Poesias sobre Preconceito Racial
Xingamentos na minha opinião são fome, miséria e discriminação. Isso sim é "palavrão"; o "resto" se bem usado, são apenas formas de expressão.
RACISMO NÃO
Ela pode ser passista,
jornalista, cientista, ministra.
Mulher negra, decidida,
pode ser o que quiser.
Ele pode ser atleta,
poeta, astronauta, desembargador.
Homem negro, destemido,
pode chegar onde quiser.
Eles podem escolher qualquer caminho, seja ele, o caminho que for.
Sabem, bem, por experiência,
não há caminhada sem dor.
Ambos sabem que vivem a triste realidade de um mundo absurdo
que separa as pessoas
pelo seu gênero e cor.
Ambos sabem que suas escolhas enfrentarão barreiras invisíveis, disfarçadas, dissimuladas ou não.
Barreiras de segregação.
Barreiras, por vezes, escancaradas
que envergonham os cidadãos
de bem de uma nação.
Herança de um período cruel
em que irmão escravizou irmão.
Discriminação racial, social, cultural.
Discriminação ancestral.
Racismo estrutural.
Enraizado em mentes estúpidas
Continua semeando o mal
Mesmo que não seja esse,
exatamente, o meu "lugar de fala"
deixo aqui e agora
a minha posição.
Racismo não!
Valéria R. F. Leão
UM SONHO DE LIBERDADE...
Qual será a cor da minha alma?
Será que é branca, negra ou amarela?
Será que o sangue que corre em minhas veias é mais nobre?
Será que meu coração é mais puro?
Será que o meu sorriso é mais sincero?
Será que o meu sonho é mais bonito?
Quando a gente se perde em devaneios menores, deixa de conhecer a verdade maior:
Somos feitos da mesma matéria essencial e retornaremos ao mesmo pó no fim dos tempos.
NÃO importa se é branco ou negro, se é pobre ou rico, se é gordo ou magro...
Aqui nesta terra foi ensinado que só o amor constrói e vence o ódio!
O amor é capaz de unir uma nação e modificar mentalidades!
Ser livre não é apenas a ausência de cordas e algemas, mas quando a gente se livra dos nossos preconceitos!
Liberte-se !!!
Eu não me ofendo nem um pouco a este tipo de discriminação racial, pois sei que muita vezes quem faz a ofensa é mal resolvido em sua vida particular e pública, com certeza tem raiva de si mesmo, por se ver tão insignificante a morte por não poder vence-la. Abaixo aos fracassados de honra e moral, viva a vida, pois isto sim todos tem direito.
Os negros foram escravizados e por isso sofrem racismo, desigualdade racial, tem menos oportunidades entre outros. E se fosse ao contrário, se os brancos fossem escravizados, será que eles sofreriam racismo, teriam menos oportunidades ou seria totalmente diferente?
Pela nossa longa experiência, a democracia racial no Brasil é um mito. Os negros sabem muito bem o cotidiano da falácia desse discurso.
Deve-se repudiar qualquer ato de supremacia racial seja por parte de brancos, negros ou outra etnia. É tolice acreditar que um grupo é superior a outro, pois somos partes de uma mesma família.
Sinceramente compreendo que é um grande equívoco esse negócio de consciência negra, cota racial, ou dia do indígena. Isso nada mais é do que uma forma de propagar o racismo e o preconceito sobre a raça humana. Somos uma caveira. E esse tipo, que vive embrulhado por carne, nervos e alma, deve ser definido apenas como a espécie humana, independente de cor, território ou características, como se faz hoje. Somos um só povo que ao longo dos tempos foi criando novas culturas e novos aspectos. Porém sua origem é a mesma, que advém de um ser Soberano e único Criador de todos. Que tal pararmos com essas historinhas de gregos...
Todos precisam entender que a compaixão é um sentimento herdado. É um fator genético e não racial. Em outras palavras, se o humano não tiver na genética você não conseguirá enfiar a compaixão nele.
E não me ofendo nem um pouco a este tipo de discriminação racial, pois sei que muita vezes quem faz a ofensa é mal resolvido em sua vida particular e pública, com certeza tem raiva de si mesmo, por se ver tão insignificante a morte por não poder vence-la. Abaixo aos fracassados de honra e moral, viva a vida, pois isto sim todos tem direito.
Os que não vivenciam a realidade do racismo, comumente dizem que o país vive uma democracia racial e que devemos esquecer todo sofrimento que nossos antepassados viveram, como? Eles acham que acabaram as chicotadas, acabou o racismo, e as marcas que ainda se fazem hoje presentes com seus efeitos sobre crianças, adultos idosos adolescentes e mulheres, estes dois últimos em maior grau, projetadas por um sistema racista que tem como filho o preconceito. Mas no dia em que a consciência despertar neste povo guerreiro, nada nem ninguém vai impedir que valorizem sua história e nem se deixem abater...
A fixação do problema racial em um feriado - Consciência Negra - cristaliza o problema, tornando-o permanente. A cada ano as feridas do passado serão reabertas e novas feridas imaginárias e mais dolorosas serão criadas. E se não for revogado, daqui há 200 anos estaremos focando o mesmo problema.
Não existe inferioridade racial, o que existe é inferioridade nos pensamentos de pessoas que julgam a outra pela cor da pele. Todo mundo é igual!
Depois do Holocausto, a Segregação Racial foi o segundo pior antagonismo que a humanidade cometeu contra ela mesma.
Depois do Holocausto, a Segregação Racial foi o segundo pior antagonismo que a humanidade cometeu contra ela mesma, pois, para que exista a humanidade, têm que existir as diversidades e as partes diversificadas têm que aprender a conviver e a superar as suas diferenças. Assim, poderão garantir a sobrevivência e a continuidade da espécie humana.
Existem vários tipos de preconceitos financeiro, social, mas o pior deles é o racial, pois independentemente da raça iremos para o mesmo lugar.
Toda a nossa fraseologia – relações raciais, abismo inter-racial, justiça racial, perfilação racial, privilégios dos brancos, até mesmo supremacia dos brancos – serve para obscurecer o fato de que o racismo é uma experiência visceral, que desaloja cérebros, bloqueia linhas aéreas, esgarça músculos, extrai órgãos, fratura ossos, quebra dentes. Você não pode deixar de olhar para isso, jamais.
A importação maciça de africanos escravizados e o crescimento da especialização étnica e até racial na população escrava datam, não do comércio atlântico de pessoas escravizadas, mas de depois da expansão árabe-muçulmana na África.