Poeta
Quem sou eu?
Eu sou muitas vezes conhecido como o louco destemido, um jovem poeta lunatico, romântico apaixonado por alguém que carrega seu coração, alguém culto que deseja atenção e ao mesmo tempo ama a solidão, alguém que não domina e não aceita ser dominado, que atreve até o mais atrevido, alguém que declara que ama quando ama. Eu sou tudo isso e muito mais que aquilo, tenho foco tenho garra, luto com personalidade. Não abaixo com qualquer barra, às vezes falo na lata na cara sem medo de algum tipo de derrocada, as vezes escuto ouço e em silêncio me mantenho. Sou alguém com coração puro e de boas intenções, eu sou mais você, pois considero todos melhores que eu. Sou alguém comum que vive entre vocês, alguém que ver e é visto, alguém que ensina as coisas que salva vidas, mas não sou um herói, nem se quer um vilão, sou mais um alguém que na verdade não é ninguém.
Alguém que já caiu e levantou, que manteve a guarda após a lição.
Alguém que sonha alto e que mantém o voo lá encima.
Sou aquele que não parou de querer quando o sinal vermelho apontou, sou mais um bravo guerreiro nesse mundo louco que tenta ofuscar o melhor de nós, eu sou apenas um "você" para todos vocês.
O que é um poeta? Uma pessoa infeliz que esconde uma angústia profunda em seu coração, mas cujos lábios são formados de tal forma que, à medida que suspiros e lágrimas passam por eles, soam como uma bela música.
Palestra do poeta
Bráulio Bessa no icc
Trago em literatura
Um cordel bem explicado
Do que aconteceu comigo
E que me deixou mudado
Numa bela quinta feira
acordei muito animado
Pois eu estava sabendo
Que ia ter uma palestra
De um cabra bem arretado
Esse cabra é Bráulio Bessa
O embaixador do Nordeste
Um poeta conhecido
Um homem cabra da peste
Levantei logo da cama
Tomei um banho e sai
Depois que peguei dois ônibus
Lá no Hemoce eu desci
Desci e sai correndo
Achei que estava atrasado
Pensei que sua palestra
Já havia começado
Procurando o endereço
Que a palestra iria haver
Me informaram que o local
Era lá no icc
sorri com muita alegria
Pois aquele Instituto
lembrei que ja conhecia
Quando cheguei no lugar
Fui para recepção
Duas moças me atenderam
Com bastante educação
Me perguntaram num instante
Você é um convidado
ou é um acompanhante ?
Fiquei um pouco sem jeito
Sem saber o que falar
Tinha regras no evento
A moça veio contar
Fiquei triste e calado
Depois que ela falou
Que o evento era fechado
Somente pra pacientes
E também pra convidados
Parei e pensei um pouco
E em seguida falei
Me chamo Rubens Andrade
Assim me apresentei
Sou cover do Bráulio Bessa
Me apresento no busão
Faço isso todo dia
Recitando poesias
Com amor e emoção
Continuei a falar procurando
Uma maneira que desse pra eu entrar
Pois eu estava sentindo
Que depois daquele evento
Minha vida ia mudar
Depois de tanta peleja
Ganhei autorização
De ver o meu grande ídolo
Um homem de compaixão
E que vem mudando vidas
Fazendo a diferença em
Estradas tão compridas
Entrei é fiquei quietinho
Encostado na parede
Aquela ansiedade
já tava me dando cedo
Mais não sai do lugar
Pois faltava pouco tempo
Pra ele se apresentar
Faltava uns cinco minutos
Uma mulher veio a perguntou
O que você tá fazendo aqui,
quem foi que te convidou?
Com abuso de poder
continuou falar
Eu sou da diretoria,
cordenadora do lugar,
aqui eu tenho moral e
Tu não pode ficar
As lágrimas quase desceram
Com tamanha crueldade do
Jeito que ela falou
me tirando a liberdade
Destruiu a minha chance de
Tá perto do poeta
De sentir sua energia
que o mundo já completa
Mas nunca guardei remorcio
Pois sei que tudo na vida tem
Sempre um grande propósito
Sai daquele lugar
bastante desconsolado
Depois de tanto esforço
Não tive o resultado
De ouvir muita cultura
Trazida em literatura
De poemas e de cordéis
Mais isso não me abalou
Pois foi graça a isso tudo
que eu conheci o amor
O proposito de cumpriu
E a moça da diretoria
Eu quero agradecer
Hoje eu estou feliz
Sei que encontrei o amor
Tudo graças a vc
Para explicar melhor
Sobre o acontecido
Depois da sua atitude
Alguém de importou comigo
Alguém que tem coração
Que não pensa só em si
E que tem compreensão
Compreendeu meu esforço
O meu jeito de viver
Meu trabalho com Cultura
Que faço apena valer
Hoje estamos namorando
Curtindo cada momento
Vivendo o nosso amor
Aproveitando o tempo
E para finalizar o meu cordel
Com bravura
Quero aqui lhe explicar
que nem sempre a vida é dura
Encontrei o meu amor é hoje
Só agradeço, por conta do acontecido
Tenho a mulher que mereço
PARA SER POETA.
Para ser poeta
para ser bom
ao que se presta
tem que ter conteúdo
em todos os sentidos.
Dizem que ler engrandece
É verdade, é verdade
Mas quem quer dar
o passo seguinte
tem de escrever.
Não basta ter só sentimento
estar perdido em tormento
Pois serão sempre
os mesmos poemas
de solidão e desalento.
Misture tudo isso
conhecimento e vida
e tudo mais que
pela cabeça passe
faça da mente um turbilhão,
um furacão.
E plante uma flor
no olho deste monstro
E mais que tudo
Não tenha medo
ou vergonha e se mostre.
E no final
depois de tudo
já escrito
Está na hora do começo
leia e releia o mesmo texto.
Coloque nele você
os acertos e os erros.
Alinhar os pretextos
e o mais importante
no exato momento
em que o texto ganha vida.
Deixe que ele se vá
Guarde e perca
a lembrança querida.
Com a sensação
de que não foi você o autor
mas o contrário
o poeta é escrito,
não é mais o escritor.
Dante Vitoriano Locateli.
(dedicado aos meus amigos poetas e aos amantes da poesia )
SER POETA
Ser poeta é brincar com sonhos
Rodopiar nas inspirações
Criar rimas, versos, canções
É bailar no tempo
Enfeitando a vida
Sentindo na pele
A mais pura emoção.
Ser poeta é sentir o sublime
Delineando sentimentos
Desnudando a alma
Ser poeta é entregar-se
Aos sonhos
Banhar-se no clarão da Lua
Viajar no espaço
Colher estrelas
Salpicadas no Céu
Ser poeta é
ter caminhos floridos
Espargindo o amor.
Ser poeta é dignificar o Criador
Exaltando nas letras
A magia da vida
A esperança e amor.
Ser poeta
Ser poeta é escrever sem tinta
Ler sem nada escrito
Falar sem abrir a boca
Compreender os silêncios
É viajar na loucura
Andar na ignorância
Viver na sabedoria
Sendo amigo de tolos
É morrer sem morte
Viver sem vida
É sofrer sem dor
E celebrar sem alegria
É roubar a dor alheia
É Espalhar alegria
É compartilhar a vida
É ser o tácito grito das palavras
Ser poeta é sentir dor diariamente.
Minha dor eu passo pro papel,mas o papel não passa minha dor para o mundo.
Não é o poeta que cria a poesia. E sim, a poesia que condiciona o poeta.
Nota: Trecho do poema O poeta e a poesia.
...MaisBoa noite, amigos!
A lua e seus encantos traz a inspiração ao poeta
E a mais bela joia traz o brilho obscurecido
A mais bela flor é a que mais perfuma o jardim
E você meu amigo é o melhor de todos os perfumes
que irradia e faz brilhar todos os dias!
Eu posso ser um poeta
Manoel de Barros me apresentou a poesia. Não essa letrada, rimada, floreada, poética.
Manoel de Barros me apresentou a poesia da alma, da inteligência incomum - para aqueles que querem aprender administrando o desconforto do sentir e que estão ávidos para saborear as entrelinhas do senso comum.
A poesia de Manoel de Barros bate ou não bate. E quando bate, não requer legendas ou explicações. Se pedir explicações é porque não bateu, e neste caso, Manoel de Barros não te ensinou nada.
Manoel de Barros me ensinou a enxergar além dos objetos, transcender, desconstruir. Ele ensina que só quem sente os objetos, transcende, desconstrói, e assim transforma o estático em puro movimento tocável com enorme sentido.
Manoel de Barros me apresentou o comum mais incomum já sentido. Desenha em palavras sensações padrão e sentimentos humanamente primários, capazes de causar um espetáculo emocional.
Manoel de Barros aprendeu a transformar a arte de não fazer nada em obra de arte.
Se tudo que ele não inventa é falso e se o tempo só anda de ida. Corro atrás para voltar a ser criança para quem sabe conseguir deixar minha alma evoluir através de sua poesia.
Para quem conhece Manoel de Barros sabe do que estou falando. Para quem não conhece, vale a pena conhecer.
Só 10% é mentira e 90% é invenção – é disso que estamos falando. O cotidiano nos afoga em um senso estático, nos deixando viciados a enxergar apenas os objetos e os fatos comuns.
Que pobreza de alma, não acham?
O que é isso? Café da manhã... e isso? Trabalho... aquilo? Filhos... e isso? Dinheiro. Estático, plano, pobre, pueril. Somos capazes de sentir e enxergar muito mais que isso, muito além disso, ou do comum.
Meu consultor literário, é agora tenho um personal consultor literário... enquanto uns contratam um personal para desenvolver o corpo, contratei um para desenvolver a alma, e quem sabe um dia deixarei de ser apenas humana e me transformarei em borboleta.
Ele, meu consultor literário, me lançou o desafio do “Olho Oculto”. O olho oculto nada mais é, ou melhor tem a grandeza de ser: olhar além dos objetos, dos fatos. Como você enxergaria a ida ao trabalho, de um dia comum, de forma sentida, de forma poética? Hoje, por exemplo: acordei tropeçando na falta de vontade de sair do mundo dos sonhos.
O olho oculto é tudo aquilo que a gente não vê, ou não quer enxergar, ou que já entrou no automático, que esquecemos de lembrar, ou evitamos sentir... falar então, esquece... afinal, imagens são palavras que nos faltaram.
Por isso, lanço aqui também este desafio. Quem sabe exercitando um pouco mais a alma, conseguimos nos transformar em poetas ou passamos a fazer coisas muito mais úteis, marcantes a partir da inutilidade comum.
Mal sabe você que paixão de poeta não dorme cedo. Paixão de poeta vira livro. E um livro, minha dama, dura bem mais que um homem. Bem mais que canetas. Bem mais que travesseiros.
Amor é verão no inverno madrugado do poeta.
Essa poesia não é minha
A poesia nunca é do poeta
O mesmo só é canal que aponta
A porta do desejo.
Das desapontadas dores de sua alma
Em fina figura que se vai na tinta
É a imagem do que lhe fura a alma
Um fingidor e suas mentiras.
A poesia nunca morre,
O poeta sim,
Ele morre de amor
Ele vive um poema que não é dele.
Muitas vezes a dona ou o dono está longe
Mas bem perto de seu coração.
E nesse coração ele se contenta
Com a mentira de uma esperança vazia
Sobre o peso da saudade na rejeição
E do desejo que lhe afagar a alma,
Assim ele se despede em seu coração.
Ora poeta,e quando escrevestes
Não digas somente o quanto é bom amar
O quanto o sorriso dela é parecido com o mar
A poesia é além da felicidade, ela também é dor,ninguém procura uma poesia só porque está feliz
Mas porque querem achar algo que
Toque a sua ferida,doida.
A Defesa do Poeta
Senhores juízes sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto.
Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim.
Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes.
Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei.
Senhores professores que pusestes
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição.
Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
dou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis.
Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além.
Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs em ordem?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem?
Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa.
Sou um instantâneo das coisas
apanhadas em delito de paixão
a raiz quadrada da flor
que espalmais em apertos de mão.
Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever.
Ó subalimentados do sonho!
A poesia é para comer.
Amigo Gil
A Gilberto Nogueira de Oliveira
Suas obras primas
São feitas em casa
Poeta independente
Produz, não tem o ego
Em si, simples
E verdadeiro,
Esse é o Gil de Nazaré/BA
De todos os brasileiros.
Em todos os cantos
Do mundo,
Deveria existir um Gil,
Que compartilha poesias
Nesse mundo em guerra,
Meio que doentio.
Poesia de amigos
– Gil compartilha!
Livros da própria autoria
– Gil envia!
Em troca não cobra
Nada,
Muitos o desvaloriza
… Pouco importa ao Gil.
O bem maior da sociedade
É a escrita
– Isso sim, Gil, valoriza.