Poeta
20 de outubro, dia do Poeta
Eu fiz dela meu refúgio
Ela fez de mim seu lar
Nós amamos em cada estrofe
Ela sublime
Eu perdido
Ela alimento
Eu fome
Ela imensidão
Eu tão pouco
Ela poesia
Eu louco.
Sou poeta raiz do meu nordeste,
uma lenda na arte do improviso.
O meu verso pesado corre liso,
desbravando esse rincão agreste.
Rima pesada de um caba da peste,
que defende a cultura sem descarte.
Sempre há alguém que em alguma parte
ignora a minha rima, então.
São alguns colegas de profissão,
que, por inveja, ignoram minha arte.
Sou um escritor de livros não escritos, um filósofo de frases não ditas e um poeta de versos jamais lidos...
Um dia estarei sob
a Palma Real da terra
do meu poeta favorito
com o meu amor bonito
Entre os braços
dele não me fartarei
e o farei sentir
como um verdadeiro Rei
Porque tudo o quê ele
pedir não recusarei
o meu amor é de alta grei
Tenho certeza que
no tempo certo virá,
e no meu colo descansará.
como é forte a relação
entre o poeta e a decepção
nasce do depósito de um caminhão,
em quem sequer comporta um carrinho de mão
Pensar que outra vez tudo foi em vão,
A quem prefere deixar a toalha cair,
ficando com a razão em escolher se prostituir,
não importa com quantos durma,
o importante em suma é presumir,
uma imagem inabalável que vale até mesmo a todos destruir,
para que seu mundo de segredos não venha a ruir.
Desses versos mais uma vez
a prova de que o coração do poeta é apto a estupidez
ou talvez enganado, por quem não perdoa
a quem um dia a balançou
e acreditou em tudo que tal pessoa um dia falou,
a vida dá sinal, ser meticulosa com a família
o que poderia esperar do final?
Guaratinguetá, 24 de Maio
Leonardo Procópio
Se algum poeta soubesse
Fazer da palavra um pão,
Talvez no mundo houvesse
Menos fome e opressão.
(in Há Um Livro Triste Por Escrever, em 28-05-2024)
Não a estilo nem amarras que prende a alma de um poeta, pois nas mais profunda fendas da alma não a barreira onde os pensamentos se esgalham e transcende a alma do poeta
As vezes a alma bêbada nas ruas becos e vielas de um botequim
As vezes no luxo esdrúxulo de um quarto de hotel
As vezes na areia de um viagem onde volta veloz pois a solidão o devorava mesmo com companhia, que não era sua
Ou na noite pesada chorosa comprimida fechada na mão ou em gotas mortais laminadas de um adeus ensaiado
Talvez na pressão da depressão do chão o vinho estava empossando, a vida em cacos rasgando em cortes profundos tentando esboçar uma alegria como ímã para atraí ao novo amor
O testamento não vale se o testador ainda vivi...
Cotará o ar o vento onde a nuvens sopradas vão minar sua seiva na saliência do jardim alimentando os versos perdidos sem alcança o objetivo? Mas ficará escrito ferrado no tempo como tatuagem nas estrelas
O melhor poeta que já conheci é o tempo
pois toda a vida ele faz uma filosofia
e ao final termina com um belo final;
Canção do Poeta
Em terras maranhenses, um bardo nasceu,
Gonçalves Dias, poeta que o tempo esqueceu.
Com versos indianistas, a alma ele cantou,
E a história do Brasil em poemas eternizou.
I.
Nas margens do Parnaíba, a infância ele viveu,
Entre lendas e mitos, sua inspiração se teceu.
O índio, o herói nacional, em seus versos ganhou voz,
E a cultura indígena, em sua obra, encontrou o seu louvor.
II.
"Canção do Exílio", um lamento ecoou,
Saudade da pátria, em cada estrofe se acentuou.
"I-Juca-Pirama", um épico imortal,
Do amor e da perda, um canto sem igual.
III.
Professor, teatrólogo, jornalista também,
Um homem de múltiplos talentos, um saber sem refém.
Na Academia Brasileira, seu nome foi honrado,
Patrono da cadeira quinze, para sempre lembrado.
IV.
Gonçalves Dias, poeta maior do Romantismo,
Sua obra, um legado de imenso simbolismo.
Em cada verso, a alma brasileira se revela,
Uma herança cultural que o tempo não cancela.
V.
Cem anos após sua morte, sua voz ainda soa,
Em poemas e canções, sua memória se acende e doa.
Gonçalves Dias, poeta eterno e gigante,
Que com sua lira imortal, o Brasil canta e encanta.
Poeta da Ordem e Progresso
Em terras maranhenses, um gênio nasceu,
Raimundo Teixeira Mendes, o saber floresceu.
Filósofo, poeta, na mente um fulgor,
Na bandeira nacional, seu lema imortal.
Ordem e Progresso, o ideal que traçou,
Para a nação brasileira, um futuro sonhou.
Com versos e ideias, o povo inspirou,
E a identidade nacional enalteceu.
Em cada estrofe, um brilho singular,
Na prosa e no ensino, um dom a compartilhar.
Caxias, sua terra, o berço que o viu nascer,
Onde a semente da cultura pôde florescer.
Raimundo Teixeira Mendes, um nome a recordar,
Sua obra e legado, sempre a honrar.
Na história brasileira, um marco a trilhar,
O poeta da ordem e do progresso a inspirar.
No Coração da Floresta,
Um Poeta Surgiu,
Com Versos de Fogo,
A Alma Ele Enrijeceu.
Vespasiano Ramos,
Nome em Letras de Ouro,
Sua Tinta Era Sangue,
Sua Pena Era um Tesouro.
Nas Terras de Rondônia,
Sua Voz Ecoou,
Cantando a Beleza,
Da Natureza Que o Cercou.
Com Palavras Simples,
Emocionou Corações,
Falto e Precipitado,
Deixou Saudades e Lições.
Mas sua Obra Permanece,
Viva em Cada Poema,
Um Legado Precioso,
Para a Literatura e o Cinema.
Vespasiano Ramos,
Poeta Eterno da Floresta,
Sua Alma Ainda Canta,
Em Cada Rima, Cada Festa.