Poeta
O poeta não rasga seu coração para exalar versos de ternura somente no dia 20 de outubro; nem emerge do seu âmago a mais profunda sensibilidade apenas dia 31 de outubro; tampouco derrama rios de lágrimas de paixão em 21 de março; todo dia a tenra brisa toca levemente na epiderme do poeta, fazendo-o apreciar o vento que toca no varal, balançando a roupa ali estendida; a nuvem calma; a ária bela com versos de paixão, da arte, retratando as minas de ouro, as montanhas gerais. O amor está no ar.
O ruído insiste em arranhar a tarde do poeta, que pensativo e taciturno, imerge nas proezas líricas do amor um turbilhão de sentimentos para sentir o verdadeiro significado da vida.
– A Morte é Poeta –
Contrária da Vida,
Que diz ser Querida
Oh pois Quem diria
Que seria a mais importante
Te Leva de Noite ou de Dia,
Pois o seu nome é morte.
Aquela Que diz ser Luz
Mas É Escura
90% das Pessoas Ninguém lhe procura
Mas A Morte é Poeta...
Me atormenta ' me inquieta
Me convence até acreditar,
Diz ser Beautiful mas é cheia de Dor
– A Morte é poeta –
Me faz olhar mulher do outro
Me convence Que de mim
está a gostar,
Depois de Ficar e Ficar
Estão a me matar
– A morte é poeta –
Me convence muita coisa
Pois é um Tormento
No Carro andando Lento
Vem e me diz aumenta aumenta
Então aumento e acidento
Oh! Morte Morte
Sempre preparada pra Roubar
Corações
O Lírico é feito de verso
Mas Tu Fazes o inverso
Só me Levas em perdições
Oh! Morte Morte
O Lírico é feito de Ritmo
& Musicalidade
Mas tu só mentes
Nunca dizes a Verdade
Contrário de Bondade
Tu És Maldade
«Aiiiiii»
O Lírico não tem Personagem
Mas tu me Transforma em tua
Personagem
Sua Malandra
Q Leva Pra Uma Viagem
Na Qual o pecado é
a passagem
Fazes - me conhecer tua Cidade
Onde só há ida
Não há Vinda
Deixando Gentes
Com Saudades
Teu nome é Morte
Quando Chegas não há
Sorte
Contrário da Vida...
Morte
Que me inquieta
Me atormenta
Oh Sua Poeta
se eu não fosse poeta
você entraria em mim
para ficar solto
em algum lugar
da lembrança
em vez disso
nada digo
e você fica preso
dentro do meu verso
poeta xinga quando ama.
quando chora.
quando lê.
quando vive.
poesia não é bonita.
quem pensa que a poesia é bonita?
uma pessoa matando seus sentimentos.
na lógica, amamos a poesia.
nós, poetas, amamos fazer poesia.
O que é ser poeta?
É achar uma rima em cada esquina,
Uma ação em cada beco sem saída,
Um sentimento,
Um momento,
Um movimento,
Para sequer deixar de escrever
Para sequer deixar de sentir.
É saber lidar com suas palavras
E saber tamanho peso que possam ter,
Tamanha carga para ferir alguém.
É saber transformar choros em sentimentos esculpidos,
Sorrisos em êxtases no tempo,
Olhares difamados ao vento.
É retirar de pequenas caixas de papelão, lembranças, sorrisos, dores, emoções, presentes e tudo aquilo que já causou impacto em alguém, e colocar em pequenas caixas de cristal.
Estas, por vez, que deverão ser lapidadas, esculpidas, aperfeiçoadas. Pois, se não perfeitas, poderão acabar com inocentes leitores. Leitores que encontrarão emoções inversas das que procuram.
Caixinha de cristal:
Bonita, porém frágil.
Reluzente, porém obscura, em determinados aspectos.
Fácil de quebrar, porém impossível de consertar.
Ser poeta engloba tudo e todas as coisas.
É pegar aquela pequena flor desabrochada, uma flor morta que todos rejeitaram, e dar um novo recomeço a ela.
E então, inicia-se uma nova fase.
Fase esta em que a flor ganha uma nova vida, o poeta uma nova experiência, e o leitor uma nova poesia para compartilhar.
O último ditado do Poeta
O pôr do sol
Despedida da alma que acendeu pela última vez
Linhas tão delicadas
Versos cativantes
A luz do ápice, de quem amou as palavras
Como refúgio do melancólico ser.
Cada dia há um aprendizado
Pro poeta sempre há motivação
O Homem deve deixar seu legado
Que faça vibrar um coração.
Antigamente serei assim
Sou um poeta
destes antigões
que bebem muito
e escrevem pouco
destes que, sem querer,
romantizam tudo
e fazem do amor um sufoco.
Ser poeta é assim...
Entra num mundo de inspiração
Mergulha no desconhecido
Desliza pela natureza
Deixa se levar pela emoção.
Brinca com o verso
Se precisar chorar, chora sem medo
Se pode sorrir, se esbalda na gargalhada
Vira até estrela, brincando no universo.
Descreve seus sentimentos
Não se aperfeiçoa em rimar
A poesia é livre, pode voar
Não se prende em posicionamentos.
Ser poeta é assim, pode imaginar
Deixar o mundo colorido
Transforma a dor em alegria
Ele é livre para criar.
Autoria Irá Rodrigues.
Após tudo, o que sobrou daquele que fui? Apenas uma sombra sem reflexo, um poeta com poucos versos, agora esquecido por aquela que um dia amei tão profundamente."
Ser poeta dói do lado
avesso
quando não está
apaixonado
fazer um poema sobre
paixão
o faz cambalear em uma
fina
corda bamba do
impossível
e chegar ao outro lado
da corda
com feridas da alma
curadas
com sujeiras da mente
lavadas
ser poeta dói do lado
avesso
mas quando faz um
poema
dá até vontade de se
apaixonar.
A inspiração dos dias bons e ruins de um poeta serve como base para seus poemas, assim como as experiências da vida que o rodeiam.
Ecos da Existência
Na vastidão do ser, onde o tempo se faz poeta e a vida, sua musa, há uma melodia que ecoa, suave e constante. Ela dança nas sombras do passado, brilha nas promessas do amanhã e reside no calor de cada hoje. Esta é a sinfonia da existência, a canção que Vinícius poderia ter cantado, entre goles de poesia e suspiros de amor.
Na tessitura desse tecido chamado vida, cada fio é um instante, entrelaçado com a arte e a dor, o riso e o choro. Aprendemos a ter força na coluna não por rigidez, mas pela flexibilidade de saber dançar com o vento, de não quebrar quando a tempestade vem. Em cada curva, em cada esquina da existência, há uma história a ser contada, um aprendizado a ser abraçado.
O amor, ah, o amor! Esse sentimento que Vinícius cantou com tanta paixão, é o vinho que embriaga a alma, é o sol que nunca se põe no horizonte do coração. Amor que é rio, fluindo sem fim, amor que é mar, profundo e imenso. Em suas águas mergulhamos, buscando a pérola da verdadeira conexão. O amor é encontro, é a fusão de almas, é o toque que transforma o comum em extraordinário.
E a morte, essa inevitável companheira, que nos sussurra sobre a impermanência de tudo. Ela não é o fim, mas uma transição, um portal para um mistério maior. Nos ensina a valorizar cada respiração, cada risada, cada lágrima. A morte nos lembra que viver é um ato de coragem, um desafio constante para abraçar a plenitude do agora.
No espírito reside a essência, o imaterial que nos faz mais humanos. É a chama que arde, inextinguível, mesmo quando o corpo cansa. É a parte de nós que se conecta com o infinito, que toca o céu em momentos de pura alegria e profunda tristeza.
As lembranças são as páginas desse livro que escrevemos a cada dia. Algumas trazem sorrisos, outras lágrimas, mas todas são preciosas. Elas são o mapa do nosso caminho, as marcas deixadas na areia do tempo. Saudade é o preço que pagamos pelas boas memórias, é o doce-amar de ter vivido algo que vale a pena ser lembrado.
E a memória, essa artista caprichosa, pinta os quadros do passado com cores ora vivas, ora desbotadas. Ela é o museu da nossa história, o lugar onde revisitamos nossos amores, nossas aventuras, nossas perdas e conquistas.
Viver, portanto, é um ato de equilíbrio entre tudo o que foi, é e será. É ter força na coluna, sorriso no rosto e abraços apertados. É saber que, em cada fim, há um novo começo. É entender que, em cada adeus, há a promessa de um reencontro. Pois a vida, em sua infinita sabedoria, é um ciclo eterno de aprender, amar e, acima de tudo, viver.
PROFISSÃO DE FÉ (2022)
Como um poeta parnasiano,
Faço das palavras a minha forja
Que no ardor de suas formas,
Faz o meu jarro florescer.
Meus versos têm malícia,
Pois meu corpo é um artista
Que com pena, pincel ou tinta,
Serve o seu pensar.
Sou amante de Cervantes,
Narrativa é meu romance
Que na aurora cintilante
Seduz o meu falar.
Da prosa tenho estima,
Escrever dispensa rima
Que com métrica estilista
Veste o meu andar.
SOU E-VENTO (2024)
Não sou poeta versado nas letras,
sou um alquimista que graceja com as palavras.
Sou gente que se encanta por gente,
que cartografa miudezas, cotidianos e narrativas
Aprendi a literaturizar a ciência e namorar a vida,
a sentir os e-ventos que ecoam o devir
e levam pra longe a esperança de um novo porvir.
Alma poética
Quem seria o poeta se não falasse da vida?
De que serviria seus lamentos e suas alegrias?
O poeta é a caneta de sentimentos,
Sua tinta são seus pensamentos.
Por ventura poderia
O poeta parar de amar, pensar e agir?
Por ventura poderia o poeta não ter implementos?
Quem sabe a poesia exista
na alma cheia de avarias.
Quem dera o poeta soubesse o valor.
O valor de cada palavra escrita sobre sua alma.
O valor de seus sentimentos sobre a folha,
sobre suas escolhas que vão além da dor.
Espaçamento
Outrora sou, fui, serei.
Poeta, filósofo e rei.
Não soube, não sei, nem saberei
o que o amanhã me reserva.
Querendo ou não,
Vivi, vivo e viverei.
O verdadeiro poeta não é o autor de versos bonitos, mas sim alguém que consegue fazer as palavras se tornarem realidade.