Poeta
PENSAMENTO DE UM SONHADOR
Poeta não penso que sou
Imagino ser apenas um pensador
Que anota pensamentos poéticos
Fingidos por sanidade ou por loucura
Da minha mente inquieta de sonhador
O poeta veio pelo sabiá
para assobiar sua Poesia
Assobiar tua dor tua paixão e todo teu amor
Mostrar tua fantasia
da liberdade do Sabiá
Assobiar sem medo
Por ser livre
livre para flutuar
livre para amar.
GARIMPEIRO
A vida é um rio,
E o poeta garimpa todo sentir,
Diamantes e esmeraldas
Seriam grandes amores,
Eu só tenho cascalhos
Numa estação de estio...
Ele é poeta mas não sabe escrever, ele ouvinte e nem sabe ouvir, eu sou leitor mas recém tô aprendendo a ler, dizem que todos tem amor mas eu nunca o senti, descobri que o poeta ja sabe escrever, o ouvinte já ouve a todos, eu já sei ler, e também descobri que só você vai me ensinar a sentir o amor.
GUIA INSPIRITUAL
o mentor do poeta
deve ser uma raposa
arquiteta de caverna
o sentido sempre alerta
caça palavra-rato
sutil como mariposa
rima passo com passo
olho de gato
pelo que pousa
na ca[l]ma da neve que nos leve
por uma viagem outra
a gente de bobo
com garra de lobo
se agarra
[h]a rastros esparsos
por essa viagem toda
Tenho arma de poeta mais poeta não sou , sou apenas um cara que se apaixonou pelo uma grande amo que ate hoje não chegou
Quando amamos um poeta
Amar um poeta nem sempre é fácil,
devemos saber separar o que é nosso
do que é para nós...
Devemos lembrar que seu coração é dividido,
entre o amor por nós e o seu sonho de amor.
Devemos aceitar seu olhar para a lua,
seus desejos pelo impossível,
suas lembranças de algo que nunca viveu...
Para amar um poeta,
é preciso que estejamos atentos
aos seus devaneios e às suas viagens imaginárias...
O poeta sente dor que não dói,
ama o que não conhece,
sente saudade do que nunca teve,
inventa sentimentos,
comete loucuras!
Se quer amar um poeta,
seja um pouco poeta também,
entre no seu mundo; ajude-o criar ilusões!
Se deseja entender um poeta,
esqueça do real,
viva na eternidade dos sonhos dele...
A MUDEZ DOS SENTIMENTOS
O poeta, por ter que fingir,
ou expor severas verdades,
normalmente consome
a mania de sofrer calado.
Tentei ser poeta de finas palavras e sonetos
Ouvir inspirações da alma,
Projetadas em alegrias e tristezas
Rimas frustradas e rabiscos insólidos
Poesias cantadas com soar de paixão
Porém, só consegui provocar o amor
Quando fui realmente simples e direto ao dizer-te:
Amo você!
Ao ser chamado de “poeta” sempre me remetem à velha questão do ovo e da galinha: é o Poeta ou o Pensador quem vem primeiro? Inclino-me a acreditar que
o Poeta já traz a poesia em seu sentir, ao nascer, e sua expressão – falada ou escrita – é que é desenvolvida, bastando para isso aprender a falar ou escrever.
O Pensador, em contrapartida, é construído a partir de sua auto-observação, bem como do mundo à sua volta. Dessa feita, enquanto já se nasce poeta, é a vida que reúne as informações necessárias à reflexão do Pensador. A poesia, portanto, se mostra inata e primária em sua essência. O refletir é secundário, resultante de aprendizado. A razão do Pensador inibe a emoção do Poeta, que se faz mais autêntica sem ela. Já a poesia do Poeta precisa do Pensador tão somente para dar forma ao que já se mostra completo em seu interior.
DOCE POETA (POETISA)
ODE A VILMA GALVÃO
O que guarda nesse coração tão lindo?
De onde tira as forças para narrar sua dor?
Cabe nele toda sua história de amor inacabada?
Tem explicação caber ali tanta resistência, coragem?
Como pode retratar em suas poesias essa paz?
Ensina-me doce poeta (poetisa) o caminho certo
Deixe que eu descubra seus segredos, sua coragem
Apresente-me esse seu coração, quero ele como amigo
Quem sabe ensina o meu a superar suas deficiências
Dá a ele reservas dessa coragem, dessa sua força
Vamos doce poeta (poetisa), abra logo esse coração
Você mãe de mil poesias, deusa das palavras, dos sonhos
Traga-me essa certeza, ajude-me a alegrar meus dias
Se não me contas pelo menos escreva mais um poema
Faça o seu mil e um e narre nele o que quero saber
Mostre nos versos toda suas aventuras e desventuras
Fale de seus romances, conquistas e perdas amargas
Conte sua história, apresente nele seus segredos
Dê-me respostas nas entrelinhas, mostre-me o caminho
Quero seguir essa mesma estrada minha doce poeta (poetisa)
Corbi® - 25/04/2001
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