Poesias sobre Pássaros
Receita
quando o canto do pássaro te atravessar
se faça de madeira (oca)
deixe ele maturar
no seu íntimo barril
como cachaça
canto bom
é canto curtido.
(do livro 'Zíngara' de Bianca Rufino)
Hoje estou radiante.
É que passou meu passarinho lindo por aqui ontem. 💕
Me encantou com o seu canto e deixou meu dia mais colorido.
As coisas simples que me encantam
O canto de um passarinho
Um banho quente antes de deitar
Um bolo de fubá depois de assar
Deixar na cama depois de um dia cheio e descansar
O cheiro da pessoa amada
Ver o sol nascer e outro dia começar
O aroma duma flor
O alivio depois dá dor
Ver um filme qualquer depois do almoço
Dormir ao som da chuva caindo
O abraço de um amigo
Falar com o vizinho
Tomar aquele cafézinho
coisas simples são as que encantam
Eu sou livre -
Eu sou livre como os pássaros
como as bandeiras ao vento
que trazem barcos e poetas
e na memória dos Bárbaros
é na passagem do tempo
que permaneço como brecha!
Eu sou livre como a morte
como dois apaixonados
que se amam e se destroem
e lembro-me, por sorte,
daqueles dias cansados
que por doerem já não doem!
Eu sou livre como a chuva
como as folhas ao vento
como a voz de uma criança
e como lágrimas de viúva
sou como o pensamento
livre que se alcança!
Eu sou livre de prisões
das prisões do sentimento
das memórias dolorosas
e nas minhas afeições
quando amei o sofrimento
fiz-me livre como as rosas!
Muitas pessoas já desejaram ser como os pássaros que voam livres, mas elas não conseguem pois vivem presas na gaiola do julgamento dos outros.
Libertem-se dos pensamentos alheios e permitam-se viver o próprio voo.
Nesta manhã, despertei mais uma vez, mesmo sem desejar.
Os pássaros entoavam sua melodia, em um céu adornado por nuvens magníficas e belas.
Entretanto, algo dentro de mim se entristeceu ao ler uma notícia no jornal que me fez derramar lágrimas. "O mundo acabará amanhã. Quem és tu hoje?", questionava a manchete.
Fechei os olhos e as lágrimas desceram como tempestades celestiais. Não consigo recordar quem fui ontem e não sei quem sou hoje, sinto-me perdido como uma estrela em um vasto céu.
Ainda assim, a luz da minha vida me interessava. Ainda a procurava, aspirando um último encontro para expressar o derradeiro "eu te amo", encarar seus olhos pela última vez, mesmo que seu amor não me pertença mais.
A falta do seu amor me dilacerava, o desejo por tê-la novamente me fazia chorar. Perguntei se poderia me amar pela última vez, se me faria feliz no último dia, se poderíamos transcender de estranhos conhecidos.
Aquela noite foi a derradeira, contudo, a mais bela. Pereci como um herói na batalha, encontrando-me uma última vez em seus braços, sentindo o brilho dos seus olhos a me fitar, como de costume.
Poderá hoje ser o último dia. Irás aguardar o sinal para amar alguém? Eu, prefiro amar agora, pois o amor é urgente e precioso, e o tempo não espera. E tu, vais deixar o amor esperar ou aproveitar o presente instante para amar?
Voua passarinho !
Voua passarinho voua,
Por esse imenso Universo,
e diz para minha princesa,
que breve espero seu regresso.
Galinhas, patos, pássaros, até cobras põe ovos.
Coelhos não põe ovos, muito menos de chocolate.
Não vos deixes enganar de forma alguma,
não permita que as estratégias de marketing
das indústrias de chocolates, embaracem sua Páscoa.
É bem verdade que os ovos de chocolate são deliciosos,
mas esses não podem tomar em nosso coração o real
sentido da celebração da Páscoa que é a libertação da
morte eterna para uma vida eterna com Cristo,
Não deixes também que a celebração do nascimento de
Cristo no Natal, seja ocupando pelas publicidades do
velhinho marqueteiro da Coca-Cola, que veste roupas
vermelha e destribui brinquedos para as crianças burguês.
Os algoz de Jesus Cristo, declararam sua inocência
antes de crucificarem em um madeiro.
Jesus Cristo permitiu que tudo isso acontecesse
pois o Seu desejo é que tenhamos vida,
vida em abundância, vida eterna.
O preço da Salvação foi pago pelo sangue derramado
na cruz do calvário,
Cordeiro de Deus sem defeito algum,
Jesus Cristo nos Salvou. Amém!
Pequenez de passarinho
Estou descobrindo a grandeza de ser menor.
Eu, que já sou pequena,
Quero parar de inflar como um sapo-boi.
Ser do meu tamanho, irrisório, insignificante.
Ser na vida só o que sou.
E bastar-me na minha pequenez de passarinho.
Passarinhe-se.
Vez ou outra se encolha lá no alto do galho.
Espere a chuva passar,
respeite o tempo que a tudo rege.
Depois chacoalhe o corpinho e espalhe as gotas que lhe inundam e pesam.
Então, abra as asas e voe.
Ganhe o largo.
Passarinhe-se.
Definitivamente, passarinhe-se.
Asas
Porque a cidade me prende com laços de asas onde os pássaros moram
O rural me despe de cintos dourados e me enche de música
É no silencio do rio na turbulencia do mar
Que as raizes de formosas arvores me alimentam as palavras
Seiva da juventude em taças de corolas
Flores de campos coloridos que me invadem
Senta-se a cidade a meu lado
Inquietação no ajuste da escolha entre a pedra e a terra
O bulício e a quietude na pele que se quer sentida
E afago o olhar nas marés de trigo e choro a selva urbana onde moram os pássaros sem asas
03/11/2022
Trânsito No Céu
No céu também tem caos.
Dia desses, observei cerca de 25 passarinhos
disputando árvores e territórios privilegiados.
25.
Será que sempre é assim ou se só aquele dia
que eu consegui enxergar os passarinhos?
Ainda assim, eles resolvem seus problemas cantando.
Também notei;
Que não é impossível
Uma forte flor
Estufar o concreto
E nascer amarela
Mesmo debaixo de todos os paralelepípedos.
Será que aquele foi o único dia que de fato olhei
para a natureza que invadia meu caminho?
E a flor vencendo as mais, literalmente concretas, adversidades.
Não tarde percebi que quem invadia o caminho da natureza era eu.
Queixas de um Mendigo -
Sou um grito de revolta
na voz de um condenado
um passaro sem rota
um mendigo desprezado.
Sou a cal da sepultura
no enterro da solidão
alguém morto, sem ternura
esquecido num caixão.
O dia quente que morreu
a noite fria que chegou
mataram quem esqueceu
de esquecer o que chorou.
Foi em vão a minha vida
foi em vão acreditar
foi minh'Alma proibida
da alegria de sonhar!
Faz quanto tempo desde o último dia em que você parou para ouvir sem pressa o canto dos pássaros?
Se houver mais de vinte e poucos dias saiba que você precisa desacelerar agora mesmo. Pois, a vida é apenas uma e viver ela com pressa seria uma loucura. Afinal, quando degustamos uma comida cara, usamos a lentidão como ferramenta principal. Comemos com calma e lentamente e isso faz com que a gente sinta o sabor que só é notado quando se tem calma. Por qual motivo não usamos a mesma ferramenta com a vida? Nós não somos capazes de descrever o valor de acordar todos os dias, mas podemos valorizar tudo isso vivendo e não apenas existindo.
Quantas vezes você perdeu momentos com pessoas que já se foram? Caro leitor, eu perdi momentos com pessoas extraordinárias por causa da falta de tempo. Porém, eu ainda continuo não tendo tempo. E se eu for esperar ter tempo para aproveitar aqueles que me amam, a vida terá se passado e a única coisa que irá permanecer serão as memórias.
Portanto, viva o agora. Não deixe para amanhã. O amanhã é incerto. Viva o hoje.
Liberdade é bom com você
Liberdade é um passarinho Que voa leve pelo ar Mas sem você, meu amiguinho, Não tem graça de voar.
É como brincar sozinho, Sem ter alguém pra compartilhar, A liberdade é um caminho, Mas contigo, é melhor caminhar.
Então, liberdade é bom ter, Mas com você é bem melhor, Pois juntos, a gente vai ser Muito mais feliz ao redor.
SimoneCruvinel
O PÁSSARO E A FELICIDADE
Quando muitas vezes
Olhando a foto na parede
Percebo que a felicidade
É como pássaro desgarrado
Que pousa em nosso ombro
Feliz a cantar!
Aí, nós o alimentamos
Damos-lhe o de beber
Fazemos-lhe todas honrarias
E depois...
Depois, ele torna a voar!
O poeta e a natureza
Os poetas são como os pássaros
Enquanto recitam os seus versos
E os pássaros cantam entusiasmados
Os dois contemplam as flores e riachos
Recebem de frente os ventos
Buscam ouvir os seus sons atentos
Os poetas são como os pássaros
Enquanto recitam os seus versos
O poeta se inspira também nos inventos
Percebe o som natural há tempos
As folhas caem a todos os momentos
Como a melodia da música dos eventos
Os poetas são como os pássaros
Virtude dos fortes
Ouço os cantos dos pássaros
O sino da igreja começa a tocar
Vejo um novo amanhecer
E nada mudou em meu viver
Ouço o eco de uma voz
Dentro de mim pedindo vingança
Depois de uma caminhada que muito me dói
Onde carreguei humilhação e vergonha
Não matei dezenas de leões
E abri mão de coisas importantes na vida
Para hoje ser um algoz
Não foi isso que escolhi para mim
Não posso permitir que venha me destruir!
Já me mato diversas vezes enquanto ajo como hipócrita
Perdoando quem não se arrepende
E por mais que eu me importe não se importa.
Mas, num leve despertar! Ouço outra voz.
Ela bate no meu peito
E diz para eu não levantar
A espada de nenhum jeito
Pois só quem conhece a beleza do amor
E a profundidade do perdão é o Perfeito
Perdão é virtude dos fortes
E assim eu vou perdoando
Caminhando rumo ao amor
Um amor de cumplicidade
Muitas vezes prometida
E quase sempre não cumprida.
Quem dera eu
(....)
Quem dera eu
Se pudesse voar...
Como voam os pássaros no ar
Cantar,
Como canta o sabiá.
Quem dera eu
Se pudesse sentir,
O gosto da liberdade
Voar...
Como voam os pássaros no ar
E cantar,
Como canta o sabiá.
autor
Sergio Macedo
Ai está, a solidão de um lado que fica sem encantos!
De um pássaro de manhã pela sensatez.
O que acontece no mundo de dentro. Nada!
Sem evazar algo de si.