Poesias sobre Velhice
A velhice não permite disfarce
Lá está ela
No corpo
Nos ossos
Na carne
Estampada na cara
Nos movimentos
Da cabeça aos pés
Bem Vestida
Maquiada
Lá está ela
E eu ainda vou me lembrar de você mesmo que o tempo passe e nos traga os sinais da velhice.
E eu ainda vou me lembrar de você mesmo que a chuva volte e a vida te deixe marcas que nem o tempo consiga apagar.
Estou me preparando para a velhice.
Não tenho medo das rugas e nem dos cabelos brancos.
O que me preocupa e poder envelhecer com dignidade.
Ao lado da minha família, filhos e netos.
Envelhecer feliz...
Nunca ria das rugas alheias, pois elas não são marcas de velhice como se pensa... elas são marcas de um tempo intensamente vivido... de histórias presenciadas e emoções sentidas... de uma vida que se fez... ao longo de anos... de histórias que talvez você... pessoa preconceituosa nunca possa vir a ter...
Respeite os mais velhos, pois um dia você terá a felicidade de chegará lá...ou não!
Maomé
Sabia natureza
De corpo e alma
A velhice nos outros olhos
Codinomes em grande escala
Perseverança nos números
O dom para a música
Ajuda nos atos
Amizade há todo momento
Uns dos 14 sendo o mais sábio
Confiável nos trabalhos
Velhice
Deixa dessa meninice,
que o amor é mesmo essa tolice
com traços de esquisitice
e não há maluquice
que cure essa burrice.
PEDIDO
Uma coisa peço a Deus, e peço incessantemente,
Ser na minha velhice o mesmo moço que sou
Não com o mesmo viço, os olhos no mesmo brilho,
Não com a desenvoltura física,
Com as mãos pesadas de agora,
Com os mesmos cabelos na mesma cor,
Não com a mesma voz altiva,
O andar desenvolto, com os mesmos anos que conto,
Tampouco que o tempo pare para que eu permaneça só,
Com o mesmo olhar malicioso,
Com as ambições que alimento,
Não quero ser o velho renitente contra os feitos da vida,
Não ser jovem ardente, de sonhos imediatos, meus,
Nem desejar que o mundo me veja como um prodígio,
Alguém que rompeu as leis e permanece,
Incólume às intempéries do tempo.
O que peço a Deus e já faço inconscientemente,
É ser capaz das mesmas boas ações,
Dos sonhos, do bem querer, da alegria
Que sinto com a alegria dos outros,
É ser este mesmo moço formoso,
Preparado pra declinar.
O fim (da vida)
Não obstante curvo-me à velhice.
Como uma correspondência
a Morte cobra seu preço por ter-me deixado viver.
Minha vida, a Ela, a de pertencer.
Esta carcaça velha e cansada,
estupidamente fraca estas a ficar...
Lentamente sinto a força se afastar
e o fim a se aproximar.
Já vejo a luz do segundo andar.
A visão começa a falhar.
Sem lhe chamar, a morte, a me cisalhar
vem para me levar.
Há se pudesse dizer a Ela:
Hoje não, volta outro dia!
NA VELHICE, SENTIMOS A PROXIMIDADE DE DEUS E, POR ISSO, PASSAMOS A PENSAR MAIS NELE.
APRENDEMOS A REDOBRAR NOSSAS ORAÇÕES, AGRADECENDO E DANDO VALOR ÀS GRAÇAS RECEBIDAS.
ANTES DISSO, QUANDO AINDA JOVENS, ALMEJAMOS TUDO E O POUCO QUE CONQUISTAMOS, ATRIBUIMOS EXCLUSIVAMENTE AO NOSSO PRÓPRIO ÊXITO.
LEDO ENGANO."
Se me perguntam do que tenho medo, respondo: Do tempo.
Porque ter medo da velhice, se ela é conseqüência do tempo? Porque temer a morte, se ela nasce no tempo? A concretização dessa constatação tão inconcreta é o que mais me amedronta. As marcas deixadas por esse cruel e impiedoso ser são de longe a pior dor que um ser pode sentir. No momento o qual, um individuo pode se deleitar diante da sua imagem que é refletida pelo espelho, é muito cruel observar a magnitude e força do tempo, sentir a fraqueza nos ossos, e não poder fazer absolutamente nada, somente viver e esperar que a dama de preto, venha buscá-lo. Ao nos preocuparmos com esse deus silencioso, parece que ele nos dilacera com uma impiedade bestial. É de fato controverso, que mesmo sendo tão agressor do nosso corpo, é ele o protetor da nossa alma, da nossa mente. O tempo deixa marcas físicas, mas apaga as marcas mentais, as piores marcas possíveis. Se esse rei nos ilumina com a vossa gloria, ao mesmo tempo em que nos queima com sua magnitude, não cabe a nós nos revoltarmos. A inteligência que a nos foi concedida, não é tão onipotente para paralisar o tempo. Podemos retardar sua crueldade mais nem de longe, podemos vencê-lo.
Um grande equivoco se observa quando, pesarosos, percebemos o inicio da velhice. Esquecemos que o pior seria não chegarmos a ela.
Na velhice o que mais fortalece não é o excesso de saúde, mas sim a falta de lucidez, existem aqueles que já nascem velhos, enquanto que outros poucos, nunca irão envelhecer.
Imortal se fará quem conseguir reunir em si os sonhos da juventude, mesclados com a experiência da velhice.
Os Pais Não Morrem
Transpassam os tempos
não só da infância.
Na mocidade, velhice
os pais não ficam
nem na lembrança.
Não são esquecidos,
não há saudade.
Os pais vivem,
em corpo ou não,
na eternidade.
Os filhos , pelo tempo, limitados
os pais não o são.
Os pais são eternos,
eternos, na de outro ser,
limitação.
Os filhos , reféns do tempo, parados
são “as crianças”.
Se agora adultos,
por hora ficam
pros pais, na infância.
O amor dos filhos,
de ser eterno, incapaz.
Perenes ficam
se um dia os filhos,
virarem pais.
Os pais só morrem
caso vá os filhos, esses, sem fruto.
E se os filhos morrem,
deixando filhos , não há um fim
os pais, eternos, desfaz-se o luto.
Fase difícil essa. Não a adolescência, a fase adulta ou a velhice. Nenhuma em especial, apenas a que passar pela sua cabeça ao ler a expressão "fase difícil". Você, com certeza, já se perguntou de todas as formas possíveis o porquê de tudo isso. Por que não acontece do meu jeito. Por que logo eu? Não é?
Por um momento pense em qualquer outra pessoa carregando seu fardo, mas sob a condição de você se imaginar carregando o dela. Melhorou? Não?
Agora imagine-se sem fardo nenhum. Bem melhor, não é?
Engana-se quem pensa que sim. Não ter fardo é um fardo. Muitas vezes muito mais difícil de carregar.
Quem não sofre não sabe dar valor à felicidade; quem não chora, não tem autoridade para secar a lágrima de ninguém; quem não luta, não pode falar em paz.
Você não pode ser definido pelo que faz da sua vida, mas pelo que você crê que faz bem pela sua vida, e neste processo, um fardo não pode ser tido como apêndice, mas como olhos.
Fase difícil essa, não?
Não.
Verás que ser forte é a si mesmo conter;
que só a velhice não traz a evolução;
que paciência requer tempo para aprender;
e amor, não necessita de nossa razão.
Se quiseres ausentar-se da cegueira de sua velhice
Recuse aos seus olhos, amanhã, o consolo dos jornais
Visite uma vez mais o radiante pomar de sua infância
Mas rejeite, então, a madureza sedutora dos pêssegos e das mangas
E deixe que os ventos levem os sucos que se precipitam
Siga a oeste sobre o sabor fluido do terreno
Não gatinhando como o menino que fora
Enverede, antes, para o profundo alinhamento de suas árvores
Agarrando-se à zelosa firmeza dos troncos mais cansados
E alcance o ressentido perfume dos limoeiros
Se quiseres ausentar-se da cegueira de sua velhice
Viole os limões com a vil severidade dos seus dedos murchos
Transpasse a falência dos seus olhos com as cascas laminadas
Despeje dentro deles o sumo corrosivo
E esconda-os, depois, atrás destes óculos de espinhos
A Juventude e a Velhice
Um dia,
a juventude disse:
_ vou sempre visitar a velhice.
Gosto de estar perto dela.
Ela me passa
sabedoria e aprendizados!
E a velhice disse a juventude:
_ Adoro quando você
vem me visitar...
Em cada visita sua,
me encho de juventude...
E fico um pouco mais,
por aqui na terra.
Por isso concluo, eu a poeta:
_Apesar de serem
extremos na palavra vida.
Cada um a seu modo,
fortalece o outro.
Abençoado seja,
quem tem essa visão no mundo.
Pois assim e somente assim...
Haveria mais harmonia
e reciprocidade,
entre as pessoas do mundo!
Dá-nos asas e sonhos....
E aqui sobreviveremos
mais e mais...
a velhice não chega para todos...
muitos se vão sem ter tempo de refletir seus atos...
sem ter deixado historia...
sem ter vivido uma vida...
muitos não chegam a fase adulta...
não criam responsabilidade...
se vão antes de conhecer o AMOR...
muitos se vão na infancia, sem ao menos ter tido uma...
muitos se vão ao nascer...
sem terem aprendido uma palavra se quer...
sem terem dado um sorriso que seja...
sem terem conseguido sentir um abraço de uma mãe....
outros não chegam nem a nascer...
não chegam nem a viver...
chegam MORTOS num mundo cheio de vida...
Eu só não quero chegar na minha velhice e me arrepender das coisas que fiz, ou que não fiz...
Que eu possa viver todos os momentos, porém sabendo ser digna, honesta, sincera!
A pior coisa é se arrepender de algo que não é possível voltar atrás! Pense nisso! Nem sempre a vida nos dá a segunda chance....
Infância...Nosso Colo Na velhice!
Momentos da minha infância!
Da nossa infância!
Tão doce… Tão angelical!
E até os meninos que escolhíamos para namorar,
eram só de “boca”.
O que era só de boca?
Só falava, mas nem
encostávamos perto deles e nem eles de nós.
Mas sabíamos quem namorava quem(Risos).
E jurávamos amor eterno!
Coisa boa esses momentos,
que ainda hoje desfilam na iris dos meus olhos…
E buscam aconchego em meu coração.
Apesar de tantos momentos
vividos ao longo dos anos, esses marcaram mais.
E com certeza…serão o nosso colo na velhice.