Poesias sobre Preocupação Social
A Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner propõe como um tipo de inteligência, a Corporal Sinestésica, que dá a capacidade de controlar os movimentos do corpo e a capacidade de manusear objetos com habilidade. O que diria a Teoria da falta de inteligência múltipla de alguns que pensam que somente os outros são burros?
(http://www.boscodonordeste.recantodasletras.com.br)
Os nossos governantes precisam entender que o seu desempenho não depende tão somente da política partidária ou mesmo das eleições.
Mas sim da sua própria capacidade de perceber o seu papel social diante de quem eles representam.
BALA PERDIDA
As entidades de direitos humanos e o Ministério Público poderiam pesquisar a razão pela qual as balas perdidas só acham as pessoas pobres. Uma bala perdida não acha um político ou um filho de político. Se achasse, talvez eles se preocupassem mais com as leis sobre a educação, emprego e segurança da população.
O povo voltaria ao mercado de trabalho e o País passaria a ser mais produtivo. Aumentaria a eficiência e reduziria a dependência do ssistencialismo.Melhoraria o nível educacional e o povo refletiria mais na hora de votar.
As balas não seriam mais "perdidas", e achariam exatamente quem não deixa este País voltar a ser um Paraíso para os brasileiros.
Relacionamento
Hoje muitas pessoas se relacionam, são amigas(os) por: estado civil: quando casam-se, só saem com casais; status social: se é popular,bonito, influente, diplomado...;status bancário/bens de consumo: se tem uma conta bancária repleta de euros, bens materiais valiosos; crença, prática religiosa...
Tudo ficou resumido em ter algo e oque antes era bom, legal, encontros,conversas, hoje por não entrar nos moldes, esta de lado...[Triste!] Mas o ser humano precisa se enquadrar, pior, muitas vezes enquadrar, rotular os outros por não ser capaz de aceitar e lidar com o diferente, buscando constantemente a segurança no mundo externo [prisões sociais],colocando-se, prendendo-se em uma cela, com cama de segurança, travesseiro de ilusões, lençóis de "alegria", janela de mentiras, chão forrado de medo, grades de ignorância e fechadura de preconceitos!
A CHAVE?
Ah, A CHAVE, será outra nota!
Democrático do tamanho do Brasil
Em toda sua dimensão e territorialidade o Brasil nunca será um só, nunca será só um; serão sempre Brasis, convergindo e divergindo do Oiapoque ao Chui do Leste ao Oeste do Norte ao Sul. Sendo sua identidade construída e reafirmada na diversidade e justamente no movimento democrático preestabelecido em decorrência desse embrolho social.
Não se importe com o que os outros pensem de você.
Definitivamente eles não são indicadores de uma boa moral, índole ou comportamento social.
Pense como quiser, mas comporte-se como os outros.
A sociedade, em muitos casos, influencia a subjetividade e impõe as práticas sociais consideradas adequadas para a atuação no palco da vida.
O resultado deste efeito “fora do indivíduo” é forte em sua estrutura interior, tem o poder de transformar e influenciar novas subjetivações.
As pessoas são medíocres
Não valorizam o ser
Somente o ter
Será que eu existo?
Só pensam nelas mesmas
Falta o amor nas pessoas
Amam somente coisas
As pessoas são medíocres
Será que eu existo?
São rasas
Totalmente superficial
Vêem apenas o que lhe agrada
Não veem flores, somente espinhos
As pessoas são medíocres
Será que eu existo?
Em tempos de internet nem pais
Falam com os filhos
As pessoas não se comunicam mais
Perderam a noção de espaço e tempo
As pessoas são medíocres
Será que e existo?
Não me assustaria se
Tudo se acabasse em tragédia
Pois as pessoas são medíocres
Será que eu existo?
O Cerrado encantado da Capoeira
Fui passear no Cerrado
Fui Passear no Cerrado
Vi Passarinho Voando
Vi Passarinho Voabdo
Chora o menino, filho do mundo
Sem mãe nem pai, um corpo desnudo
Rosto em lágrimas e lama
Faz do nosso chão, sua cama
A bandeira nacional, cobertor
Única companhia, desafeto e amor
Trocando a alma por migalhas de pão
Alimenta-se de nuvens, sonhos e ilusão
Sorrindo para quem lhe renega
Assiste a dita classe média
Reivindicar sua morada
As tais senhoras e senhores
choram à mesma cena nas novelas
pois a ficção não dorme em sua calçada
FILHO DA MEIA NOITE
O sol virou pequenas luzes,
Postes ciclopes dançantes;
Castelos são prédios velhos,
A infância uma letra apenas,
Tatuada na casca da árvore,
Que a muito foi queimada.
Hoje solitário vejo o vazio,
Ruas cheias de aragens,
Baratas que saem do esgoto,
Um rato atravessa a rua,
Para olha e continua...
À noite, todos são caças,
Ou seriam caçadores,
Perdidos em suas inocências,
Buscando balanços,
Gangorras e giras...
Diversão de uma infância
Que nunca mais chegara...
André Zanarella 11-02-2013
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4979708
RADIOATIVO
Quando a Santa Bomba limpara o mundo,
Vingando a Mãe Terra de tanta crueldade?
Quando um idiota apertara o tal do botão,
Mudando o destino completo do planeta?
Ai, anjos subirão a Terra e outros descerão,
Veremos lindos arcanjos com suas legiões,
E os inocentes andarão pela devastação.
As apostas pelas almas serão visíveis aqui,
Cada humano mostrara sua face horrenda,
Verdadeiros mutantes deformados,
Talvez canibais com grandes presas,
E os inocentes perdidos na devassidão.
Veremos os anjos lutando e apostando...
Libertando outros inocentes do caos,
Tocaremos flautas e tambores com alegria.
No meio do deserto radiativo e do pó
Surgira do nada a flor da esperança para o homem
Então nem tudo ainda estará perdido.
André Zanarella 30-03-2013
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4756980
ONDAS
Vivemos num oceano, onde os outros são apenas ondas que vão e vem, e nós para os outros não passamos de uma onda também.
André Zanarella 08-04-2013
http://www.recantodasletras.com.br/frases/4985498
JOVENS
Os jovens estão tratando os adultos como latas de lixo,
Onde eles despejam o que eles querem.
Os jovens são supostamente inocentes,
Que tipo de inocência é essa,
Que tira proveito de nossas fraquezas?
Pode-se ensinar tudo,
Mas como ensinar alguém a ser sensível ao próximo?
André Zanarella 09-04-2013
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5001420
Mundo real
Os Smartphones
a conversa aparentemente sem sentido
o som das mensagens de entrada na rede social
o fiu, fiu do fluxo intenso nos grupos
o risinho de canto de boca
o brilho nos olhos...
Tudo premeditado!
Inclusive, o silêncio repentino.
Quase é possível ouvir os pensamentos deles
quando estão desconectados do mundo irreal
localizado fora da rede.
Áh... a rede!
Contraponto a essa grande chatice chamada de mundo real.
Onde não se é permitido ser nem feliz, nem famoso.
Fragmento da poesia:
"Todas as faces de uma poesia anacrônica"
Dizem que a poesia não tem classe social, gênero, cor, raça, etnia, religião...
Tudo mentira!
A poesia é pretensiosa, escolhe e se faz escolher, manipula.
A poesia se disfarça e se versa em faces diversas,
só para manter o disfarce, da grande farsa que somos todos iguais.
Inclusive quando escrevemos versos.
Eu minto, tu mentes, ele mente...
Drummond, não.
TUDO ERRADO
Mães matam os filhos,
Filhos matam os pais,
Crianças matam outras,
Cadê a punição no país?
Está tudo fora do lugar.
Mães enterram filhos,
Inocentes atropelados,
O assassino está impune.
O direto humano para quem?
Quem é o humano na historia?
A vítima perdeu o direito,
Quebrado sangra até a morte,
O marginal tem três refeições,
Ainda faz greve de fome,
As mães do inocentes choram,
A do marginal quer a libertação,
Está tudo fora de ser lugar.
Como o inocente pode dormir,
Retirem um rim dos assassinos,
Salve uma vida com ele,
Castrem os maníacos,
Vamos exigir uma justiça que puna
Afinal está tudo fora do lugar,
Nós os inocente somos os punidos,
E os bandidos gozam a felicidade
André Zanarella 17-04-2013
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5016833
TUDO FORA DO LUGAR
Tudo está fora do lugar. Mães enterrando filhos, pois deram a eles o sono eterno, por quê?
André Zanarella 23-04-2013
http://www.recantodasletras.com.br/frases/5011249
É necessário um investimento maciço em educação no Brasil, a fim de que a maior parte da população, que está excluída dos processos de produção e de consumo, possa ser integrada à minoria que a tudo consome.
16 de abril de 1985
A SERTANEJA
A mulher sentada no chão de terra batida, tem em seus braços magros uma pequena criança inerte.
Ao seu lado, apertando um dos seios murchos e ressecados de sua mãe, um menino espera por um leite que não virá.
O sol escaldante turva a visão e confunde o raciocínio.
A sertaneja observa o horizonte desolada, não sabe o que fazer, e ainda que soubesse, não teria forças para executar.
As moscas rondam insistentes, e na porta da casa de taipa, urubus espreitam um possível jantar.
A morte ronda silenciosa.
O olhar da mãe volta-se para o pequeno ser em seus braços.
ESTÁ MORTO!
Não suportou a dureza da seca, mais um que a fome levou.