,
e não nos esforçassemos
em lutas e guerras de foice,
e poemas de sangue à noite.