Poeta

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Olhar poeta

Vejo cheiro de terra
Molhada.
Neste estado apaixonado,
Sinto-me presa
Dos seus braços
Suados, quentes…
Miro tudo de formas
Diferentes; vezo botões
Se transformarem
Em flores.
Veto seus beijos
Em outro

Beijo vagabundo.
Olhar poeta.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

POETA

O poeta nasce no poema,
inventa-se em palavras.

Helena Kolody
Viagem no espelho

Poeta é um passarinho trovador
que ama cantar livremente,
porém se estiver em reclusão
canta o que a alma sente.

Dizem que esta filosofia é coisa de mesa de bar
De poeta malandro que não aprendeu a rimar
Mas e daí, se o nosso divã é um banco de carro atolado
Ainda tem gente que pensa que rir é pecado
Mas e daí, se sou fruto dos anos 80
Alma de socialista e você nem esquenta
Mas e daí, se coleciono moedas, livros e discos
E você guarda garrafas e riscos, arrisco em falar
Mas e daí, eu culpo o planeta por fazer o sistema girar
E você desligou essa órbita, nem quer ativar
E qual o problema da minha cabeça de mundo e o seu mundo ser tão interior
Se no mesmo contexto o assunto é amor?

Palestra do poeta
Bráulio Bessa no icc

Trago em literatura
Um cordel bem explicado
Do que aconteceu comigo
E que me deixou mudado

Numa bela quinta feira
acordei muito animado
Pois eu estava sabendo
Que ia ter uma palestra
De um cabra bem arretado

Esse cabra é Bráulio Bessa
O embaixador do Nordeste
Um poeta conhecido
Um homem cabra da peste

Levantei logo da cama
Tomei um banho e sai
Depois que peguei dois ônibus
Lá no Hemoce eu desci

Desci e sai correndo
Achei que estava atrasado
Pensei que sua palestra
Já havia começado

Procurando o endereço
Que a palestra iria haver
Me informaram que o local
Era lá no icc
sorri com muita alegria
Pois aquele Instituto
lembrei que ja conhecia

Quando cheguei no lugar
Fui para recepção
Duas moças me atenderam
Com bastante educação
Me perguntaram num instante
Você é um convidado
ou é um acompanhante ?

Fiquei um pouco sem jeito
Sem saber o que falar
Tinha regras no evento
A moça veio contar
Fiquei triste e calado
Depois que ela falou
Que o evento era fechado
Somente pra pacientes
E também pra convidados

Parei e pensei um pouco
E em seguida falei
Me chamo Rubens Andrade
Assim me apresentei
Sou cover do Bráulio Bessa
Me apresento no busão
Faço isso todo dia
Recitando poesias
Com amor e emoção

Continuei a falar procurando
Uma maneira que desse pra eu entrar
Pois eu estava sentindo
Que depois daquele evento
Minha vida ia mudar

Depois de tanta peleja
Ganhei autorização
De ver o meu grande ídolo
Um homem de compaixão
E que vem mudando vidas
Fazendo a diferença em
Estradas tão compridas

Entrei é fiquei quietinho
Encostado na parede
Aquela ansiedade
já tava me dando cedo
Mais não sai do lugar
Pois faltava pouco tempo
Pra ele se apresentar

Faltava uns cinco minutos
Uma mulher veio a perguntou
O que você tá fazendo aqui,
quem foi que te convidou?
Com abuso de poder
continuou falar
Eu sou da diretoria,
cordenadora do lugar,
aqui eu tenho moral e
Tu não pode ficar

As lágrimas quase desceram
Com tamanha crueldade do
Jeito que ela falou
me tirando a liberdade
Destruiu a minha chance de
Tá perto do poeta
De sentir sua energia
que o mundo já completa
Mas nunca guardei remorcio
Pois sei que tudo na vida tem
Sempre um grande propósito

Sai daquele  lugar
bastante desconsolado
Depois de tanto esforço
Não tive o resultado
De ouvir muita cultura
Trazida em literatura
De poemas e de cordéis
Mais isso não me abalou
Pois foi graça a isso tudo
que eu conheci o amor

O proposito de cumpriu
E a moça da diretoria
Eu quero agradecer
Hoje eu estou feliz
Sei que encontrei o amor
Tudo graças a vc

Para explicar melhor
Sobre o acontecido
Depois da sua atitude
Alguém de importou comigo
Alguém que tem coração
Que não pensa só em si
E que tem compreensão

Compreendeu meu esforço
O meu jeito de viver
Meu trabalho com Cultura
Que faço apena valer
Hoje estamos namorando
Curtindo cada momento
Vivendo o nosso amor
Aproveitando o tempo

E para finalizar o meu cordel
Com bravura
Quero aqui lhe explicar
que nem sempre a vida é dura
Encontrei o meu amor é hoje
Só agradeço, por conta do acontecido
Tenho a mulher que mereço

Para o poeta, sinônimos não existem. Cada palavra soa, cheira, degusta e diz diferente.

A ponto de me tornar poeta!
Às vezes imagino que a única coisa inatingível em mim é a poesia,
Não queria ser frágil por isso luto pela força.
Sinto-me honrado em ser poeta, mas até mesmo esse dom,
Ou melhor, as características que temos por ter esse dom,
Trazem-nos um pouco de fraqueza, docilidade que é inútil no mundo em que vivemos.
É como se eu tivesse nascido tão fraco a ponto de me tornar poeta.

⁠Ser poeta é: escrever mesmo sem inspiração. fazer de tudo poesia, brincar com as palavras, é saber exteriorizar seus sentimentos e emoções através de suas escritas. Criar, recriar, reinventar... Enfim, Poetizar!✍🏻💗☺️

A solidão me fez poeta.
Ou então eu penso ser.
Escrevo coisas bonitas.
Que não consigo dizer.
Coisas belas que na mente.
Ficam guardadas, contidas.
Que só com a mulher que amo.
Elas serão divididas.

O poeta é um ser sensível e intelectual que luta para romper a prisão mental que endurece o coração.

O Tempo de Um Poema -

Diante da obra de um grande poeta,
em especial,
seus grandes poemas,
deveríamos ler,
somente,
um poema a cada sete,
quinze...
a cada trinta minutos.
(Dar tempo suficiente para digeri-lo por completo).

É preciso chorar (se for pra chorar).
Sorrir (se tiver que sorrir):
pensar, sentir.

É preciso deixar as facas cortarem,
rasgarem a carne fria
(sangrar).
Ou contemplar o corpo se acalmando
como no calor de um abraço,
quando a alma se sente
acolhida.

Um poema
não deve cortar o efeito
de um outro poema.
Um poema
é o presente respirar que,
aos poucos,
no tempo,
vai se apagando para um novo.

Mas no instante em que é lido,
é o teu íntimo inteiro:
consciente ou inconscientemente.

É o teu corpo
e alma
e pensamento
(centro supremo de tudo que te habita,
onde tu habitas em tudo).

É a tua cama,
o teu quarto,
a tua casa:
o Universo inteiro.

Quem dera eu fosse poeta, capaz de cantar amores, encantar os passarinhos e fazer sonhar as flores...

*hehehe
*Que faço?
*Serei poeta eu?
*Que nada bufão eu sou!
*Chamam-me de bobo, idiota, imbecil...
*Concordo sem rancor!
*Mas, se me chamam de mongo...
*Ah....
*Choro!
*Com louvor!
*Fui coroado, rei dos bufões, dos bobos e dos Arlequinos.
*Sim sou palhaço
*amo o que faço
*vivo rindo, e fazendo os outros sorrir!
*E tu, o que fizeste pela vida!

Tenho de fazer mágica, e ser poeta,
Tenho de criar mundos,
Fazer histórias, entrar na história
– Na minha história…

O poeta do hediondo

Sofro aceleradíssimas pancadas
No coração. Ataca-me a existência
A mortificadora coalescência
Das desgraças humanas congregadas!

Em alucinatórias cavalgadas,
Eu sinto, então, sondando-me a consciência
A ultra-inquisitorial clarividência
De todas as neuronas acordadas!

Quanto me dói no cérebro esta sonda!
Ah! Certamente eu sou a mais hedionda
Generalização do Desconforto…

Eu sou aquele que ficou sozinho
Cantando sobre os ossos do caminho
A poesia de tudo quanto é morto!

Lua brilhante, que trás ao poeta inspiração para escrever. O seu brilho é radiante e deixa a noite com um tom de cintilante!🌕🌌😍❤

A única diferença de um poeta e um fotógrafo é a maneira
como eles escrevem, um com caneta e papel e o outro
com câmera e a luz.

Coração de poeta não ama, inventa paixões.

Poeta

O Poeta é como ave de rapina
quando trina ateia versos
em rima

O Poeta de cordel do sertão
é uma ave que ao recitar
infinito canta

O Poeta de cordel ressuscita
os imortais faz as noites
entardecerem e o dia de
prosas que só se desfaz
ao pôr do Sol.

O poeta escreve,
Mas por vezes mente,
Encena, ilude.
Na real, um ser mutavel,
mais triste que alegre,
De onde tira profundidade.

Oceano ao invés de rio,
Toca o céu enquanto pisa o inferno,
Cidadão de lugar nenhum.

A constante dúvida
Do real e da sanidade,
Especialmente da própria.
Virose das palavras,
O veneno que esvazia,
Injetado nas veias
Na perdição.

Adorador das decepções,
Histórias com finais duvidosos,
Das ambiguidades,
Das calúnias costuradas no tempo
E rasgadas com tesouras da justiça.

Duvida de tudo que existe,
Inclusive do que disse a segundos atrás,
a ideia jamais permaneça intacta.

Duvida inclusive,
De sua capacidade de escrita,
São tão somente,
delírios constantes.

Ninguém sabe,
Mas sorriso anda com choros
Amarrados nas costas,
Disfarçando as evidências
Do coração contrito.

Dias de sol
Com tempestades
Engarrafadas em seus olhos.

Se cura ao fio da navalha,
Na contramão do sinal.
O alien mas não alienado.

Sua estranheza,
É seu encanto
Que não sabe como obtêm,
Só sabe que escreve