Poeta
Então eu rasgo e queimo os versos do poeta que me fez
"encantada".
Que me julgou insana, oportuna e ignorante...
Chamou-me de roseira de espinhos.
Figueira sem frutos...
Eu disse: dei bons frutos
Disse-me para eu deixar de catar estrelas.
Que sou sonhadora.
Imagino coisas, falo com o invisível, vejo e sinto, anjos..
Sou sim uma poetisa abençoada...
Então me digas de onde vem as minhas inspirações...
Que mistério é esse indecifrável...
As palavras me vem sem eu saber como..
Queres me fazer ter esperanças perdidas,
ter por ter,
e ser e não ser?
Então que queres?
Quer eu saia, na rua, gritando pelo mundo, o que eu sei
que há dentro dos teus muros?
Não queira traduzir minhas palavras, com os seus sentimentos,
Aqui dentro sou eu a que sinto, imagino e vejo.
Se você conseguir olhar para dentro do tempo, e ver que o
seu amanhã já passou despercebido..
Que andastes pelas ruas da vida fazendo seu jogo sujo,
vagando a procura do nada..
Então basta,
você não é nem flor e nem fruto, já é uma folha morta!
...
A poesia para o poeta é uma inspiração que acontece de forma natural, isto é, ela se expressa espontaneamente na sua fala.
Ser poeta é enxergar na sombra de uma vela
numa noite sem luz, a dança periférica
Da sofrida dona de casa da favela
É saber retratar tudo, mesmo que de cara pra viela.
Um poeta visionário e revolucionário do seculo XXI, do subúrbio, que emprega o idealismo, liberdade, ativismo, sendo impoliticamente incorreto ou correto em seus textos, poemas, pensamentos, frases e poesias, usando gírias e dialetos... Criando uma neologia de expressão própria.
Eu procuro por mim tal qual o poeta procura nas palavras o desejo ardente de exteriorizar o grito de sua alma.
INSURGÊNCIA
POETA INSURGENTE
QUEBRANDO AS CORRENTES
DA IGNORÂNCIA EXISTENTES.
INSPIRAÇÃO CONSTANTE,
DO RAIAR DO SOL AO POENTE,
E ATÉ QUANDO A LUA SE FAZ PRESENTE.
CARPE DIEM!
APROVEITANDO O DIA,
POETIZANDO E VIVENDO A VIDA,
- CIENTE DE SUA FINITUDE -
SEUS DOGMAS JÁ NÃO MAIS ME ILUDEM.
Sou poeta do sol, porque admiro a via láctea, meu lar.
Apesar de sua imensidão, sinto que ela cabe nos limites
do quintal de minha casa, pois é de lá que a posso ver.
lá eu sintonizo sua luz e me transporto em uma viagem,
pra alcançar o universo, me sentir livre, com toda paz
e assim, poder então conversar com meus amigos incomuns!
POETA
(auto (des) afirmação)
Não sou um poeta,
seria uma ousadia,
assim pensar,
mas, sinto-me, às vezes,
como um deles – utopia, sei lá...
Carrego, de muito jovem,
o gosto pela literatura – a poesia.
Aprendi a ler,
escrever e admirá-la.
Ganhei dos poetas,
das rimas,
apenas a vocação
e, vez por outra, até me inspiro...
Raramente lírico,
realista sempre...
Poeta?... Não, não sou,
nunca fui...
Minha débil aptidão (julgo)
tem me sonegado, até hoje,
essa maravilha: o Dom de ser um poeta...
SER POETA
Ser poeta, antes de tudo,
é ser louco, incomum,
sensível, sutil, pensante,
falar das coisas,
do abstrato, do rústico e do real,
com poesia.
É exprimir sua língua,
difundir sua dor, pela íngua.
Sentir-se eterno e
morrer à míngua,
num sentimento só seu...
Ser poeta, além de tudo,
é não saber, sensato,
se sentiu, se sonhou,
pensou ou escreveu algo...
Aí, um crítico lhe aparece
e, ao seu modo,
cômodo, imperativo,
decifra, resume e limita sua vida...
Como se lhe pudesse conhecer
ou, como tal, fosse possível.
Vagabundo nato que por ela vira poeta, seu sorriso me ilumina dia após dia, não consigo mais vive sem você minha menininha..
Se o Poeta para, pensa e analisa, ele divaga. Somente quando o Poeta está livre e cheio de inspiração, é que Ele conceitua. - Almany Sol, 22/10/14
HUMILDE
NÃO SOU UM PRÍNCIPE,
NEM MORO EM UM CASTELO.
SOU UM HUMILDE POETA
COMPONDO VERSOS SINGELOS.
DOS SEUS LÁBIOS SUGO O NÉCTAR
QUE ME MANTÉM APAIXONADO,
A SUA PELE MACIA
EU EXPLORO COM MEU TATO.
SEU SUSSURRO NO MEU OUVIDO
ME PROVÉM MOMENTOS DE PLENITUDE,
ME ESQUEÇO DOS PROBLEMAS DO MUNDO,
SINTO UMA PAZ DE GRANDE MAGNITUDE.
NÃO PRECISO DE NENHUMA JOIA,
NEM PRECISO DE BARRA DE OURO,
MINHA RIQUEZA É SUA EXISTÊNCIA
QUE ME INSPIRA O DIA TODO.
POETA SÓCRATES
NÃO RECORRIA
NEM À CANETA
NEM AO PAPEL,
APENAS DECLAMAVA.
PREFERIA ESCREVER
DIRETO NAS MENTES
DAQUELES QUE O CERCAVA.
Se Neil buscasse inspiração poética, ao pisar no solo lunar diria:
Um pequeno passo para o poeta, um grande salto para a poesia.
Chega a noite e com ela a solidão
e a alma do poeta desprendendo-se do chão
conjuga amor! Os seus versos estão no cio...
Acasalam-se as rimas! É o amor em êxtase!
Um novo amor
Ah!... poeta, que vive um novo amor
Existiu amor no passado? não interessa
Só se vive poeta, assim...
Com o novo amor.
E começa tudo do zero
Com esmero
Sem certeza de nada
Somente olhos e juízo para o novo amor.
Ah!... poeta, e agora?
Sem a saudade, sem as memórias
Como ficarão as folhas... brancas?
Não poeta, serão as novas histórias.
A voz ao telefone é a mais doce
As mensagens as mais suaves
Tudo é curiosidade, novidade, aventura
Para os poemas de amor.
Ah!... poeta, estás delirante
Tudo mais aprazível, verdejante
Vai durar por um tempo
E surgirão somente, poemas de amor.
Delicia-se poeta desses momentos
E quando tudo acabar
Volte ao seu jeito indomável
De escrever o dissabor.
Um poeta não escreve por amor, ao contrário, o poeta escreve para o amor. Só é um bom poeta aquele que conhece e sabe o que é o sentimento mais itinerante, o amor.