Poeta
SONETO EM BRANCO E PRETO
Quisera ter no alforje d'alma um poeta
vibrante e canoro, de algures secretos
do amor, ornados em versos discretos
e parido num singelo berço de asceta
Quisera atar-me em sonhos irrequietos
trazendo quimeras na pena da caneta
num dueto com a fulgor d'um cometa
que versifica a lírica d'outros quartetos
Quisera rimas, na simetria em linha reta
dos caminhos honrosos, versos epítetos
num alarido de fidalguia, terno e violeta
Quisera da poesia a alforria dos ginetos
d'amargura, d'um soneto branco e preto
pros variegados belos e sonoros sonetos
Luciano spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Dezembro, 2016
As dores de um poeta
Sempre tristonho até nas alegrias
Por ter um grande amor
Correspondido, mas incrivelmente resistente
A paixão um poeta não aceita a paixão
Um poeta aceita o amor verdadeiro
Porque esse amor vive na sua alma
E um amor que transcende a dor
É um amor que livre das coisas do mundo
Porque o poeta escreve o seu mundo
Já acompanhado do verdadeiro amor
Um poeta traz um dom de criar situações
O dia de ontem foi apenas um sonho
O dia de amanhã uma simples visão
Mas o dia de hoje bem vivido
Pelo o poeta faz de cada dia
Um sonho de felicidade
E de cada dia futuro
Uma visão de esperança;
Sejamos, pois cuidadosos
Com o dia presente.
Uma das coisas mais valiosas
Que alguém pode aprender
Na vida é a arte de poder amar
Com sinceridade na alma
O amor que eu sinto é
Tão grande que dispensa
Os conhecimentos
E as grandes experiencias vividas
O que sinto por ti vai alem da rasão
Te tenho aqui comigo e sei
Que jamais vou te perder
Por que o que Deus uniu
O homem não separa
Estarei contigo nas alegrias
E nas tristezas na doença e na dor
E nunca estarei só porque
Tu estais comigo
Te amo meu amor poeta
maria
Estou com Drummond e não abro quando o poeta diz que certas amizades comprometem a ideia de amizade. Certas amizades corrompem o caráter e pervertem a personalidade.
De modo similar ao poeta Manoel Bandeira que, da majestade de sua prosa e da realeza de seus versos, afirmava ser uma alma provinciana, e eu, de minha parte, nas limitações de minha simplória pena e parvo tinteiro, me ufano de ser caipira.
Um poeta também é um contador de histórias, com seu conto nunca aumenta algo, apenas acrescenta. O bom poeta não escreve por vaidade e sim por puro prazer...
"Um poeta no espaço"
Oiiiii eu vou ser sincero, não consegui dormir e decidi passar aqui para talvez falar de poesias ou talvez fazer uma nas entrelinhas dessa madrugada fria e instigante, tudo tão quieto e silencioso assim como observar você dormindo; Não sei se te levo para dar um rolê pela lua ou se te carrego daqui até o nascer do sol, os mares dessa casa estavam tão agitados até você chegar, a solidão era minha best até você ocupar todos os cômodos da casa... Cabelos longos, olhos sonhadores, sorriso corajoso e ainda assim contida a elogios, talvez minha falta de sono seja a vigilância, talvez seja você ou talvez os segredos que o silêncio da noite me conta ou mais provável que seja saudade não do corpo, não do sorriso mas da presença que faz tão bem... Talvez quando acorde isso tudo seja um sonho e você se encontre sentada na lua observando a terra de longe e se perguntando "Quando será que alguém virá me buscar?" e questiona o sol se o amor entre ele e a lua era tão verdadeiro quanto diziam mas como uma mensagem numa garrafa espero que esse poema chegue a você em forma de mistério, sem assinatura ou dedicatória e que lá no fundo você consiga ouvir a voz que diz "Ele está indo te buscar" e acredite... Ele já está chegando.
Para não ser indelicado, verifique se o parlamentar não é poeta antes de dizer: sua emenda foi pior do que o soneto.
Um poeta sempre tem algo a escrever... nem que seja pontos e vírgulas, mas seu papel nunca estará em branco.
MURMURAM...
(O Poeta e a Luz)
Como seres benditos que desceram
Sobre a terra dos pecados, malditos,
Vagueiam desesperados... E aflitos
Subjugam a santidade que perderam!
Anjos que às maldições se renderam!
Anjos que adormecem os espíritos
Em teus fólios de cristais, e fictos,
Sob a luz que desce me envolveram!
Julgam-se aos meus olhos claridade...
Por amor, e de paixão, e de vaidade,
Por trovador, embriagado, e absorto!
Os teus olhos são caídos à minh’alma...
Frios, por se esquentar a noite calma
Na falsa e morta luz do meu conforto!
Não me considero um grande poeta, considero-me apenas um ajuntador de palavras que a cada dia que passa tem mais zelo por elas.
Até logo
Sonolento, poeta? Deixe fluir! Deixe ir embora! que fuja... Que se vá em busca da frase, e que se volte com o verso!
E a folha poeta? Onde foi parar? Onde está escrito teu poema? E onde estão tuas poesias?
Cadê o teu lápis? cadê tua borracha? cadê teu entusiasmo?
Para onde foi tua sede?
Tua fonte secou? Bebeste do veneno que criaste? Não culpo a letra, nem o compasso… culpo o descaso!
Deixaste atingir-te pelo que tanto descreveste em fuga... Levanta! Faz-se presente novamente! Ergue tua mão, e monta da escrita tua corrente, tua alma...
Não se esqueças quem tu és! Não se valha de um pobre moribundo… apesar de tal, ser um retrato de teus contos oriundos.
Não é porque caíste em mera desgraça, que dela deva fazer teu fardo!
Tira-se do imundo o intuito, e do passageiro a direção! Ainda te lembras como se faz? Montas de novo em tua montaria!
E dela redija novamente o teu caminho. Desistir poeta? Para que? E por que? Sonolento ainda poeta? Que pena...