Poeta
E se um poeta eu fosse?
Eu diria com explendor e magia
o amor que me contagia
esse seu beijo molhado
Eu diria mil vezes, as vezes
que me pus a pensar, em algo falar
sobre seu sorriso gostoso
Mas poeta não sou
vou me conformar em apenas olhar e beijar
sem nada dizer
Porém se deixar eu pintar
vou exemplificar
o que sinto aqui dentro.
você vai admirar sem nada falar
ou definir o q sente
Ontem sonhei que era um poeta
a fazer canções de amor
Acordei, me vi um pateta
senti o langor
Agora em frente a uma tela
escrevo todo devaneio sucinto
Todo resquício grafado no papel
num recinto
É tudo muito indistinto
como se minotauro fosse
dentro de um labirinto
facundo, terno
- eu não minto!
Só ao te ver tudo fica certo
cantado como uma loa
Pois é na canoa
do destino ferrenho
na proa
com divino empenho
Que estamos navegando
decerto, antecipados
A ver o futuro incerto
não longe, bem perto
De um fim malogrado e tirano
de um sentimento humano
Esse é o destino
insano, fadado ao sarcasmo.
Hoje estou cansado
bem pouco inspirado
pra rimas montar
É que poeta não sou
só escrevo com amor
pensando em você
Agora vou descansar
quem sabe sonhar
em um poeta ser
E quando acordar
vou enfim recitar
e frases tecer.
Em tudo que escrevo
verdades existem
por poeta vou passando
sem ter diretrizes
Por aqui vou expressando
com um único alanco
viver de amores
não morrer como santo.
"Ser um poeta não é só e simplesmente escrever um pequeno texto, ser um poeta é saber amar, e fazer com que pequenas palavras mude a vida de varias pessoas, ser um poeta é viver criando, surpreendendo e sendo amado pelo que faz, ser um poeta não é só e simplesmente ser mais um entre vários, e sim ser um grande poeta por ser Único entre vários".
Antes de tudo, um poeta!
Lembro-me vagamente quando ouvi falar,
De um Euclides da Cunha, carioca e escritor,
Mas onde que escutei eu não consigo lembrar,
Só sei que era um velho homem que conversava com meu avô,
O assunto da conversa, decifrar eu tentei,
Mas a única coisa que até agora eu sei,
É que conversavam com grande clamor.
Com o tempo, a conversa se desenrolava,
E a cada momento eu chagava mais perto,
O perfil da pessoa de quem ele falava,
Não me era estranho, fiquei de olho aberto,
Ai percebi que falavam de uma descrição,
Que se encaixava com os caboclos que tem aqui no sertão,
E no final de tudo eu estava certo.
Logo comecei a pensar comigo,
Sou do sertão e Euclides acertou,
Ando sem firmeza e sem aprumo, meu amigo,
Com bastante precisão ele me classificou,
Sou desgracioso, desengonçado e torto.
Mas minha dignidade, perderei só quando morto,
Hércules-Quasímodo, foi assim que ele me chamou.
Não caminho reto e nem firme, porque ando apressado,
Para falar com um compadre, o cavalo eu sofreio,
A pé, não posso achar uma parede que já fico encostado,
Enrolo um cigarro com um amigo numa conversa de devaneio,
E a assim levo a vida na simplicidade,
E alguns ainda enxergam a dificuldade,
Mas se a tal existe eu não creio.
Sou fatigado permanentemente,
Reflito uma palavra remurada em consequência,
Da preguiça que apresento invencivelmente,
E o meu cansaço sempre ilude e é só aparência,
Tendo ao mesmo tempo à imobilidade,
E à inquietude com ansiedade,
E só se acostuma comigo com a convivência.
Com muito orgulho sou sertanejo,
Adivinho chuva, sou profeta,
Aplico o meu talento naquilo que vejo,
Não troco o meu cavalo em nenhuma motocicleta,
Com meus dons seguindo a vida eu vou,
Por isso que costumo dizer que eu sou,
Antes de tudo um poeta!
DEVOLVA-ME
(E foi assim que um poeta virou livro. Inspirou outro poeta)
__Devolva-me as palavras doces
e as mais puras gargalhadas...
que te tocaram-lhe os ouvidos!
__Devolva-me !
__Devolvam-me os beijos que com sofreguidão te dei.
__Devolva-me!
As carícias que só eu soube (ou não soube),
mas que desenhei em seu corpo
as marcas da felicidade efêmera.
__Devolva-me!
E se quiseres, te devolverei também os beijos e os abraços.
__Conceda-me uma noite apenas!
E daquela estrada, peço que me retornes de onde parti contigo,
Pois não sei mais voltar, estou perdida.
__Devolva-me!
__Devolva-me a direção do caminho!
O lirismo épico do poeta
Um belo céu azul se forma no infinito
As folhagens das árvores a balançar, fazendo cair ao chão
Pequenas folhas-filhas
O sol ardente expõe a claridade do dia
O vento forte sacode a frondosa árvore na minha frente
O ronco do motor do carro que desce
Desvairado, o declive do Iracema
Nem cisma em ofuscar
O belo dia de sexta-feira
O conflito das lagartixas na parece
Do muro, saltando em largo voo
Rumo ao jardim ainda em formação
Belas Mensagens bíblicas ecoam
Do Corcovado
A rede se coloca na minha
Companhia, solitário
E faminto de tudo, de imaginações
Líricas ao perceber o colibri riscando os céus
O chilrear sincronizado dos bem-te-vis
A descida lenta e calma
Das aves, colorindo o firmamento
Combinando beleza rara
Fazendo nascer do âmago do poeta
A exuberante raridade, reluzente
Mágica e extasiante suavidade do prazer
Fazendo florescer irradiante
Da mais excitante reminiscência
Fértil e louca
Que o presente é incapaz
De retratar em versos épicos
O sangue quente e exuberante
Que há de jorrar do meu
Peito rasgado
Palpitante e suavizado
Em razão da ternura que paira
Num momento de rara felicidade
No recanto belo e aconchegante
À espera do meu anjo
Que perambula nas vielas do Amor
Fraterno.
Não me chame homem.
Sou poeta…
Não sei se sou mais ou menos que os homens?
Mas não falamos do mesmo fenômeno
HOMENAGEM A PABLO NERUDA
Marcial Salaverry
PABLO NERUDA...
Um poeta... Um mito
Marcial Salaverry
Para de Neruda falar,
é preciso poetar...
é preciso conhecer do amor,
todas as maneiras,
todos os meandros...
Desde o amor desesperado.
até o louco amor apaixonado...
O amor não correspondido,
o amor só subentendido...
Neruda do amor não fala,
ele abre a mala,
e o desnuda...
assim é Neruda...
Conhece tudo do amor...
Desde o frio, até aquele cheio de calor...
Fala com simplicidade,
mostrando do amor a verdade...
É fácil seus poemas entender,
basta sabê-los ler...
Suas entrelinhas captar,
ensinando como amar...
Há que se ter sensibilidade,
há que se "ver" a saudade...
É preciso sentir na alma,
a vibração de seus versos...
É aí que está a grande beleza,
pois ele nos dá a certeza
de que um amor verdadeiro,
tem que ser vivido por inteiro...
E que o amor de um momento,
sempre deixará um lamento...
A obra de Pablo Neruda
destina-se às almas poetais...
Meio termo não existe,
esse é o sentir que persiste...
Neruda será amado
ou odiado...
Como são os amores...
Sempre naquela tênue linha
o amor e o ódio separando...
Marcial Salaverry
a música define o cantor.
as frases define o poeta.
o conhecimento define o intelectua. o amor define quem eu sou,não compreendidas serão minhas palavras, nem mesmo considero ser tudo de um pouco, mas sim? sou capaz de decifrar seu mundo, apenas deixa-me entrar no seu universo.
e te levarei ao infinito do que é o amor verdadeiro.
O triste pensar acaba com qualquer um, mas estou muito bem.
Isto é ser poeta: estar batendo na porta do inferno pra falar sobre o paraíso.
O poeta escreveu a dor
com tanta perfeição
que a chamei de amor
Amor mexe, faz doer e mói a gente
A dor que o poeta escreve
é feito pão que morre no dente
sem ser dor de amor, nem serve
Essa que o poeta escreve
é a ausência tua
fui eu que emprestei
a dor que o poeta escreve.
Um poeta, necessita mais de inspiração e simplicidade do que regras estabelecidas por quem, se calhar, nem o era, não o é, e nunca o será, naturalmente.
Poeta!
Ah, doce escultor das letras!
Leva-me sempre em tuas asas
nem imagina as loucuras
Vividas em um coração, que muitas
vezes nem quer voltar prá casa...
Meu doce poeta !
É prá você que escrevo agora
Perceberá que falo dos teus devaneios
Nas entrelinhas dos dissabores,
de amores escritos entre versos...
rimas e anseios.
Meu poeta!
Tens idéia do que o teu poema faz?
me faz voar em tuas asas por todo
infinito,dormir nas estrelas
viver o sonho mais bonito...
Te espero num verso qualquer
Nesta longa e misteriosa ...
Caminhada do amor...
Onde guardas no peito tanta dor
no teu sensível coração... Poeta!
aut. Marllene Rodrigues
Direit. Aut. Reserv.
POETA NILO DEYSON MONTEIRO
" Estive tanto tempo à te procurar e te achei,
Óbvio que seria lindo terminar essa novela sendo contigo feliz para sempre; pena que não é novela, pena que não é sempre e para sempre estarei tanto por não poder ainda...à ida...partida...
O poeta sangra
A caneta é sua lâmina, o papel, seu altar,
No silêncio das palavras, seu tormento a ecoar.
As letras se entrelaçam, dançando em desespero,
O vento um mistério, seu amor verdadeiro.
A tinta escorre como lágrimas da alma ferida,
Cada palavra, uma cicatriz, uma ferida abatida.
Entre versos e rimas, ele derrama sua verdade,
Como um rio de emoções, fluindo na saudade.
Sobre as páginas brancas, o poeta desnuda a dor,
Desenha com versos as sombras que traz no interior.
Seu sangue, a tinta que colore a narrativa,
Cada estrofe, um eco de sua jornada sensitiva.
Talvez o protagonista dessa história seja o coração.
Mas, é na boca do estômago onde se encontra a emoção.
Borboletas presas moram lá, e quem será capaz de as libertar
O poeta sangra, sobre as páginas que estás a escrever.
Pois cada gota derramada é a própria ternura.
Sonhar com um amor real é uma verdadeira tortura.
- Nanda Caelum