Poeta
A nação brasileira foi criada dessa forma, por aqui a piada só deixa de existir quando o problema é com o piadista,
O ódio só é desumano quando é contra o odiador,
O preconceito só é preconceito quando o preconceituoso e desrespeitado,
A injustiça só é injusta quando ela acontece com o justiceiro,
A mentira só é prejudicial quando ela atinge o mentiroso,
O voto só é admitido como equivocado quando o político aprova algo que prejudica o votador,
No Brasil o estupro só é hediondo quando a filha do estuprador é estuprada,
Por aqui um posicionamento político só é ofensivo quando é do outro e é contra o nosso,
Por aqui se odeia TUDO,
Se odeia a igualdade quando ela divide,
Se odeia a fé quando ela diverge de nossa,
Se odeia a paz se ela tiver que ser recíproca,
Se odeia o próximo principalmente se não podemos tirar vantagem,
Se odeia a vida que não seja a nossa,
Se admite qualquer coisa desde que seja benéfico.
Quer ser correto, quer ser justo, quer ser humano, tente fazer isso observando todos esses detalhes, ou então é melhor calar porque não tem moral nenhuma.
Eu prefiro passar o resto da vida gemendo pela dor causada em decorrência do entendimento da realidade, a ter que viver a plena alegria de nada saber.
O balão voa à mercê do vento.
Um vento forte soprou do Ocidente e causa um estrago no Oriente. Dizem que ele chegou no Brasil em Janeiro e também dizem que alguém sabia que ele era letal. Para não prejudicar a economia e nem o carnaval vamos nos calar.
O Coronavírus teve o carnaval para se divertir: o sambódromo do Anhembi, a Marquês de Sapucaí. Viu as mulatas cariocas, em são Paulo as lindas dançarinas. Deitou e rolou nas ladeiras de Olinda.
Em Salvador o Coronavírus se escondeu e ouviu aquela velha frase:" Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu."
Eu não digo é nada a tu.!
Em Pernambuco o Coronavírus se encantou com o Maracatú.
E no resto do Brasil onde tinha banda de axé, carro com "paredão" e concentração de gente,o Coronavírius estava presente.
Professor, cadê o balão?
"O balão é o pobre povo Brasileiro. Que assim como o vento, está à mercê da própria sorte. O vírus está matando no Brasil, do Sul ao Norte. Muitos estão entre a vida e a morte, esperando por um leito de UTI." É duro ver a moça desesperada e com as lágrimas expressar a sua dor:
"meu pai morreu porque não conseguiu um respirador."
Esse vírus é uma coisa que a gente nunca viu ataca de noite e dia. Mas a situação no Brasil EU já previa: uma Catástrofe.
Adailton Ferreira
As pessoas ultilizam palavras bonitas ou difíceis que as faça parecer inteligentes, sem se que saber o significado ou as possibilidades de aplicação, as redes sociais estão cheias de exemplos.
O que faz de uma pessoa o que ele é, apesar de sofrer influências do seu tempo e do seu meio ainda sim, está dentro dela própria o resultado final.
Adágio do Silêncio
Se, um dia, alguém te disser
Que este amor é eterno
Deves logo desdizer
Que não foi mais que inferno.
Diz que nunca houve amor,
Não dormimos em alcova,
Jamais trocámos suor
ou vimos luas, cheia e nova.
Foste, nos meus olhos e alma,
Um adágio silencioso,
Um abjecto belicoso,
sem ternura, paz ou calma.
Foste o leito podre de água,
De coração estagnado,
O vazio, o erro, a mágoa,
O nada deste pecado.
Não serás jamais viola
Que tange nas cordas, vibrante,
Sussurros e gritos de amante -
Apenas ais por esmola.
Este adágio não existe,
Nem sequer é nasciturno,
Pobre acto taciturno,
Sangue sujo que esvaíste.
No silêncio do adágio,
Tentei amar-te, por plágio,
Mas em pranto irrompi,
Perante tal monstro, fugi…
Aldeia de Menino
Na aldeia, perdida no alto monte,
estreitada num vale verde,
rústica de odores matinais.
Meu olhar vagueia no horizonte,
limitado de céu e se perde
em mil sussurros de adágio.
Aldeia de fragrâncias naturais,
de cores divinas matizadas:
os verdes, os amarelos, os laranjas…
Os fumos do lar em espirais
voam como danças orquestradas,
pelo vento, em farrapos e franjas.
Minha alma rejubila feliz,
livre da escravidão de amores
inventados por cruel nostalgia;
Meu corpo, renova, qual petiz,
sangue, lágrimas, suores...
Esvai-se em vida de rebeldia.
Minha boca sorri, desabrocha
líricos de louvores eternos
à natureza pejada de vida;
Minha boca grita e desbocha
canções, desafios de infernos,
toada monocórdica perdida...
Desculpai aves, desculpa rio,
por quebrar as vossas melodias,
desculpa vento por seres arauto
do meu patético desvario.
Desculpai, cedo virão calmarias
para vós e dores para mim, incauto...
Na aldeia, meu paraíso real,
liberto do mal, perdido de mim,
sou menino travesso, sorrindo...
Por irmãs e por irmãos, afinal,
tenho a rosa, o cravo e o jasmim,
que me acenam - sinto-me bem-vindo!
Almas Gémeas
Cinco horas e treze minutos...
Madrugada!
Olho, pela minha janela, o mar.
O mar majestoso e manso,
por vezes cruel e traiçoeiro.
Raios obscuros numa metamorfose
de luz se projectam no seu seio
fazendo parecer mais e mais
um mar vibrante de pirilampos
que líquido salgado em repouso.
Algo me ocorre no pensamento,
como tantas outras vezes,
(que) deixo vaguear o espírito:
- Se o mar tem alma?
Como nós...?
Se ela é igual à nossa?
Alma com a mesma paixão
e defeitos que nós humanos,
e se matéria também...
Mas porquê alma?
Porque não espírito,
uma força motriz qualquer
provocada por nervos em vibração!
Porquê alma?
Porque não coração?
Apodero-me do momento,
dos ego, id e super-ego em ebulição.
Toda a reacção de um cérebro ao rubro
me rebentam na pele fria, arrepiada,
nos dedos febris em movimento,
na boca sequiosa de um ai,
nos olhos cheios de maresia…
Cativo folhas de papel virgem
e rasgo-lhes os ventres
com lápis acerado de negro.
Ordeno as ideias (vã tentativa)
e, de raiva, transmito à mão
mensagens sem fim.
E escrevinho letras a eito,
Sem jeito nem decoro,
Sem tino, demente,
palavras que não atino.
Mas escrevo, ditador,
o que sinto e me aterroriza,
como um louco furioso,
por algo descabido...
- UMA ALMA GÉMEA!
Parecidas como duas gotas de água,
que se encontram, enamoradas,
e se reproduzem sôfregas!
Algo utópico, algo ilógico…
Abortado pelo destino,
ou uma força estranha
e de poder misterioso?
Mas para quê lamentar?
Tudo que resta é o sonho!
Almas gémeas!
Quem as viu ou as sentiu?
Se conhecerem algumas,
digam-me...
- Diz-me mar!
- Diz-me céu!
- Diz-me chuva!
- Diz-me vento!
Nada?
Nada!
Não haverá amor, entre vós,
um par sequer, dois seres
para formar uma alma gémea?
Nada?
Nada!
Só passar por esta vida
deixando apenas impressa
a nossa presença
numa reles fotografia que obtemos,
então: "matemo-nos"!
Oh! Seis horas e vinte e um minutos.
Vai despontar a madrugada,
num qualquer dia mais.
E eu???
Mudo a máscara do drama,
da circunstância e do preceito.
Vou voltar à realidade...
"Almas gémeas"?
Já á muito tempo
que me ando a questionar
será que vale a pena
continuar a batalhar.
Só tenho uma coisa
a dizer a deus
depois da minha morte
vou encontrar os meus.
Soneto
A saudade
É a sala da solidão;
É uma lembrança de quem partiu para a eternidade;
É lembrar de alguém que passou pela sua vida;
É a dor da despedida;
É uma vontade de rever quem não está perto;
É como um grito no deserto;
É lembrar de tudo que passou;
É um aperto no coração;
É peso da cruz;
É o momento de conversar com Jesus;
É chorar em silêncio;
É acordar e não dormir;
É um vazio cheio de emoção;
É transbordar pelos olhos o que encheu o coração;
poeta Adailton
o calor
do teu beijo
aquece nosso amor
aumentando o desejo
de te querer
cada vez mais
e sem perceber
somos iguais.
um corpo só!
#Coronavírus
Eu estava pensando nos idosos que estão morrendo isolados e escrevi o meu segundo soneto
A solidão
É uma prisão sem grades;
É a ausência de uma companhia;
É um vazio durante o dia;
É o silêncio da noite;
É o eu sem nós;
É o silêncio da voz;
É o frio da madrugada;
É o tudo sem nada;
É a dor da infecção;
É a tristeza do isolamento;
É morrer por dentro;
É apenas você e Jesus;
É uma cruz pesada;
É a certeza de que não somos nada.
poeta Adailton Ferreira
A revolta das águas!
A humanidade não ouviu
nem os avisos, muito menos gritos
Avisos não foram entendidos
e, os pedidos de socorro, muito menos
foram simplesmente ouvidos
Enviamos tsunamis, maremotos, ressacas
e até provocamos derramamento de óleo
Quantas décadas, anos e meses
os oceanos, mares e rios
além da vida marinha sentíamos o sufoco
o descaso da humanidade, todo o lixo
os barcos, iates, navios, jetskis,
toda sujeira espalhada indiscriminadamente
por esse povo humano, dito evoluído
O pulmão da Terra, os microrganismos,
todos agradecem a esse vírus
Que deu um basta, mesmo que provisório
mesmo que por um tempo a nós
Agora quem sabe nos sentiremos livres
mais uma vez, este é um aviso
Assinada esta declaração pelas águas
tanto a doce, quanto a salgada
e todos os seus milhares de micro, macro
todos os seus organismos!
(DiCello, 22/03/2020)
domingo , 22 de março- Dia Mundial da Água
ela kiss me beijar
eu disse yes
o coração quase deu um stop.
que beijo good.
ela kiss me beijar.
sem pensar
gritei i want.
meu wolrd girou...
#Reflexão
"A solidariedade, o respeito e o amor ao próximo são fundamentais para salvar as nossas vidas."
Quem imaginou que dia alguém diria:
Fique em casa!
Isolados venceremos.
Temos que manter a amizade sem apertar as mãos.
O gesto de amor não pode ser demonstrado com um beijo.
Guarde no coração todo o amor, pois, este momento ruim vai passar.
Fique em casa!
Isolados venceremos.
O anúncio dos comerciantes:
"Estamos abertos, mesmo com as portas fechadas.
Aos idosos:
"Nossa!
Que sacola pesada!
"Deixe que eu ajudo, vou deixar na sua casa"
Sem missas, cultos ou celebrações presenciais.
Fique em casa!
A igreja está em você.
Adailton Ferreira
O motivo da minha total felicidade é você😍... Te Amo ♥️, Minha Vidona a Minha Eterna Felicidade!💏😍♥️
Música Fui morar no sertão
Compositor poeta Adailton
Eu estive pensando
Não faço mais parte dos seus planos
Você me expulsou do seu coração
Larguei a faculdade
deixei de morar na cidade
Fui morar no sertão
Fui morar no sertão(Refrão)
Contive meus sentimentos
Vendi o meu apartamento
E fui morar no sertão
Larguei a faculdade
deixei de morar na cidade
Fui morar no sertão
Fui morar no sertão(Refrão)
Deixei de ser engenheiro para ser vaqueiro
E fui morar no sertão
Larguei a faculdade
deixei de morar na cidade
Fui morar no sertão
Fui morar no sertão(Refrão)
poeta Adailton