Poeta
O poeta é um visionário
No topo da montanha, debruçado
Esperando cair uma nuvem de sabedoria sobre ele
NOTA DE EDITOR
Sou editor, mas antes de tudo sou poeta. Tenho muito respeito pelos meus pares, poetas e escritores, criaturas inquietas que não aceitam a vulgaridade da vida, por isso escrevem, a razão, contudo, sempre é nobre, mesmo que a obra não tenha ecos de eternidade.
Queria muito encontrar um Rimbaud, como Paul Verlaine, ou como Max Perkins encontrou e eternizou, Thomas Wolfe, Hemingway e Fitzgerald...
Não subestimo nenhum autor, leio todos que edito, leio ao editar e leio depois como estudo necessário da obra, caso seja provocado escrevo, vez por outra, uma nota sobra o autor e sobre a obra...
Escrevo poesia, não com intuito débil de ser eterno, nada é eterno, tudo flui ou passa como o rio de Heráclito. Tudo explode em vaco, somos átomos e abismos de Demócrito... Mas com tudo isso, a alma do poeta ainda insiste na eternidade da poesia e da musa.
E Eis que de repente sai mais um MOTE meu e do poeta amigo : Jvs Marcenaria
FUI ...
E voltei com alvorada nos olhos
Um girassol na mão
e uma paz imensa no coração.
Por vezes
me calo
me saio
me caibo
me desenho
me pre- vejo ...
Mas sempre volto !
Volto
Como vento
Como azul
Com os pés e a sensação
de alívio
e leveza debruçada
em minha mão.
Voou ...
Passeio em quintais
desbotados de tristeza
becos escuros e frios
Rios de lágrimas e correntezas
Desvarios sem a beleza
da flor em singeleza .
Navego em mares profundos
e corredores sombrios de mim .
Mas vou !
Voou ...
E volto com alma alada
e arco íris elucidando
meus Afins .
Vou ..
Mas sempre volto
Ahh...Eu sempre volto
para ir de encontro a um novo
oceano ou quiçá
um novo céu a florir
paz in meu existir .
- Paula Monteiro
SEM RUMO ... SEM VOLTA ...
Muitas vezes nem chego a sair,
Sem perspectiva tranco em mim.
Voar nem pensar,
Estou sem forças pra decolar...
Por isto fico no chão,
Com as asas caídas
E o coração na mão...
Como voltar se nem parti ?
Como sentir o vento
Se ainda me vejo por aqui ? ...
Meu voo é mais rasante
Sou pequeno apenas
Meus pensamentos são gigantes...
Entreguei minha liberdade
Nas mãos do Criador
Busco me libertar das
Amarras deste Sonhador !
Do Poeta Amigo : Jvs Marcenaria
Assim são os Poetas
Nessas Idas e Vindas
Vivendo, mas ao mesmo tempo tentando entender o que é viver.
Tentando atingir a meta de um poeta,
com mensagens discretas,
mas que sempre moderniza as mentes velhas.
Como uma bicicleta
com os pneus gastos,
subindo uma ladeira
em um dia de chuva
sem usar atalhos,
mesmo assim
conseguir chegar no topo
sem nem pensar em desistir.
Não me chame de poeta
pós poeta não sou,
me chame de chorão
de fracasso
ou de apaixonado
me chame de burro
de louco ou ate mesmo de idiota,
uso meus poemas para me libertar,
me libertar de meu sofrimento inacabável
de meus pensamentos de morte
e de minhas ideologias do fracasso.
Poeta do amor
O poeta do mar , vem navegar no meus pensamentos...
Venha com as ondas fazer o meu ser balançar ...
Suas ondas levam os pensamentos pra longe...
Suas águas esfriam o meu calor... refrescam essa turbulência do meu corpo...
Não deixe meu corpo naufragar no seu mar profundo...
Tentamos seguir juntos nessa navegação...
Vamos juntos navegar com a tranquilidade...
Vamos junto poeta do mar, para onde o vento nos levar... Neste mar de amor...Deixe as velas soltas...
Deixe que ele nos leve rumo a felicidade...
Que seguiremos de encontro a paz...
Ah poeta do mar, seja o meu poeta do amor...
Juntos iremos de encontro a vida no paraíso...
Vem poeta do mar amar e ser amado...
Ladrões de palavras
Sou poeta, sim senhor,
por isso ninguém vá reparar
poemas e cantos de amor
é o que mais gosto de espalhar
Muito normal, acho, não sou,
mas tenho a felicidade,
meu coração se bastou,
nem precisa de realidade
Caminho em letras e sons,
não desafino, nem erro,
pinto o mundo nesses tons,
encontro poesia onde quero
Não preciso de bengala
buscando em outros ajuda,
nem modificar textos e falas,
isso é caminho para a Papuda!
Um dia vão ler meus pensamentos e você sabera que em meio à minha esquizofrénia tinha um poeta, um que não pode recitar todos os poemas de amor pra ti...
Uma hora não gostava de poesia...
Outrora me achava cafona...
Me adiava...
Queria me cuspir da sua vida...
Me cuspiu...
Queria me engolir...
Me engoliu...
Queria me deixar...
Deixou...
Quis se perder de mim...
Me perdeu...
Vaguei sozinho...
Me perdi...
Me encontrei...
Mais ja era tarde...
Morri...
E assim a vida se foi...
E eu se fui da vida...
POETA
O poeta voa em seu turbilhão,
e as asas de seus poemas
um dia... Pousarão no chão.
Antonio Montes
[eu poeta, você poesia]
eu imagino a pele que não toquei
o beijo que não dei
o calor que não senti
a roupa que eu não tirei
e o verso que eu não escrevi
a curva que não virei
o trajeto que eu segui
o caminho errado que eu fiz
o passado que passou
e lá você ficou
a saudade que bateu
o amor que gritou
o som que ecoou
e você não escutou
a lembrança que me afoga
a escrita que me afaga
escrevendo algo que não aconteceu
naquela noite você e eu
mas era tudo o que eu queria:
eu poeta
você poesia.
Não mais acredito no Amor.
O Amor só faz Sofrer..
Sou poeta, e estou a escrever..
As palavras que transbordam do meu coração..
Coração que passou a ser duro e prestar mais atenção..
Aqui levanto solene
Minha estrofe de mil dedos..
Dizendo que o Amor, é apenas uma ilusão..
E que quando amamos estamos cegos..E não enxergamos o mistério dessa frugal tentação..
Sei que vais demorar..
Tentando me entender..
Não vai conseguir! Eu sei..
Mas somente tentas decifrar..
Uma coisinha singela e simples ..
Que invadiu o meu pensar!!!...
A maldição do poeta
Todo poeta carrega em si uma maldição
A maldição do poeta, que é viver só
Solitário em si mesmo
Que mesmo rodeado de admiradores
Carrega no peito a falta de alguém
Que mesmo despertando paixões
Nenhuma paixão o desperta
A solidão que o condena
É a mesma que o faz poemas
Todo poeta carrega esse maldição
Onde nada o completa nem o conclui
A cada poema apenas lamenta
Cada linha pensada e escrita, nada lhe explica
Porque todo poeta é amaldiçoado
Maldição de si mesmo
Condenado a procurar a cada palavra
E nunca encontrar resposta
Porque todo poeta carrega essa maldição
A maldição da solidão, da madrugada, do sereno
Que tudo passa, mas nada fica
Apenas o poema
A maldição de poeta
-----------------------------------------
Eu e Você
Quando estou com você é como se nada mais fosse proibido
E tudo que vale é aquele momento
Como se o mundo estivesse pra acabar
Te tocar, beijar e acariciar...
Momentos de loucura, de prazer, desejo e sentimento.
É só eu e você, num instante.
Uma única atração.
Beijar-te me faz sentir como o primeiro beijo, onde tudo é novidade e empolgante.
Mas ai você diz que já é tarde, me faz voltar para o tempo, te beijar por mais uma vez e depois partir...
---------------------------------------------
Pensando em você
São nos momentos de solidão que meu coração se alimenta ainda mais de você.
E nesses momentos fica fácil me transformar em um poeta.
As lembranças do seu cheiro, do teu toque, do seu corpo, fertilizam meus pensamentos.
Inspiração dos meus poemas e dos meus dizeres.
Estou pensando em você agora!
POETA REI
Até que ponto cheguei,
Qual remo tocarei
Em qual bar me farei
O mais nobre e poeta rei.
Até aonde pude ir
Por que em escuro rio ousei remar
Me afoguei dolorosamente
Restou o endereço, o lugar.
Nesta beira, findou a mocidade
A quimera que tanto amou
Como às águas que vem e vão
E sob elas, meu sonho banhou.
E entre as linhas de uma a outra
Essas palavras se perderam a tentar
Ser o poeta, o poeta rei
Das breves vontades, que partiram sem par.
Willas Gavronsk 07.09.16
POETA REI
Até que ponto cheguei,
Qual remo tocarei
Em qual bar me farei
O mais nobre e poeta rei.
Até aonde pude ir
Por que em escuro rio ousei remar
Me afoguei dolorosamente
Restou o endereço, o lugar.
Nesta beira, findou a mocidade
A quimera que tanto amou
Como às águas que vem e vão
E sob elas, meu sonho banhou.
E entre as linhas de uma a outra
Essas palavras se perderam a tentar
Ser o poeta, o poeta rei
Das breves vontades, que partiram sem par.
Willas Gavronsk 07.09.16
MELANCÓLICA
(A Poeta de Rio Claro)
Rogas!... aos fantasmas que eleva à vida
Da sua ilusão! E entorpeces as magias
Do medo, que aos versos fazias
Indagando, gélida, de alma que não lida!
Pelos teus prazeres! De voz entorpecida
Nas trevas, que outrora, às melancolias
Postou o teu corpo, vil, que não lias
Dentre os teus mistérios, flor ensandecida!
Rogas!... ao teu Deus, o seu engano de dor
Sem lágrimas... no saber exaltar
Os teus passos, presos, sem tanto amor!
E rústica, cantas os teus sons em desfalecer
O seu temor, descrendo, seu vozear
Nas verdades, e nas crenças do teu viver!