Poeta

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Decididamente não faltam argumentos para a mentira, assim como delas não necessita a verdade!

Enquanto jornalistas forem funcionários de políticos e o poder vigente indicar seus próprios julgadores, não saberemos o que seja democracia!

Não sou favorável ao divórcio, com a mesma energia que discordo do casamento equivocado!

Ontem eu fui um caçador de passarinhos. Hoje eu sou um destruidor de gaiolas!

Os alienados da Roma antiga eram iludidos por pão e circo. Já os de hoje o são por TV e shoping.

Só existem políticos desonestos onde o povo é corrupto!

Há muita diferença entre moral e moralismo. O último não passa de falácia hipócrita, mas o primeiro é um pilar preponderante na estrutura social!

O limite de tudo que se discute pertence à fronteira daquilo que se respeita!

Menina, tu és tão bela
a mais perfeita alegria
a inspiração dos meus cordéis
e das minhas poesias.

Sua voz continua linda
seu sorriso encantador
seu olhar ainda é o mesmo
que me encanta de amor

Paixão

Abrase-me, paixão, no seu poente
que o meu fado seja tal que me flama
integralmente... de coração ardente
E o infinito amor há quem ama...
...e aos amantes, afeto, eternamente!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março, 06'30"
Cerrado goiano

VERBO SER

Eu sou ou vou ser?
Questão. Qual conjugação?
É ter, crescer, florecer?
Então, onde o sim e o não?
Se para ser, tem de ter!
Dói? Corrói? É bom? É triste?
Faz parte de escolher.
Ser, ter, crescer, na vida existe...
Não se pode esquecer.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
19 de março de 2018
Cerrado goiano

Velha Lágrima

Solidão. Que mágoa na aurora!
Senso ao vento, paira pelos ares
Em suspiros, lágrima que chora
De antigos e buliçosos pesares.

Pulsa uma dor, deveras se sente
É tal tristura que no peito diviso
Versos, que de teu verso ausente
Vazios poéticos do teu doce sorriso.

Ah! Por que tu assim fizesses
Meu eu dum eterno teu escravo
Se outras eram minhas preces
E com o descaso fez conchavo?

Por que então ainda insiste
Nesta trama tão alvoroçada
Como quem ama, assim, triste
E com a alma fria e calada?

Se clamo ao infinito celeste
Por um olhar manso e sensível
Por que é que não me disseste
Palavras ao coração inteligível?

Se terrível, era a dor impiedosa
Me livra desta coroa de espinho
Se bom é ter-te em verso e prosa.
Por que deserto é o nosso ninho?

Porém, melhor a outra figura
De ter a sofreça em segredo
Do que conhecer a tal ventura
E deixá-la ao leu tão cedo...

Assim, então pouco a mim seria
Em pranto a face, de sua partida
Antes os desafetos que nos alivia
Do que fuçar na aberta ferida...

Tem pena de mim! Tem pena
Desta velha lágrima. Caridade!
A paixão não me é tão pequena,
Secará. Pois tanta é a saudade...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Araguari

(Parodiando "Cante lá que eu canto cá" de Patativa do Assaré)

Ô Araguari, arguem já te poetô
Eu sempre tenho poetado
E ainda poetando eu tô
Cadquê, chão amado
Ocê é trem bão dimais
E óio aqui os sêus mistério
Tão difícil, decifrá jamais
Tal arrilia é tão sério
Que o poeta proseia, proseia
E ainda fica o quê proseá...

Tanto a intelectualidade quando a imbecilidade caminham para o mesmo desfecho. Tanto a beleza quanto a repugnância, tanto a pele clara quanto a face negra, tanto o rico quanto o pobre - todos irão para a democrática constatação de que sempre foram iguais!

Toda estrela nasce de um caos. Saiba enxergar a luz que há no seu dilema!

Realidade X discurso, os manipuladores dizem que o discurso é o correto, e os justos afirmam que o correto mesmo é a realidade, e assim o tempo flui, com a inegável realidade que passa, junto com o tempo, bem diante de hipnotizados olhos, daqueles que são manipulados pela mídia... E piores que os da caverna de Platão, são sempre os piores cegos, pois não querem ver.

Perdão é prática boa
que traz duplo resultado:
É tão feliz quem perdoa,
quanto quem é perdoado!

Quando eu conheci Jesus e lhe permiti reinar em mim, notei que todas as minhas filosofias eram sombras e simples afluentes, enquanto Ele era sol unido ao mar, aguardando-me de braços abertos!

Eis o mundo atual: densamente povoado por gente e tragicamente vazio de humanidade!