Poeta
POETA SOU
Poeta sou, no claustro da tortura.
Sonho e fantasia,
Fazem parte dos meus dias.
Universo impregnado de doçura e loucura,
Na explícita sentença das dores, dos amores,
Da profundidade de ser e existir,
Do âmago da paixão desvairada,
Da realidade de pessoas
As quais, jamais serão nada.
Devaneio implícito que corre nas veias
Que é o respirar, mesmo sem o desejar
Uma busca delirante da próxima loucura
Condição plena...Missão!
Uma dura pena, que esvai-se através da razão!
A poesia do poeta é a sua vida
Um poeta só faz poesia quando ama
Um poeta só ama quando sofre
Um poeta só sofre enquanto seu coração bate pelo amor.
Um poeta só vive.
Um jovem frustrado poeta
Quando eu tinha uns quinze anos de idade comecei a escrever, a princípio eram letras das músicas da banda que eu iria ter, até guitarra eu tinha, mas não sabia tocar. Depois de um tempo, convencido de que aquele lance de banda não daria certo comecei a escrever poemas, que não se diferenciava muito daquilo que eu chamava de letra de música. Sentia-me o poeta, Cazuza passava longe daquilo que eu via como meu futuro.
Eu tinha o prazer em mostrar para todos os meus escritos, minhas obras de artes. Hoje sinto vergonha de um dia ter feito isso. Quando me lembro das letras eu penso: “Quanta bobagem!”. Eu falava sobre o amor sem nunca ter vivido-o, falava de paixão, de mulher, não rimava nada, mas eu era um poeta.
As coisas vão evoluindo, com o tempo fui escrevendo coisas mais maduras, o amor passou a ser menos encantador como o de antes, porque eu o vivi. As paixões passaram a ter mais críticas e eu não escrevia mais sobre as mulheres, pois eu passei a conhecê-las, a partir daí não conseguia mais entendê-las. Hoje não escrevo mais poemas, passei a ler mais, a conhecer os poetas e descobri que não sou um poeta. Passei a escrever crônicas, escrever críticas de tudo, descobri que sou como um velho rabugento cansado de tudo. Talvez depois de um tempo eu volte a olhar o que escrevo hoje e perceber que sou um péssimo cronista, talvez porque até lá, com certeza eu vivi muito mais coisa, e sentirei saudades do que hoje eu já me cansei.
Morrer de Amor
Atire a primeira pedra,
Aquele amigo poeta
Que nunca desejou
Entre a alegria e a dor
Ou talvez na mágoa ou rancor,
Definhar ou morrer,
De amor!
Palavras dissolvidas
O poeta sangra quando escreve
Uma vertente de verdade
Mesmo quando escurece
Ofuscando a claridade
Palavras de amor
De dor e de saudade
São apenas palavras
Sobrepostas uma á outra
Que sangram sozinhas
No silêncio de suas sílabas
Palavras dissolvidas
No fervor da língua
Que afiada, fere e xinga
E eloquentemente grita
Ninguém é poeta por escolha propria e sim por vocação, não é necessario estudar para ser um ja se nasce assim.
Todo poeta que fica muito tempo sem exercitar seu dom, acaba-o reduzindo. A prática é necessária para não reduzir seu dom a pó.
Ja pensou si a musica fosse baseada num poeta viciado em coca cola? ainda bem que existiram loucos que nao teve a loucura de ser um sujeito normal e de fazer com que a musica vinhesse de um centro universal cuja os pensamentos veem da natureza num poder angelical, fazendo com que as ideias fluam em uma viagem astral, fazendo das suas ideias letras e musicas que nunca vao ser esquecidas nesse mundo imoral..
Posso não ser um bom poeta
Mas tudo que escrevo
É os meus sentimentos ,
os meus sentimentos por você...
O poeta sofre duas vezes. A primeira é a dor dos mortais, o segundo dos mágicos que desatina a doer: a dor das palavras.
O poeta sofre duas vezes. A primeira é a dor dos mortais, o segundo dos mágicos que desatina a doer: a dor das palavras.
Cada poema é um parto de ternura, paradoxal, pois na ternura não deveria haver dor.
O poeta canta um canto angelical empregando em suas palavras maduras, o amor universal.
"As palavras não são meras palavras nas mãos de um poeta, elas são a expressão de seus sentimentos, do seu pensar! Em cada palavra há um propósito a ser descoberto de forma sutil pelo leitor!"
Diz o poeta que o “tempo é a maior riqueza de que o homem pode dispor ao longo de toda a sua vida”, portanto, há que se pensar que, todo ser que possui existência física e material, na sempre árdua tentativa de celebrar com eficiência e plenitude a possibilidade finita e condicionada de existir que lhe é conferida a partir do momento do seu nascimento ou concepção, deve, em algum momento, num exercício auto-reflexivo, delinear os aspectos que possa considerar como sendo aqueles os de maior importância enquanto indivíduo, ou seja, a lógica ou dinâmica funcional a partir da qual pretende reproduzir o seu modo de vida e, tendo definido esses aspectos, planejá-los de modo que as perdas temporais ocorram de maneiras irrisórias, diminutas.
O binômio do curto e longo prazos, inerente à qualquer espécie de análise reflexiva que se pretenda ensejar sobre o assunto tempo é, sem dúvida, aquilo que define e torna as escolhas e decisões de nossas vidas difíceis. Fossemos todos nós imortais ou mesmo o tempo passível de retroação, o peso de nossas escolhas equivocadas poderiam recair sobre nosso futuro de maneira menos destrutiva, já que teríamos sempre como voltar atrás em relação às nossas atitudes e optar por seguir novos caminhos. Contudo, a nossa finitude biológica e o caráter irrevogável do tempo exigem a definição correta do que pretendemos ser, fazer, enquanto vivos.
O desejo aparentemente irresponsável pela celebração irrestrita do presente parece irromper e destruir a figura imaginada do amanhã seguro, assim como algumas expectativas e premissas avarentas e absurdas acerca do futuro podem depreciar sensivelmente a qualidade das experiências e aspirações às quais, eventualmente, podemos ser expostos no presente; grosso modo, parece convencer a máxima de que tudo o que for bastante será triste, pois do exercício excessivo das virtudes criar-se-á o indesejado vício.
Difícil se torna sempre decidir, porque a paixão humana nem sempre é instrumento óptico confiável, mas irresoluto, já que o mundo e a vida giram a partir do eixo das incertezas temporais e existenciais, o que faz com que a realidade muitas vezes admita um caráter confuso e distorcido. Num mundo de concepções puramente capitalistas, mais do que nunca, existem aqueles que não titubeiam ao se entregar aos mais diversos prazeres do consumo fomentado pelo bombardeio das mídias, desprovidos de qualquer preocupação em relação ao que há-de vir, o que se contrapõe ao comportamento rígido e à “disciplina espartana” ou “puritana” daqueles que fecham à apreciação de alguns valores com autocontrole e zelo excessivos, o que pode, com o passar dos anos, simplesmente consistir em frustração e arrependimento pela falta de explendor do que não se sentiu.
É coerente dizer que aquele que suplanta o seu próprio hoje, não está incutindo de enormes garantias o seu amanhã; contrariamente, o submete a elevado risco. Porque a vida não obedece simplesmente à razão de nossas necessidades e metas, trata-se de uma complexa função matemática com milhares de variáveis atuantes em níveis distintos.
Deve-se entender que “rico não é o ser que coleciona e que se pesa um amontoado de moedas, nem o tolo devasso que estende suas mãos e braços em terras largas, as quais não consegue, sequer, abraçar. Rico é o ser que aprendeu piedoso e humilde a conviver com o tempo, entendendo a vertente do seu curso”.
A consciência sobre a passagem do tempo pesa e, por isso, numa ação contra a loucura, o homem deve, de tempos em tempos, aliviar suas tensões e o cansaço em relação ao mundo, sem que, para isso, abandone ou deseje abolir por completo a consciência da chegada do futuro numa espécie de obtusão interminável. É fato que aquele que se entrega de maneira exorbitante e impensada aos costumes da despoupança, cria condições de insustentabilidade do seu próprio modo de vida pela escassez dos recursos em outrora não auferidos e não garante o seu futuro e nem seu presente, ou seja, despotencializa sua subsistência até mesmo na esfera do curto prazo (portanto, seria sábio supor essa equivocada rotina autofágica como sendo de deleitação do hoje, posto que, quando se entrega aos devaneios, também o corpo perde, se desfaz?). Um dia a conta chega. Nobre o começo, amargo o fim.
Tempo é tempo e dinheiro é dinheiro, nada mais do que isso. Não há tempo que se consiga comprar ou poupar, fazendo estoques.
Pautado em escolhas inteligentes o Homem deve direcionar a sua vida no sentido de buscar o equilíbrio entre as suas necessidades de poupança e de utilização, satisfação, vislumbrando um alcance maior de tempo, da vida. Para isto, não deve se desesperar, fazer grandes alardes, morrer de preocupações, pois quando mais nos aproximamos das formalidades excessivas e imperdoáveis, mais nos distanciamos daquilo pelo que realmente pede a alma – o espelho que reflete quem realmente somos! - a qual se vê sorrindo, se do esquecimento do tempo, das horas, quando em companhia de quem amamos, no lazer, no exercício de nossas paixões etc. Celebremos a vida e o amor. Na hora certa, esqueçamos os compromissos. A imortalidade não nos fora conferida. É mister paciência na tentativa de encontrar o ponto de equilíbrio da vida, chegando a um gradiente adequado de quantidade e grau de nossas inalienáveis aspirações. Vivamos um dia, a cada dia. “Quem souber com acerto a medida de vagar ou de espera que se deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não há. Só a justa medida do tempo dá a justa natureza das coisas”.
Conte sua historia como um poeta para que sejam ressaltadas as suas vitorias, viva o presente como um historiador para que tenha sabedoria nos seus atos e deixe o futuro para depois, afinal, ele será o reflexo da sabedoria poética de sua vida.